segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Homenagem a Drummond. Canção Amiga. Vídeo

Milton Nascimento canta Canção Amiga.
  
No dia do aniversário de Carlos Drummond de Andrade – o poeta nasceu em 31 de outubro de 1902 - reproduzo um vídeo despretensioso e amador que fiz, há quase dois anos, em homenagem ao poeta de Itabira e a Milton Nascimento. 

Cada dia mais me impressiona a força da Internet e dos grandes poetas. Jamais imaginaria que o vídeo teria tantos acessos. Até hoje, mais de 14 mil pessoas conferiram o trabalho que focava belos poemas que se transformaram em músicas. 

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domingo, 30 de outubro de 2011

Frase do Dia. Alexandre Dumas.

"Os entes queridos que perdemos não são sepultados na terra, mas em nossos corações. Foi Deus que assim o quis para que eles nos acompanhem para sempre."

(Alexandre Dumas)
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Borboleta Gentil. Senhorita Odete.

A valsa “A Borboleta Gentil” foi gravada, provavelmente, entre 1902 e 1904, pela “Casas Edison do Brasil”, do tcheco Fred Figner, considerado o pioneiro da indústria fonográfica brasileira. Trata-se, portanto, de umas das primeiras gravações de voz feminina no Brasil. Pouco se sabe sobre a intérprete, a Srta. Odete. Ao que parece, o prenome Senhorita, naquela época, era bastante comum, a se notar pelas gravações de outras cantoras do período, a exemplo da Srta. Consuelo que chegou a gravar com outro pioneiro, o cantor Baiano, o lundu “E durma-se com um barulho deste”. O tratamento caracterizava que se tratava de moça solteira e também representava um padrão já utilizado por cantoras francesas que também adotaram o Mademoiselle.

Naqueles tempos de gravações mecânicas a presença feminina na música não era bem vista pela sociedade, salvo as interpretações privadas nos salões das casas. Talvez seja essa a explicação para tão pouca informação sobre as senhoritas pioneiras. Ouça a valsa. Fonte: Cardoso Filho, Marcos Edson, Vozes sem os seus corpos: o som da canção gravada por cantoras no começo do século XX no Brasil
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domingo, 23 de outubro de 2011

Frase do Dia. Michel de Montaigne.

"O arqueiro que ultrapassa o alvo falha tanto como aquele que não o alcança." 

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A curiosa história da música Botões de Laranjeira.

No início de 1942, o compositor Pedro Caetano, autor de mais de 400 composições no período conhecido como “Era de Ouro do rádio”, participava de uma festa, quando foi abordado por uma fã. A jovem queria ser homenageada com uma melodia. Pedro, apesar de não gostar de fazer música por encomenda, ao saber o nome da fã, resolveu fazer uma exceção. A concessão do compositor tinha um motivo: a jovem se chamava Maria Madalena de Assunção Pereira. O nome parecia musical e não demorou muito para sair o Samba-Choro. “Maria Madalena de Assunção Pereira, teu beijo tem aroma de botão de laranjeira...”. 

A música ”Botões de Laranjeira” logo interessou Ciro Monteiro, que resolveu gravá-la. Não contava, o grande cantor, com um empecilho. A censura da época, imposta pelo famigerado DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda do Governo Vargas que, ao exemplo da sua sucessora - a censura da ditadura militar dos anos sessenta e setenta - metia o bedelho em tudo, atazanando a vida dos artistas. Dessa vez, o órgão não liberou a letra argumentando tratar-se de nome próprio, portanto, seu uso feria a privacidade das pessoas. 

A solução para resolver a bobagem, como sempre, foi o uso de artifícios criativos. Cesar Ladeira, famoso apresentador de programas musicais da época, propôs substituir o “de Assunção” por “dos Anzóis”. Afinal, não seria crível que alguém no mundo real tivesse esse sobrenome. O apresentador brincava com o ridículo da situação argumentando: “se alguém aparecer com esse nome, mande prender porque isso não é nome que se use”. O argumento deu certo.Os censores, em raro momento de lucidez, aceitaram o argumento e liberaram a música que se tornou um grande sucesso. 

A história é contada por Jairo Severiano, no livro "Uma história da música popular brasileira – das origens à modernidade", lançado pela editora 34. O próprio Pedro Caetano confirmou o episódio em depoimento gravado. No depoimento, ele confessava que, na maioria das vezes, cantava a música com o nome original. Ouça o samba na voz do autor e, no segundo vídeo, interpretada por  Ciro Monteiro, o preferido de Pedro Caetano, gravando pelo menos vinte músicas do compositor. 


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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Frase do Dia. Niccolo Tommaseo

“O homem a quem a dor não educa, será sempre uma criança.” 

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domingo, 9 de outubro de 2011

O que é saudade para Antonio Pereira e para Chico. Buarque

Saudade, decididamente, é palavra difícil de conceituar. Há quem diga que saudade se sente, não se conceitua. Não é o que pensava o poeta popular Antônio Pereira de Moraes, um modesto agricultor que, apesar da sua pouca instrução formal, definiu, de forma brilhante, seu conceito de saudade:

Saudade é um parafuso 
Que na rosca quando cai, 
Só entra se for torcendo, 
Porque batendo num vai 
E enferrujando dentro 
Nem distorcendo num sai. 

Se quiser plantar saudade 
Escalde bem a semente,
Plante num lugar bem seco 
Onde o sol seja bem quente 
Pois se plantar no molhado 
Quando crescer mata gente"


De forma mais elaborada, Chico Buarque também definiu, com rara felicidade, o que é saudade. Os versos de “Pedaço de mim”, por si, já é um verdadeiro tratado do que é saudade. O parafuso que enferruja e não sai, para Chico, “É arrumar o quarto de um filho que já morreu” ou “uma fisgada em um membro já perdido”.

Brilhante, não? Coisas que só a sensibilidade dos poetas, iletrados ou não, consegue traduzir. Confesso que não consegui escolher qual dos dois poetas melhor definiu a palavra. Fico com ambos.

Ouça pedaço de mim na voz de Zizi Possi. O poema completo de Antônio Pereira de Moraes, o poeta da saudade, pode ser saboreado aqui. 





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sábado, 8 de outubro de 2011

Frase do Dia. Conde de Cavour.

"Descobri a arte de enganar os diplomatas: Eu falo a verdade, e eles nunca acreditam no que digo" 

(Camillo di Cavour)
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A edição de outubro da Revista Singular.

Saiu mais uma edição da Revista Singular. Seu editor, o jornalista Eliezer Rodrigues, feliz da vida, reuniu amigos e colaboradores para a tradicional degustação. Como sempre, a publicação superou as expectativas dos leitores.

Recheadas de matérias interessantes e livre de apelos consumistas, a revista já resiste há dez anos, período em que se tornou bastante respeitada no meio cultural cearense.Nesta edição, novamente tive o prazer de participar, como colaborador, em um artigo sobre um fato curioso ocorrido em um encontro de Noel Rosa com o pintor brasileiro Di Cavalcanti. 

A revista também está disponível em meio digital. Para acessá-la entre no blog da Singular (aqui).
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