domingo, 24 de julho de 2011

Frase do Dia. Francesco Guicciardini.

"A liberdade política existe quando a lei é mais poderosa que os que a querem violentar"

(Francesco Guicciardini)
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terça-feira, 19 de julho de 2011

Alô, Seu Jackson do Pandeiro e Dona Elba Ramalho. Também fui feliz no meu Bodocongó.

Quem acompanha meu humilde blog sabe da admiração que tenho por meu conterrâneo, o grande Jackson do Pandeiro. Sempre que encontro um vídeo dele procuro divulgar, afinal, coisa boa deve ser dividida.

Desta vez, a alegria de ouvir o paraibano foi dupla. Neste vídeo, ele canta “Bodocongó, música de Humberto Teixeira e Cícero Nunes. Bodocongó é o nome de um açude de Campina Grande, a Rainha da Borborema, minha querida terra natal. O açude deu nome ao bairro localizado na saída para o sertão. Lá fica a Universidade Federal de Campina Grande, onde, em 1982, ganhei diploma e deixei grandes amigos. A UFCG, naquele tempo, era chamada de Universidade Federal da Paraíba ou Poli.

Jackson Do Pandeiro, embora tenha nascido em Alagoa Grande, pequena cidade localizada a poucos quilômetros de Campina, viveu um bom tempo na bela cidade da Serra da Borborema. 

Ouça Bodocongó na voz do Rei do Ritmo, gravada em 1966 e a versão cantada pela também paraibana e ex-moradora de Campina Grande, Elba Ramalho. 

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Frase do DIa . Montesquieu.

"O luxo arruína as repúblicas; a pobreza arruína as monarquias”

(Montesquieu)
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domingo, 17 de julho de 2011

Versões My Way. Nina Hagen.

Desta vez, o clássico “My Way” é interpretado em alemão. Uma extravagante versão punk da, não menos extravagante, cantora alemã Nina Hagen. A cantora é bastante conhecida do público brasileiro. Aqui esteve para uma disputada apresentação na primeira versão do Rock in Rio realizado em 1985. A Alemã Catharina Hagen, seu nome de batismo, teve um breve namoro com o cantor punk Supla, filho do senador Eduardo Suplicy e Marta Suplicy. O relacionamento rendeu o hit “Garota de Berlim” gravado pelo cantor e que teve participação especial da própria Nina Hagen.

A intérprete, apesar do exagero vocal e visual incomum, tem formação musical clássica, o que pode se perceber em algumas das suas apresentações. Ultimamente, vem divulgando sua conversão religiosa. A nova fase cristã da cantora, que ela afirma ser antiga, rendeu o disco “Personal Jesus” com músicas bem mais calmas, mesclando country, blues e temas gospel. Ritmos bem diferentes daqueles da jovem rebelde de 1985. 

Embora etravagante, a versão barulhenta da alemã é bem mais aceitável que a versão maluca do Sex Pistol, já apresentada neste Blog. Consulte a aba "Versões My Way" aí, à direita, e  confira.

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Frase do Dia. Marcel Proust.

"Trate de conservar um pedaço de céu acima da sua vida"


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domingo, 10 de julho de 2011

Um conselho de Billy Blanco. Acabe essa banca, doutor.

Ultimamente, um deputado extremista vem propagando seus preconceitos de forma absurdamente explicita. As declarações do político estão disseminadas com amplo destaque na imprensa. E o pior: com o apoio de parte da população. 

As declarações abusivas do fundamentalista me remeteram a obra de um grande compositor brasileiro. Nunca é demais relembrar Billy Blanco. William Blanco Abrunhosa Trindade, um paraense que cantou o Rio de Janeiro, é autor de sucessos como: “Teresa da Praia”,"Pistom de Gafieira",  “Estatuto da Gafieira”, ” Mocinho do Rio” e “Sinfonia do Rio”, este último, uma suite composta de dez sambas feita em parceria com Tom Jobim, tranformou-se em um verdadeiro hino à Cidade Maravilhosa. São centenas de composições - a quantidade nem ele mesmo sabia ao certo. Perguntado quantas músicas tinha feito, respondeu: "eu tenho umas quatrocentas e tantas, quase quinhentas".

Mas e porque o preâmbulo deste texto? Explico: Billy Blanco é autor de um verdadeiro manifesto contra o preconceito, o orgulho, a soberba e a vaidade. Trata de “Banca do Distinto”, uma bem humorada crítica àqueles que se acham superiores por sua condição econômica, cor ou mesmo origem social. No final da canção o grande compositor alerta. A morte, inexorável, se encarrega de deixar o preconceituoso, querendo ou não, igual a todos. 

O compositor paraense faleceu na última sexta-feira, oito de julho de 2011, aos 87 anos. Uma longa e produtiva vida. Sua partida, com certeza, deixa uma imensa lacuna na Música Popular Brasileira. Sua obra, entretanto, pela qualidade, ficará eterna.

“Banca do Distinto” foi composta em 1951, mas, pelo visto, a mensagem ainda é muito atual. Como tantas outras músicas de Billy Blanco, logo se tornou um clássico e foi gravado por muita gente: Elis Regina, Maria Medalha, Wanderléa,  Dóris Monteiro, Dolores Duran e Leila Pinheiro. Ouça a composição na voz do autor e de algumas das cantoras citadas. Escolha a sua versão. Difícil mesmo, será saber qual a melhor. 

E  lembre-se: “a vaidade é assim, põe o bobo no alto, e retira a escada...”, portanto, acabe essa banca, doutor!

Wandeléa
Maria Medalha
Dóris Monteiro
Elis Regina

A Banca do Distinto
Billy Blanco
Composição: Billy Blanco
Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Frase do Dia. Jorge Luis Borges.

" Você pode tudo nesta vida. Só não pode se fazer infeliz." 

(Jorge Luis Borges)
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sábado, 9 de julho de 2011

Roberto Martins. De policial a grande compositor.

O compositor carioca Roberto Martins (1909- 1992), um dos grandes das décadas de trinta e quarenta, tem no seu currículo mais de 350 composições. Tanta produtividade e o sucesso de sambas, como: Favela, com Valdemar Silva e “menos Eu” com Jorge Farah. O primeiro composto em 1936, o segundo em 1937, permitiram ao artista abandonar definitivamente sua profissão de então. Roberto era policial.

A escolha parece ter sido certa, Roberto Martins após optar definitivamente pela profissão de músico tornou-se um grande compositor. São da sua lavra composições de sucessos que atravessam o tempo como: “Cai, Cai”, Cordão dos Puxa-Sacos, parceria com Frazão e” Pedreiro Waldemar”, com Wilson Batista. Nem só de marchinha e sambas carnavalesco viveu o compositor. É dele a autoria de clássicos como “Renúncia” com Mário Rossi e o delicioso samba “Beija-me” sucesso na voz de Ciro Monteiro e regravado com competência por Zeca Pagodinho.

Roberto também é responsável, mesmo que indiretamente, pela criação de um dos sambas mais conhecidos dos brasileiros. Freqüentador assíduo do Café Nice, ele, no estabelecimento, em um dia de carnaval, teceu um comentário despretensioso ironizando a própria esposa que, apesar de estar fantasiada de baiana não se mostrava muito animada para o carnaval. O fato deu a inspiração para a criação do samba “Falsa Baiana” do mineiro Geraldo Pereira (ver aqui). 

Ouça três sucessos de Roberto Martins na voz de grandes cantores do passado e da atualidade. Escolha a sua versão preferida.

Beija-me ( com Ciro Monteiro)
Beija-me ( com Zeca Pagodinho)
Renúncia (Nelson Gonçalves)
Renúncia (Zélia Ducan)
Favela (Francisco Alves)

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