quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Como surgiu a música Chico Mineiro – Curiosidades da Música Popular Brasileira.

O pesquisador, Renato Vivacqua, em seu livro “MPB Cantos & Encantos”, Capítulo 7, conta uma interessante história sobre a gênese de um dos maiores clássicos da música sertaneja. De acordo com o pesquisador, a música “Chico Mineiro” foi inspirada em uma lenda homônima contada pelo pai de Tonico na época da sua infância, e também a uma feliz pergunta feita por um porteiro da Rádio TUPI.

O fato aconteceu da seguinte maneira: o cantor e compositor, João Salvador Perez, o famoso Tonico, quando criança, gostava de ouvir seu pai contar a lenda do Chico Mineiro. Anos depois, em meados dos anos 40, Tonico, em início de carreira, fazia uma apresentação na Rádio Tupi e ao passar pela portaria, o porteiro, que havia assistido ao programa, perguntou se ele conhecia a história do Chico Mineiro. A pergunta surpreendeu o cantor que reviveu os momentos de infância e compôs a tragédia de dois irmãos tropeiros, que viria a ser um dos maiores sucessos da música sertaneja.

Outra curiosidade sobre Chico Mineiro: a música foi registrada como de autoria de Tonico e Francisco Ribeiro. E quem era Francisco Ribeiro? Tratava-se, justamente, do porteiro que havia feito a pergunta inspiradora, a quem, Tonico, agradecido pela dica, deu a parceria.

Comento: José Perez, o Tinoco, irmão e parceiro de Tonico, conta em seu site uma versão parecida com o relato de Vivacqua sem, no entanto, se referir ao conhecimento prévio da lenda. Veja a transcrição do seu relato:

“Em Julho de 1946, quando o Tonico e eu chegávamos para fazer o Programa na Rádio Difusora de São Paulo, fomos chamados pelo porteiro da emissora, o senhor Francisco Ribeiro, que contou-nos uma história de dois irmãos.
Um saiu pelo mundo e virou peão (Chico), o segundo (Zé Mendes) tornou-se dono de tropa.

Quis o destino que se encontrassem. Pôr muitos anos trabalharam juntos, e só com a morte do Chico é que veio a revelação do parentesco entre eles.
Na década de 90, fui (Tinoco) até Goiás Velho (Antiga Capital de Goiás), onde existia na época alguns pertences, uma capela e a lenda do Chico Mineiro que vivia na lembrança de muitos moradores.

Outro detalhe que não está revelado na letra, é que Chico (O mais velho), sabia que era irmão de Zé Mendes (O mais novo) e sempre procurou defende-lo em muitas dificuldades.

Escrevemos a história numa folha de pão (que existia nas padarias), e virou um dos maiores sucessos de Tonico e Tinoco.”


A dupla Tonico e Tinoco é considerada a maior da história da música sertaneja, os números da dupla impressionam pela grandeza: foram 60 anos de carreira, quase 1000 gravações, 83 disco, 60 CD´s, milhões de cópias vendidas e em torno de 40.000 apresentações.

Tonico faleceu no dia 13 de agosto de 1994, devido a uma queda da escada do prédio onde morava.




Fontes;
Livro MPB Cantos & Encantos - Capítulo 5 de Renato Vivacqua - http://www.renatovivacqua.com
Site de Tinoco: http://www.tinocodobrasil.com.br/
Wikipedia
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Blecaute – Bom de Carnaval... E de Natal.

A música “Natal das Crianças”, considerada um clássico natalino e canção obrigatória em todo Natal das famílias brasileiras, foi composta, curiosamente, por um cantor mais identificado com sambas e músicas de carnaval. Trata-se de Otávio Henrique de Oliveira, o famoso Blecaute, grande nome da música brasileira, intérprete de sucessos de carnavais cantados até hoje, como: "Maria Candelária”, "Piada de salão”, "Maria Escandalosa" e “General da Banda”.

Comento: Gravada em 1950, a marchinha “General da Banda”, de autoria de Sátiro de Melo, Tancredo Silva e Jose Alcides, foi um sucesso tão grande no carnaval, que o cantor, conhecido por sua simpatia, passou a adotar o título como seu nome artístico, se apresentando fantasiado com um uniforme coberto de galões e fitas de veludo vermelho.

A valsa "Natal das crianças" foi gravada em 1955, pela Copacabana. Carlos Galhardo, Luis Bordon, Simone, dentre outros artistas famosos também gravaram a canção.

Blecaute nasceu em Espírito Santo do Pinhal, cidade do interior de São Paulo, em 5 de dezembro de 1919 e faleceu em 9 de fevereiro de 1983, no Rio de Janeiro. Hoje, é nome de ruas em São Paulo, no bairro de Itaquera, no Rio de Janeiro, no bairro do Campo Grande, e em outras cidades brasileiras

Além de blecaute, Assis valente, outro famoso compositor brasileiro, compôs “Boas Festas” que também se tornou um e clássico natalino . Veja mais aqui.



Letra:
Natal das Crianças;
Autor: Blecaute
Natal, natal das crianças
Natal da noite de luz
Natal da estrela guia
Natal de Menino Jesus
Blim blam blim blam blim blam
Bate o sino da Matriz
Papai e mamãe rezando
Para o mundo ser feliz
Blim blam blim blam blim blam
O Papai Noel chegou
Também trazendo presentes
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Frase do Dia.

"Feliz, feliz Natal, a que faz que nos lembremos das ilusões de nossa infância, recorde-lhe ao avô as alegrias de sua juventude, e lhe transporte ao viajante a sua chaminé e a seu doce lar!"

(Charles Dickens)
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Em que data Nasceu Cristo? - Curiosidades do Natal.

Para dizer a verdade, ninguém sabe ao certo qual a verdadeira data do nascimento de Jesus Cristo. O Evangelho de Lucas registra apenas o local do nascimento: Belém de Judá, Terra do Rei Davi.

É fato! A Igreja católica nunca afirmou que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, a data, provavelmente, foi escolhido pela Igreja Católica para unificar as comemorações do natalício, já que as comunidades eclesiais comemoravam em datas diversificadas, de acordo com suas tradições, afinal, um acontecimento tão importante merecia uma data única para festejar. Os motivos atribuídos a escolha da data são muitos, há muitas controvérsias, não existindo, portanto, um consenso.

Há quem defenda que dia 25 de dezembro tenha sido condicionada ao evento da Anunciação do Anjo a Maria. Outra teoria refere-se à cristianização de comemorações pagãs em relação ao sol – a chamada festa pagã do natalis solis invictis, comemoração do sol invicto, celebrada no solstício de inverno. A este respeito, é válido o relato de, S. Agostinho, no século V, que explicava o costume já vigente, dizendo: “Festejamos este dia solene, não como os pagãos voltados para este Sol, mas voltados nós para aquele que fez este Sol”.

Documentos históricos apontam que o Natal, com data unificada, já era festejado no ano 336. Uma corrente majoritária defende que o 25 de dezembro não é uma data provável para o nascimento de Cristo, dada às condições do clima na região da Palestina neste período, marcado pelo inverno de intenso frio, com fortes chuvas e ocorrências de geadas, não compatível, portanto, com o relato encontrado no evangelho de Lucas, que cita pastores dormindo com suas ovelhas em pleno campo, costume mais adequado ao período da primavera.

Até mesmo o ano de nascimento de Jesus apresenta incorreções. De acordo com historiadores, Jesus não nasceu no primeiro ano do nosso calendário, mas sim, em torno de seis/sete antes da era cristã. O fato se deu devido a um erro de cálculo da Igreja Católica, mas especificamente de Dionísio, O Exíguo, ocorrido quinhentos anos após o nascimento do Messias. Com efeito, o nascimento do salvador não poderia ter ocorrido no ano marcado no calendário da era cristã, já que Herodes, o rei que recebera os Reis Magos, já havia morrido no ano 4 A.C.

Mesmo com tantas incertezas quanto a real data de nascimento do Filho de Deus, em nada fica invalidada a fé dos Cristãos, afinal, o que importa é a existência histórica de Cristo e suas mensagens contidas no Evangelho, não é verdade?

FELIZ NATAL A TODOS

Fontes:
Guia de curiosidades Católicas: Evaristo Eduardo de Miranda.
Artigo "A data do nascimento de Jesus: D. Estêvão Bettencourt: http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0006




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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

João do Vale - Muita Gente Desconhece.

Com roteiro de Miriam Cris Carlos, "João do Vale, Muita Gente Desconhece" faz um resgate da história da música popular brasileira e do universo sertanejo através da vida e da obra do compositor João do Vale, reconhecido como um dos artistas mais produtivos do Brasil. Autor de mais de 600 músicas, entre elas os clássicos da MPB "Carcará", "Pisa na Fulô", "Coroné Antônio Bento", "Canto da Ema", entre outras, João do Vale, morto em 1996, aos 62 anos, foi objeto de mais de 10 anos de pesquisa feita pelo diretor Werinton Kermes.

No filme, relatos da família, amigos, de personalidades da cena política e cultural do país mesclados com imagens de arquivos e pelos últimos registros do artista ainda vivo, captados por Kermes meses antes da sua morte, contam a história do compositor. “João do Vale” conquistou o Kikito de melhor documentário na 13ª edição do Festival Cine Vídeo de Gramado, em agosto do ano passado.

Do site da TV Câmara: http://www.camara.gov.br






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Frase do Dia.

"A amizade de um único ser humano inteligente é melhor do que a amizade de todos os insensatos."

(Demócrito)
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domingo, 20 de dezembro de 2009

A Elegância do Samba - Show para Walter Alfaiate.



O compositor Walter Nunes de Abreu, o Walter Alfaiate, sambista dos bons, está passando por problemas sérios de saúde. Os amigos irão realizar um show no próximo dia 21, no Circo Voador, com participação de muita gente de peso do samba brasileiro.

Para que mora no Rio é um excelente programa.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

Curiosidades do Natal - Origem do presépio de Natal.

São Francisco de Assis, o inventor do Presépio.

A montagem do presépio é uma das mais antigas tradições do Natal, etimologicamente a palavra remonta do latim "praesepium" que significa estábulo, curral, lugar onde se recolhe o gado, lembrando o local onde nasceu Jesus Cristo.

Fala-se que o primeiro presépio foi criado no Século XIII, em 1223, por São Francisco de Assis, para rememorar o nascimento do Menino Jesus de um forma mais natural. Para tanto, o religioso, com autorização do Papa, montou, nas proximidades da localidade de Greccio, um presépio de palha com apenas três personagens - os mais importantes da natalidade: o Menino Jesus e seus pais, Maria e José.

De lá para cá, a tradição foi se espalhando pelo mundo, os fiéis, baseados em relatos do evangelho ou textos apócrifos, foram acrescentando dezenas de novos personagens aos presépios, como: pastores, Reis Magos, pescadores e animais.

Hoje, mesmo com algumas impropriedades históricas, decorrente de interpretações errôneas dos textos bíblicos e da criatividade dos católicos, o Presépio é considerado uma das maiores tradições do mundo cristão e a mais alinhada aos textos do evangelho.
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Frase do Dia.

"Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental".

(Gilberto Freyre)
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Humbi Humbi - Djavan e Filipe Mukenga.

Recebi do meu amigo Eisenhower o seguinte texto – “Humbi humbi é um pássaro da tradição angolana que anuncia o nascer do sol, as boas sementeiras e voa alto, cada vez mais alto, convidando outros pássaros para voarem com ele para que, juntos, possam ter uma visão mais ampla do universo.

A letra da canção está escrita no idioma Umbundu, que é falado predominantemente no sul de Angola. Pois bem, há um tempão, em um programa de TV (Ensaio), Djavan a interpretou, magnificamente”. Anexo, um vídeo com uma deliciosa apresentação de Djavan.

Adorei a sonoridade da música apresentada pelo cantor alagoano e, a partir da informação inicial, descobri, no site "http://menhamazumbi.podomatic.com", que a canção foi garimpada por Djavan, em 1980, quando participava de uma caravana realizada por artistas brasileiros em Angola. O cantor brasileiro ouviu a música sendo interpretado pelo cantor e compositor angolano Filipe Mukenga, um conhecido e respeitado artista daquele país africano. A música, na verdade, faz parte do folclore de um grupo étnico daquele país e foi adaptada pelo cantor angolano.

Filipe Mukenga, por sinal, participou, em maio de 2009, em Nova Olinda, interior do Ceará, da Mostra Cariri das Artes dos Países de Língua Portuguesa.

O primeiro vídeo apresenta o cantor Djavan Cantando Humbi Humbi, o segundo, uma apresentação de Filipe Mukenga em um programa de televisão. O terceiro vídeo registra a participação do cantor de Angola em companhia de músicos de várias nacionalidades no encerramento da I Mostra Cariri das Artes de Países de Língua Portuguesa, na Fundação Casa Grande em Nova Olinda, Ce. De acordo com o autor do vídeo, aparecem da esquerda para direita, Stewart Sukuma, JP Simões, Filipi Mukenga, Elizah e Roberto Isaías. Acompanhados por Paulo Brandão e Abanda, grupo formado por meninos da Fundação Casa Grande em Nova Olinda.




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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quem bebe Grapette, repete Grapette– Propaganda que marcou época.

O Grapette, refrigerante com inconfundível sabor de uva, chegou ao Brasil no final dos anos 40. O jingle, divulgado no início dos anos 70, apostou em um interessante trava-língua que caiu no gosto da meninada e até hoje freqüenta a memória de muitos cinqüentões, que adoravam tomar o refrigerante acompanhado de um delicioso e oleoso pastel de vento.


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domingo, 13 de dezembro de 2009

O Nordeste Independente de Bráulio Tavares e Ivanildo Vila Nova.

Aí a Música Popular Brasileira tem seus Pequenos Fatos.

A música “Nordeste Independente", um bem-humorado e utópico manifesto contra a discriminação sofrida pelo nordeste, gerou polêmicas no início dos anos 80. A música foi composta pelo escritor, compositor e roteirista, Bráulio Tavares e por Ivanildo Vilanova, um dos poetas repentistas mais conhecidos e respeitados do Brasil. A obra foi gravada por Elba Ramalho na década de 80, que aproveitou apenas seis, das, pelo menos, 15 estrofes escritas pelos poetas.

Comento:Lembro-me bem de Bráulio Tavares, em Campina Grande, no final dos anos 70, eu fazia Faculdade na UFPB e era comum vê-lo no estádio, ostentando a camisa do Treze, o time mais popular do estado, ou nos barzinhos da cidade. Naquela época, o então cabeludo escritor já era respeitado pelos campinenses, embora ainda estivesse no início da sua brilhante carreira. Ivanildo Vila Nova, neste período, já era uma unanimidade, mesmo não sendo natural de Campina Grande também é considerado um orgulho dos campinenses.

A respeito de “Nordeste Independente”, em entrevista ao site www.nordesteweb.com, Bráulio falou sobre o repente e sobre o motivo de ter composto a música:

“Na vida cotidiana desses poetas existe o hábito de "dar motes" o tempo inteiro, durante a conversa. Qualquer assunto é motivo para um mote. Você está conversando no balcão de um bar, pede um cafezinho, vem frio, você reclama. O poeta ao lado ri e dá o mote: "Quem bebe café aqui / pode pegar resfriado", ou algo assim. É quase um cacoete, uma mania benigna. Ivanildo Vila Nova é um cara muito opiniático, amante de polêmica, e faz críticas severas ao modo como o nordestino é tratado no "sul" (leia-se Rio e São Paulo). Uma vez ele propôs a idéia de "independer o Nordeste", e eu compus o mote na hora: "Imagine o Brasil ser dividido / e o Nordeste ficar independente". Ninguém glosou o mote na hora; Ivanildo me trouxe, dias depois, algumas glosas manuscritas. Como o mote era bom, era rendoso, eu também fiz várias glosas. Passei a cantá-las com amigos, em mesas de bar, e por fim Elba Ramalho usou esses versos em shows e em disco. No disco ela canta seis estrofes, as quatro primeiras são de Ivanildo e as duas últimas são minhas. Mas há pelo menos umas 15 estrofes a mais, muitas delas gravadas pelo próprio Ivanildo em seus discos.

Eu não levo muito a sério essa letra. Era um desabafo brincalhão, uma provocação bem-humorada. Dividir o Brasil não salvaria o Nordeste, se ele continuasse sendo dominado por latifundiários, políticos corruptos, etc. Como proposta política a sério, seria ingênuo e impraticável. Mas o verso tem como propósito chocar, impactar, produzir polêmica, e, mais especificamente, dar uma injeção positiva na auto-estima do nordestino. Pra mim é só isso. Ivanildo leva estes versos mais a sério."

Sobre Ivanildo, Braulio escreveu em seu Blog (http://mundofantasmo.blogspot.com ):

“Muita coisa que eu sei de Cantoria foi o mestre Ivanildo que ensinou. Naquele tempo, quando eu tinha 25 anos, ele 30, passamos muitas tardes ou noites num balcão de bar, eu tomando cerveja, ele tomando café, e conversando sobre qualquer assunto: nossas vidas, a vida alheia, Campina Grande, política, futebol, mas principalmente poesia. Há quem diga que Vila Nova é o maior Cantador do Brasil. Eu não sei fazer comparações desse tipo. Pra mim é como dizer que a água de um açude é mais água do que a água de um copo. A poesia para mim é como uma água: tem uma sede na gente que só poesia que mata. Todo cantador, pra mim, é uma fonte dessa água. Peço aos deuses que a fonte de Ivanildo continue a jorrar, e agradeço de coração por ter sido um dos que ali beberam.”

Bráulio Tavares é natural de Campina Grande, Paraíba, tem formação intelectual, atuando em várias áreas da cultura. Suas músicas foram gravadas por numerosos artistas, entre eles Lenine, Elba Ramalho, Tim Maia, MPB-4, Maria Rita, Ney Matogrosso e Antônio Nóbrega. Atualmente reside no Rio de Janeiro.

Ivanildo Vila Nova, a Águia do Improviso, é de Caruaru, mas residiu por muitos anos em Campina Grande. O Poeta, que foi eleito pelos seus pares "o Cantador do Século XX", ainda é considerado o maior Repentista em atividade.

O vídeo apresenta a versão cantada por Ivanildo Vila Nova que apresenta mais estrofes que a versão gravada por Elba Ramalho.


Letra:
NORDESTE INDEPENDENTE
(Imagine o Brasil)

(Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares)

Já que existe no Sul este conceito
que o Nordeste é ruim, seco e ingrato,
já que existe a separação de fato
é preciso torná-la de direito.
Quando um dia qualquer isso for feito
todos dois vão lucrar imensamente
começando uma vida diferente
da que a gente até hoje tem vivido:
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Dividindo a partir de Salvador
o Nordeste seria outro país:
vigoroso, leal, rico e feliz,
sem dever a ninguém no exterior.
Jangadeiro seria o senador
o cassaco de roça era o suplente
cantador de viola o presidente
e o vaqueiro era o líder do partido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Em Recife o distrito industrial
o idioma ia ser "nordestinense”
a bandeira de renda cearense
“Asa Branca" era o hino nacional
o folheto era o símbolo oficial
a moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o Inconfidente
Lampião o herói inesquecido:
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

O Brasil ia ter de importar
do Nordeste algodão, cana, caju,
carnaúba, laranja, babaçu,
abacaxi e o sal de cozinhar.
O arroz e o agave do lugar
a cebola, o petróleo, o aguardente;
o Nordeste é auto-suficiente
nosso lucro seria garantido
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Se isso aí se tornar realidade
e alguém do Brasil nos visitar
neste nosso país vai encontrar
confiança, respeito e amizade
tem o pão repartido na metade
tem o prato na mesa, a cama quente:
brasileiro será irmão da gente
venha cá, que será bem recebido...
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Eu não quero com isso que vocês
imaginem que eu tento ser grosseiro
pois se lembrem que o povo brasileiro
é amigo do povo português.
Se um dia a separação se fez
todos dois se respeitam no presente
se isso aí já deu certo antigamente
nesse exemplo concreto e conhecido,
imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.
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sábado, 12 de dezembro de 2009

Só Jorge do Bem – Jorges homenageiam o “Líder dos Templários”

Não havia percebido: como temos bons Jorges! Uma reunião de Jorges para todo gosto – Ben Jor, Seu Jorge, Mautner, Aragão e Vercilo - num sarau em homenagem a mais um Jorge, o Santo.

A música em destaque, “Líder dos Templários”, foi composta por Jorge Vercilo,com letra de Jorge Aragão, Jorge Ben Jor, Jorge Mautner e Jorge Vercilo, foi feita especialmente para o show “Coisa de Jorge”, realizado no dia 23 de abril de 2007, Dia de São Jorge, na Praia de Copacabana, com produção de Rildo Hora.
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Frase do Dia.

"A perfeição da própria conduta consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia."

(Voltaire)
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O Bonde São Januário. O bonde que leva otário e operário.

Aí a música tem seus pequenos fatos.

No período do Estado Novo, Getúlio Vargas orientou o DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda, a “convencer” os compositores a valorizarem o trabalho em suas canções. O objetivo era enaltecer a figura do trabalhador empenhado no desenvolvimento do país, uma marca ostentada pelo governo.

Dentro desta premissa, compositores famosos foram, muitas vezes, instados pela censura a não abordarem temas que, na visão do poder, fizessem apologia a malandragem e a boêmia. Um dos casos mais famosos envolveu dois grandes compositores da história da MPB: Wilson Batista e Ataulfo Alves, parceiros, no início dos anos 40, no samba "O Bonde de São Januário", um sucesso na voz de Ciro Monteiro. Na versão original, a música dizia:

“O Bonde São Januário
Leva mais um sócio otário
Sou eu que vou trabalhar..."

Os compositores, para evitar problemas com o poder, alteraram “sócio otário” por “operário” e o samba ficou assim:

“O Bonde São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar...”

O vídeo apresenta o cantor Ataulfo Alves Junior cantando o polêmico samba do seu pai.

Atualização: embora divulgada em livros e reportagens sobre a história da música, a versão acima é peremptoriamente negada por Ataufo Alves Júnior, o também cantor e filho de Ataulfo Alves.

O músico fez um belo show em Fortaleza, no Projeto Cultural do BNB Clube, cantando músicas do pai em homenagem ao seu centenário, ocorrido no ano passado. Na ocasião, tive oportunidade de perguntá-lo pessoalmente sobre a veracidade da versão da letra original da música “O bonde de São Januário.”

“Conversa fiada!” afirmou convicto o cantor. Complementou que o pai fez a música do jeito que é divulgada, não existindo versão anterior com o termo “sócio otário”.

O cantor de “Os meninos da Mangueira” confirmou, entretanto, a existência de uma paródia divulgada no dicionário Cravo Albin, criada por torcedores adversários para provocar a torcida do Vasco. A versão, segundo Albin, fez um grande sucesso no carnaval de 1941 e dizia.

"...O bonde de São Januário vai levar mais um otário/Pra ver o Vasco apanhar..."


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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Frase do Dia. Jean-Paul Sartre e a violência.

"A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota."

(Jean-Paul Sartre)
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Antônio Pereira de Moraes - O Poeta da Saudade.

Conheça alguns versos de Antônio Pereira de Moraes, o Poeta da Saudade, um modesto e inspirado agricultor que sabia, como poucos, descrever o que é saudade:

Saudade é um parafuso
Que na rosca quando cai,
Só entra se for torcendo,
Porque batendo num vai
E enferrujando dentro
Nem distorcendo num sai.

Saudade tem cinco fios
Puxados à eletricidade,
Um na alma, outro no peito,
Um amor, outro amizade,
O derradeiro, a lembrança
Dos dias da mocidade.

Saudade é como a resina,
No amor de quem padece,
O pau que resina muito
Quando não morre adoece.
É como quem tem saudade
Não morre, mas adoece.

Adão me deu dez saudades
Eu lhe disse: muito bem!
Dê nove, fique com uma
Que todas não lhe convêm.
Mas eu caí na besteira,
Não reparti com ninguém.

Quem quiser plantar saudade
Primeiro escolha a semente
Depois plante em lugar seco
Onde brota o sol mais quente
Pois se plantar no molhado
Quando nascer mata a gente". Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quinze anos sem Tom Jobim.

Como o tempo passa! Hoje, 8 de dezembro de 2009, completa quinze anos da morte do grande Tom Jobim.O compositor de Teresa da Praia, Desafinado, Samba de Uma Nota Só, A Felicidade, Águas de Março, Garota de Ipanema e de outras dezenas de obras primas estaria hoje com 82 anos.

Grandes compositores sempre deixam marcas na história da música - o carioca Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, exacerbou: a Edição N°5 da Revista “Desvendando a História -Especial Bossa Nova", elenca uma relação com as 30 principais músicas da Bossa Nova, destas, 13 são do compositor. Embora a revista não tenha detalhado a metodologia para chegar a tal conclusão, não é demais acreditar que Tom Jobim sobra em qualquer relação de grandes músicas. A publicação vai mais além e informa que “The Girl From Ipanema”, a versão de “Garota de Ipanema”, está em décimo lugar entre as músicas mais gravadas em todos os tempos, em uma relação encabeçada por Yesterday, dos Beatles.

Veja a relação das 30 principais músicas da Bossa Nova.

-A Felicidade (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), por Maria Creuza, Toquinho e Vinícius de Moraes
-Águas de Março (Tom Jobim), por Elis Regina e Tom Jobim
-Amazonas (João Donato/Lysias Ênio), por João Donato
-Balanço Zona Sul (Tito Madi), por Zimbo Trio
-Batida Diferente (Durval Ferreira/Maurício Einhorn), por Tamba Trio
-Berimbau (Baden Powell/Vinícius de Moraes), por Baden Powell
-Bim Bom (João Gilberto)
-Canto de Ossanha (Vinícius de Moraes/Baden Powell), por Vinícius de Moraes e Quarteto Cy
-Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), por João Gilberto
-Corcovado (Quiet Nights of Quiet Stars) (Tom Jobim/Gene Lees/Buddy Kaye), por Tom Jobim e Frank Sinatra
-Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça), por João Gilberto
-Dindi (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), por Sylvia Telles
-Ela é Carioca (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), por Sérgio Mendes e Sexteto Bossa Rio
-Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinícius de Moraes/Norman Gimbel), por João e Astrud Gilberto, Stan Getz e Tom Jobim
-Influência do Jazz (Carlos Lyra)
-Insensatez (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), por Tom Jobim
-Lobo Bobo (Carlos Lyra/Ronaldo Bôscoli), por Wilson Simonal
-Manhã de Carnaval (Luís Bonfá/Antônio Maria), por Agostinho dos Santos, Luís Bonfá e Oscar Castro-Neves Quarteto
-Mas que nada (Jorge Ben), por Jorge Ben Jor
-Minha Namorada (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes), por Os Cariocas
-Nanã (Moacyr Santos/Mário Telles
-O Barquinho (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), por Maysa
-Samba da Bênção (Vinícius de Moraes/Baden Powell), por Odete Lara
-Samba de uma nota Só (Tom Jobim/Newton Mendonça), por Nara Leão
-Samba do Avião ((Tom Jobim), por Eumir Deodato
-Só Tinha de Ser com Você (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), por Os Cariocas
-Sonho de Maria (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle), por Tamba Trio
-Tarde em Itapuã (Vinícius de Moraes/Toquinho), por Toquinho e Maria Bethânia
-Você (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), por Dick Farney e Norma Bengell
-Wave (Tom Jobim)
-Zelão (Sérgio Ricardo)

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As 25 músicas mais cantadas nos Karaokês Britânicos - ABBA em primeiro lugar.

A música "Waterloo", do grupo sueco Abba, foi apontada como a favorita dos karaokês da Inglaterra, dentre uma relação de 25 sucessos preferidos pelos cantores amadores. A lista foi divulgada pelo jornal britânico "The Daily Mail", com base em números levantados pela Performing Rights Society, o equivalente britânico ao Ecad brasileiro, entidade que monitora a execução das músicas para recolhimento de direitos autorais.

O Abba pontuou também na quinta posição com o hit "Dancing Queen". A banda “Queen” aparece com duas canções na lista: "Bohemian rapsody" em segundo lugar e "Don't stop me now" em 16º.

Surpreendentemente, Beatles e Rolling Stone apareceram com apenas uma música. Elvis Presley sequer foi citado, também não apareceram sucessos lançados no século 21, e apenas duas - "Angels", de Robbie Williams, e "Livin' la vida loca", de Ricky Martin - são dos anos 1990. Nove canções são dos anos 1970 e as décadas de 1960 e 1980 têm sete músicas cada.

Veja a lista das 25 músicas mais cantadas em karaokês na Grã-Bretanha. Confira também o vídeo do grupo ABBA interpretando a música "Waterloo". O vídeo, na data deste Post, contava com a impressionante marca de 2.232.660 exibições, justificando,talvez, a predileção do público pela música.

1) "Waterloo" - Abba
2) "Bohemian rhapsody" - Queen
3) "My way" - Frank Sinatra
4) "I will survive" - Gloria Gaynor
5) "Dancing queen" - Abba
6) "Angels" - Robbie Williams
7) "Like a virgin" - Madonna
8) "It's raining men" - Weather Girls
9) "Summer nights" - Olivia Newton John e John Travolta
10) "I should be so lucky" - Kylie Minogue
11) "Don't go breaking my heart" - Elton John e Kiki Dee
12) "Sweet Caroline" - Neil Diamond
13) "American pie" - Don MacLean
14) "Killing me softly" - Roberta Flack
15) "Hey Jude" - The Beatles
16) "Don't stop me now" - Queen
17) "(I can't get no) Satisfaction" - Rolling Stones
18) "Delilah" - Tom Jones
19) "New York, New York" - Liza Minnelli/Frank Sinatra
20) "Total eclipse of the heart" - Bonnie Tyler
21) "Livin' la vida loca" - Ricky Martin
22) "Livin' on a prayer" - Bon Jovi
23) "I'm a believer" - Monkees
24) "Love shack" - B-52s
25) "River deep mountain high" - Ike and Tina Turner


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“Fractais Sertanejos” - Filme do cineasta Heraldo Cavalcanti recebe novas premiações.


O filme cearense “Fractais Sertanejos”, do cineasta cearense Heraldo Cavalcanti, recebeu este domingo último, 06/11, mais três premiações em dois festivais distintos. A obra, exibida na 11ª Mostra Londrina de Cinema e no 16º Vitória Cine Vídeo, foi contemplada com as premiações de Melhor filme por Júri Popular (Londrina) e Melhor Documentário e Prêmio Jangada (Vitória), acumulando até agora 8 premiações em festivais brasileiros, em menos de seis meses.

O filme conta a história de João Batista dos Santos, escultor natural de Aurora, um operário da construção civil que se torna artista ao sair de um coma, esculpindo obras abstratas que denomina "TudoeNada", semelhantes aos fractais estudados na física e na matemática do caos.

A história e o filme têm recebido elogios por onde passa e agora gerou interesse do canal GLOBONEWS, que procurou a produção do filme para gravar matéria com o artista.

O interesse pelo filme pode ser exemplificado no texto divulgado pelo festival de Vitória: “O vencedor do Troféu Jangada foi o documentário “Fractais Sertanejos”, de Heraldo Cavalcanti, proveniente do Ceará. O prêmio é oferecido pela Organização Católica Internacional de Cinema e pela Associação Católica Mundial para Comunicação (OCIC-SIGNIS Brasil) para o filme que mais se destaca pela presença de valores humanos, éticos e espirituais.

Os jurados Júlia Machado e Daniel Paes da PUC do Rio de Janeiro justificaram a escolha da obra. Para eles, o diálogo sensível entre o diretor e seu personagem gera um filme de reflexão sobre o sentido do fazer artístico como caminho para um mundo mais humano.”

Comento: Heraldo Cavalcanti consolidou-se em uma grata revelação como cineasta, já tendo vencido vários concursos e festivais de cinema. O cearense, atualmente, está radicado no Rio de Janeiro onde desenvolve novos projetos.


PARA SABER MAIS:
http://mostralondrina.blogspot.com/
http://www.vitoriacinevideo.com.br/
http://anitracinematv.blogspot.com/
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Frase do Dia.

"Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles."

(Rui Barbosa)
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Tim Maia, Fábio e Hyldon – Os Velhos Camaradas.


AÍ A MÚSICA TEM TAMBÉM SEUS PEQUENOS FATOS.

Os amigos, Tim Maia, Fábio e Hildon se reuniram em 1979 e gravaram o hit “Velho Camarada", de Cassiano e Hyldon.

Fábio, autor de “Stella”, um grande sucesso no final dos anos 60, foi um grande amigo de Tim Maia e chegou a abrigar o cantor, em seu apartamento, nos tempos das vacas magras. Anos depois, Tim Maia retribuiu a ajuda, gravando o compacto com o grande amigo. O disco com a música "Velho Camarada" foi um grande sucesso em 1979 e ajudou a reerguer a carreira de Fábio, então em baixa.

O cantor e compositor Hyldon, também da turma, foi convidado para fechar a música com o refrão de seu maior sucesso: “Na rua, na chuva, na fazenda”. Hyldon, por sinal, continua fazendo shows pelo Brasil, recentemente, apresentou-se em Fortaleza em companhia de Tunai e Dalton, em uma elogiada apresentação em dose tripla.



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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

As frases de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.

Sérgio Porto, o famoso Stanislaw Ponte Preta, era famoso por sua verve humorística e carregada de ironias inteligentes. O humor sarcástico de Stanislaw, mais de quarenta anos após sua morte, ainda é atual é às vezes parece até profético.

O autor do bordão FEBEAPA-Festival de Besteira que Assola o País, dificilmente perdia o humor, Jaguar, seu velho amigo, conta que certa vez presenciou uma cena que não esquece: os dois trabalhavam no Banco de Brasil, lá tinha uma funcionária que trabalhava como caixa, atendendo ao público. A senhora era conhecida pelo seu mau humor e implicava com todo mundo, como o local onde a empregada pública trabalhava parecia com uma gaiola, Ponte Preta escreveu um cartão com frase “Não dê alimento aos animais” e o pregou em frente à gaiola da antipática funcionária, de forma que só o público tivesse visão do cartaz.

Sérgio Cabral também tem histórias interessantes sobre o escritor, ele conta que pouco antes de morrer, ainda jovem, aos 45 anos, Stanislaw estava feliz - “O Samba do Crioulo Doido” havia sido gravado, com sucesso, pelo Quarteto em CY. O humorista estava tomando um uísque com Cabral, quando um estraga prazer atacou: “Você fez um plágio, hein? “O Samba do Crioulo Doido” tem um trecho igualzinho ao “Trem das Onze”. Sérgio Porto não tinha atentado para isso e só naquela hora percebeu a semelhança das duas músicas, mesmo envergonhado, não perdeu a habitual presença de espírito, e rebateu de pronto:

- A minha música não fala de trem?
- Fala – retrucou o chato.
- Fiz de propósito, para lembrar mesmo - Finalizando a incômoda polêmica.

O tom profético de Ponte Preta se torna presente na seguinte frase, que, não obstante ter sido escrita há mais de quarenta anos, se mantém bastante atual e serve de reflexão à parte da nossa grande imprensa, que ainda não percebeu as profundas mudanças que a Internet provocou na percepção do público alvo da informação.

“As crises políticas nacionais são tratadas de maneira tão sensacionalista pela imprensa brasileira que, se a gente estiver no estrangeiro, ao ler um jornal brasileiro tem a impressão que, ao voltar, não encontrará mais o país". Realmente, a frase nunca esteve tão atual.

Estas histórias e outras frases de Sérgio Porto estão no livro “Máximas de Tia Zulmira”, uma coletânea de frases do escritor com ilustrações de Jaguar.


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domingo, 29 de novembro de 2009

Meio Ambiente - ONU exibirá filme de Bob Dylan em Copenhague.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) exibirá filme produzido por Bob Dylan que aborda o tema da mudança climática à véspera da Conferência de Copenhague, que se realizará de 7 a 18 de dezembro próximo.

O filme estará disponível em DVD após sua estréia na Conferência e combina uma série de gravações do músico americano que interpreta ao vivo sua canção “A hard rain´s a-gonna fall”, com fotografias sobre os efeitos da mudança climática, apresentando ainda comentários sobre a situação do planeta e a população mundial neste momento crítico, do ponto de vista ecológico.

O trabalho cinematográfico mostra as poucas opções que o mundo tem para resolver um dos mais graves problemas que enfrenta atualmente e propõe a urgência de se implementar políticas que detenham as mudanças climáticas e alterem radicalmente o enfoque do aproveitamento dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico de todos os países.
A idéia do filme vem da canção homônima de Dylan, que data de 1964.


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sábado, 28 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai."

(Sigmund Freud)
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Curiosidades da Música Popular Brasileira – A História da Música João e Maria.

AÍ A MÚSICA TEM TAMBÉM SEUS PEQUENOS FATOS.

A Valsinha “João e Maria” foi composta por Sivuca em 1947, nesta época, Chico ainda era criança e sequer imaginava se tornar um dos maiores nomes da MPB. Chico só iria colocar a letra na música, em 1977, portanto, 30 anos após a música ser composta por Sivuca.

Comento: Chico Buarque colocou letra em várias músicas
de parceiros famosos, como: Tom Jobim, Francis Hime, Milton Nascimento, Edu Lobo , dentre outros. Para explicar seu método para colocar letras em músicas, o compositor respondeu, em uma entrevista de 1988:

"Você tem que entrar na cabeça do compositor. Tentar adivinhar. Se você fosse ele, o que você estaria dizendo com aquela música...” e complementou com uma frase que repetiu algumas vezes -Cada música tem uma história. Cada parceiro tem uma história” e citou alguns exemplos:

para músicas de Milton Nascimento, ele procurava fazer letras com a cara do Milton, Já Tom Jobim, este gostava de interferir constantemente na criação da letra, muitas vezes o compositor de Desafinado já trazia uma idéia pronta, o que, segundo Chico, criava alguma dificuldade para compor, afinal, Tom também era um grande letrista. Francis Hime, ao contrário de Tom, nunca interferia no processo de composição, Chico chega a confessar que Hime sequer se preocupava em dar o título da música.

Na música João e Maria, uma valsinha que Sivuca compôs com uma linha melódica que prima pela singeleza e ingenuidade, Chico procurou transformar em um belo mundo infantil de faz de conta, e explicou os motivos:

"Cada música tem uma história. Eu tenho uma parceria com o Sivuca que é engraçada. Ele fez a música, que ficou se chamando João e Maria. Ele mandou uma fita com uma música que ele compôs em 1944, por aí. Eu falei: "Mas isso foi quando eu nasci." A música tinha a minha idade. Quando eu fui fazer, a letra me remeteu obrigatoriamente pra um tema infantil. A letra saiu com cara de música infantil porque, simplesmente, na fitinha ele dizia: "Fiz essa música em 47." Aí pensei: "Mas eu criança..." e me levou pra aquilo. Cada parceria é uma história. Cada parceiro é uma história."


João e Maria foi gravada por Chico em vários discos, uma das gravações foi feita com Nara Leão no LP "Meus amigos" , a música também foi um grande sucesso como trilha da novela "Dancin' Days", passada na TV Globo, em 1978.


Fontes:
Site do Compositor Chico Buarque de Holanda
Livro 85 anos de Música Brasileira Vol. 2, 1ª edição, 1997, editora 34

Letra:
João e Maria
Chico Buarque de Holanda e Sivuca
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente."

(Sócrates)
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A condenação de Luíza Erundina – A lógica da nossa Justiça.

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
(Rui Barbosa)

Vem repercutindo em toda a blogosfera a absurda condenação da ex-prefeita de São Paulo, Luíza Erundina. A paraibana foi condenada a pagar cerca de R$ 350.000,00, por ter mandado, quando prefeita , imprimir cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989, em apoio a uma greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores.

Erundina é reconhecida como política honesta. Com efeito, aos 75 anos de vida, tem um patrimônio dos mais modestos: um Pálio 97, um Gol 2004 e um pequeno apartamento de 80 metros quadrados. Padrão bem diferente da maioria de outros prefeitos de São Paulo, atolados em escandalos amplamente divulgados na imprensa, como Paulo Maluf e o recentemente falecido Celso Pitta.

Comento: Não entro no mérito da decisão, que já transitou em julgado, portanto sequer cabe mais recursos, mas é de dar dor ver uma pessoa honesta ser condenada com tanto rigor, com uma imputação em valor incompatível com as suas posses, enquanto é fácil constatar que uma infinidade de gente corrupta se mantém impune, talvez por ter condições de contratar bons advogados, e o pior, com o dinheiro surrupiado dos nossos bolsos.

Visando evitar que a ex-prefeita venda seu parco patrimônio, os amigos e simpatizantes estão se mobilizando para arrecadar fundos. Entre no blog "Luiza, eu apoio você", e saiba mais (aqui).
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Dick Farney e Lúcio Alves - "A Saudade Mata a Gente”.

Difícil é dizer qual das duas vozes é a mais bonita. Dick Farney e Lúcio Alves, dois monstros da música Brasileira, cantam um trecho de "A Saudade Mata a Gente", de Braguinha e Antonio Almeida, o vídeo é de 1976.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hino do Ceará Sporting Clube. O Vovô está na Primeira Divisão.


... E a imensa torcida do meu querido Ceará Sporting Clube fez uma festa memorável para receber os jogadores no Aeroporto Pinto Martins. Também, não era para menos, após dezesseis anos de tentativa, o time conseguiu, finalmente, o sonhado acesso à série A do Brasileirão. O direito a estar na elite do futebol brasileiro aconteceu após uma sofrida vitória sobre a Ponte Preta, por 2 X 1.

De acordo com a Wikipedia, O hino do Ceará Sporting foi composto por José Pattapio da Costa Jatahy, um conhecido artistas do estado do Ceará que em 1942 foi escolhido o cantor do ano no estado e teve musicas gravadas por Luiz Gonzaga. Foi o primeiro cantor contratado da Ceará Radio Clube nos anos 1930. Presidiu o Sindicado dos Musicos Cearenses e acabou preso pelo golpe de 1964. O compositor faleceu aos 73 anos de idade, em 1983.

Parabéns, Vozão, o time é de primeira.







LETRA DO HINO CEARÁ (Original)
Teu passado é todo coberto de glórias
Dia-a-dia tu conquistas mais vitórias
Tua bandeira alvinegra desfraldada
Teu time em campo tem vitória assegurada.
Campeão da popularidade
Tua torcida hoje é toda cidade
É um grande povo a te estimular
É o Vovô Ceará vai ganhar.
És o time das grandes campanhas
Sempre aqui ou lá fora tu ganhas
Com teus craques em campo a brilhar
Ceará tua glória é lutar.
Autor: José Patápio da Costa Jatahy.
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domingo, 22 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"O homem prudente previne o mal, de preferência a empregar os remédios; evita a dor antes de recorrer aos alívios."

(Thomas Morus)

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sábado, 21 de novembro de 2009

Pausa no Blog.

Estou em repouso devido a uma cirurgia de emergência, realizada antes de ontem, para retirada do apêndice, aquele órgão pequenino que até agora ninguém sabe para que serve - a não ser operar. No entanto, em 2007, segundo fontes obtidas na Blogosfera, foi noticiado que um estudo realizado na Duke University Medical School e publicado na revista Journal of Theoretical Biology revela que a função do apêndice parece estar relacionada com a população de bactérias que habita e ajuda o sistema digestivo. Segundo Bill Parker, co-autor do estudo, o apêndice também funciona como uma fábrica de bactérias, cultivando os germes "bons".

À exceção das dores das primeiras horas após a cirurgia, e a desconfortável ligação com soro por pelo menos 30 horas, a operação foi tranqüila e quase não deixou cicatriz. A recuperação está sendo muito rápida, melhor do que pensava, pouco menos de 24 horas da operação já estava em casa. O procedimento utilizado foi a vídeolaparoscopia e é feita por meio de três pequenas incisões, a maior delas no umbigo e as outras duas mais abaixo na barriga.

Duro mesmo foi assistir meu Ceará Sporting, em um sábado ensolarado, vencer a Ponte Preta e se classificar para série A do Brasileirão, sem poder dar um pulo sequer de alegria e sem poder tomar uma única cerveja.

Para evitar que outros façam a bobagem que fiz, afinal fui procurar ajuda médica após 6 horas de dor , pois pensava se tratar de uma úlcera recidiva, reproduzo um artigo do Médico Dráuzio Varela sobre apendicite, publicado em seu site (http://www.drauziovarella.com.br).

Apendicite

Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso. Na maioria dos casos, o problema ocorre por obstrução da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais diversos com restos fecais.

O quadro inflamatório-infeccioso característico da apendicite é mais freqüente entre 20 e 30 anos e pode ser extremamente grave e levar à morte se o paciente não for tratado a tempo.

Sintomas
• Falta de apetite é o principal sintoma é. No entanto, como aparece em qualquer quadro infeccioso, torna-se um sinal inespecífico;
• Dor abdominal que se manifesta do lado direito e na parte baixa do abdômen. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, mas que vai aumentando de intensidade;
• Colapso do aparelho digestivo porque o intestino pára de funcionar;
• Febre;
• Queda do estado geral;
• Náuseas, vômitos e certa apatia.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, realizado com base na história do paciente e na palpação do abdômen. Como os sintomas das anexites (inflamação das trompas, útero e ovários) também provocam dor do lado direito do abdômen, é preciso estabelecer o diagnóstico diferencial. O ultra-som e a tomografia auxiliam bastante nessa distinção.
Estabelecer o diagnóstico de apendicite nem sempre é fácil. Por isso, havendo suspeita da infecção, o paciente deve ser encaminhado para cirurgia o mais depressa possível para evitar complicações graves, como a peritonite, por exemplo.

Tratamento

O tratamento da apendicite é cirúrgico. A incisão é pequena e as cicatrizes quase imperceptíveis. A intervenção pode ser feita também por via laparoscópica com os mesmos resultados da cirurgia com campo aberto. Se a cirurgia não for realizada em tempo hábil, a apendicite pode por em risco a vida do paciente.

Só excepcionalmente, o tratamento clínico é introduzido antes da cirurgia.

Recomendações

• Procure assistência médica imediatamente, se sentir dor na parte baixa e do lado direito do abdômen. Pode ser uma crise de apendicite aguda;

• Não se recuse a ficar internado no hospital, enquanto o diagnóstico não for esclarecido. Você pode precisar de cirurgia de emergência.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"Elege para teu amigo o homem mais virtuoso que conheces. "

(Pitágoras)
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Nato Lima, a morte do último índio Tabajara.

Com a morte do violonista Natalício "Nato" Lima, ocorrida no dia 16/11/09, acaba a história em vida de um dos grandes duos da música mundial.

O músico e o irmão Antenor, formaram a dupla Mussapere e Herundi, mais conhecida como "Los Índios Tabajaras". Chegaram a gravar mais de 70 álbuns, vendendo milhões de discos no mundo.

Nada mau para dois autênticos índios de Tianguá, pequena cidade localizada na Serra da Ibiapaba, no interior do Ceará, que, ainda em estado de aculturação, percorreram, a pé, o trajeto entre o Ceará e o Rio de Janeiros, período em que foram aprendendo os primeiros acordes. Não satisfeitos, cruzaram quase toda a América Latina e após uma impressionante evolução musical, alcançaram o sucesso definitivo nos EUA, com músicas como: Maria Elena, Amapola e Always in My Heart.

A dupla se apresentou em vários países do mundo, é reverenciada por músicos do porte de Carlos Santana, que se confessou um seguidor do estilo de Natalício. O duo se apresentava, com rara maestria, tanto em concertos eruditos quanto em apresentações populares.

A história desses dois é, realmente, digna de um roteiro de cinema... E por falar em roteiro de filme, ainda não entendi por que até o momento, ninguém teve a idéia de lançar um projeto cinematográfico sobre a impressionante história destes dois grandes músicos. Fica o desafio.



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domingo, 15 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

(Cecília Meireles) Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Comercial do Sabonete Lux.

… E por falar em Regina Duarte, apresento um comercial do sabonete LUX, rodado no início dos anos sessenta. O bordão “LUX, o sabonete de 9 entre dez estrelas” ficou famoso e foi protagonizado por várias atrizes famosas, como: Jane Fonda, Elizabeth Taylor, Romy Schneider e Vera Fischer, dentre tantas outras beldades.


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sábado, 14 de novembro de 2009

O Humor de Mário Quintana.

O gaucho Mário Quintana, além de grande poeta, era conhecido por seu senso apurado de humor. O poeta tinha aquilo que chamamos de presença de espírito, seu humor, às vezes irônico, às vezes ácido, são bastante comentados e já foram publicados em livros como a coletânea “Ora bolas – O humor de Mario Quintana”, composta de 130 histórias compiladas e adaptadas pelo jornalista e crítico de música Juarez Fonseca.

Certa vez, respondendo a pergunta: quais músicas tinham sido incorporadas ao seu patrimônio afetivo; 0 poeta respondeu prontamente:

“Eu não gosto de músicas só com açúcar. Eu não gosto de música de ópera.”

Indagado por que não gostava de opera, fez graça:

“Porque parece namoro de gato, não termina nunca e não deixa a gente dormir.”

Outra vez, um colega de trabalho fez um infeliz elogio: “Mario, gostei muito daquele teu poeminha”. O poeta não perdeu o senso de humor e brincou: “Obrigado pela tua opiniãozinha”.

O gaucho de Alegrete, em suas entrevistas, alternava momentos de humor, ternura e melancolia. Frases comoventes também se tornaram famosas, como, por exemplo, o motivo de não gostar de recordações.

“Não gosto de recordar porque dá saudade de mim mesmo”.

Mário Quintana faleceu em porto Alegre, em 5 de maio de 1994, perto de completar 87 anos, seu estilo de poesia é, hoje, um dos mais apreciados pelos brasileiros.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Frase do Dia.

“Se Hitler invadisse o inferno, eu cogitaria uma aliança com o demônio”

(Winston Churchill) Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Eu Primeiro! Repórteres brigam por primazia em entrevista – Vídeo.

O apagão na noite desta quarta-feira está dando o que falar na mídia. Realmente, aconteceu de tudo na cobertura, desde os comentários daquela atrapalhada jornalista de economia, que, de uma hora para outra, virou especialista em setor elétrico, até barraco ao vivo pela prioridade em uma entrevista.

O fato aconteceu nesta última quarta-feira.O Secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, aguardava a chamada de um programa jornalístico para dar explicações sobre o apagão da noite anterior, quando tudo começou. Um detalhe: os atores do papelão são repórteres das duas maiores Redes de TV do Brasil.

E depois ficam querendo credibilidade. Veja o vídeo publicado no YOUTUBE.


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domingo, 8 de novembro de 2009

Frase do Dia.

"A natureza deu-nos duas orelhas e uma só boca para nos advertir de que se impõe mais ouvir do que falar."

(Zenão de Cítio) Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Tunai, Hyldon e Dalton - Qualidade em dose tripla.

Sábado, 07 de outubro, foi dia de conferir o Projeto Cultural do BNB Clube. A programação prometia, os cantores Tunai, Hyldon e Dalton eram as atrações da noite. O show foi dos mais agradáveis, os três estavam em uma noite inspirada e relembraram vários sucessos dos anos 70.

A cantora cearense Mel Matos abriu a noite com uma elogiada apresentação – falarei sobre esta jovem cantora no próximo Post. Dos titios, o primeiro a se apresentar foi o mineiro Tunai, irmão não menos talentoso de João Bosco, que apresentou-se acompanhado apenas do seu violão. Em pouco tempo, o público já fazia coro com o cantor nos seus principais sucessos, destaque para: Certas Canções, Dança das Cadeira e Frisson. O compositor também relembrou “Nuvem Passageira”, um grande sucesso do gaucho Hermes Aquino, na novela casarão, de 1976, a música foi regravada por Tunai, recentemente, no projeto "Um Barzinho, Um Violão - Novela 70", no Morro da Urca, o projeto contou com a participação mais 25 Artistas como, Caetano Veloso, Zélia Duncan Zeca Pagodinho, Jorge Vercillo, Elba Ramalho Herbert Viana,

O segundo a se apresentar foi Hyldon, um dos grandes da Soul Music, junto com Cassiano e Tim Maia. Com aquele jeito desligado de sempre, o cantor, a exemplo de Tunay, apresentou-se acompanhado apenas do seu violão, chamou, logo de cara, a cantora Mel Matos para uma canja em “As Dores do Mundo”, o público já estava mais que aquecido e não foi difícil para o cantor dar o seu recado, desfilando sucessos como; “Na Sombra de uma Árvore” e “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” o músico ainda homenageou Tim Maia, cantando “Primavera”.

Hyldon ia finalizando sua participação impecável, ao som de “Na Rua, na Chuva, na Fazenda”, quando entrou Dalton, o mais desinibido dos três. O cantor não tem nada daquela imagem séria que aparentava nos programas de TV, brincou muito com a platéia e, acompanhado do bom tecladista Maurício, relembrou grandes sucessos como: “Muito Estranho” e “Espelhos D’água”, além de composições suas que foram sucessos na voz de outros interpretes, como: Biafra - “Leão Ferido” e “Anjo”, sucesso do Roupa Nova - todas, acompanhadas pela coro afinado da platéia, que a esta altura, já fazia parte da apresentação.

Dalton, que também é médico anestesista, é compositor de dezenas de músicas conhecidas. O cantor é figura carimbada nas trilhas de novelas, segundo suas contas, já são dezoito músicas emplacadas. Seu maior sucesso, o hit “muito Estranho”, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias.
Para finalizar, os três experientes cantores voltaram ao palco e cantaram juntos. O ambiente estava leve e bem-humorado, Hyldon que antes confessara dificuldade para decorar letra de música, não escapou das brincadeiras de Dalton, que, de surpresa, tomou a cola do cantor, provocando risos no público.

A apresentação foi no BNB Clube de Fortaleza, o clube, todos os sábados, disponibiliza uma atração de qualidade no seu projeto cultural, por lá já passaram: Jessier Quirino, Vital Farias, Roberto Silva, Geraldo Azevedo, Xangai, Pery Ribeiro, Alceu Valença, Chico Cesar, dentre tantos outros. A abertura cabe sempre a um artista ou banda cearense, uma forma de incentivar a cultura local. Com certeza, é um ótimo programa - já estou me preparando para Renato Borghetti.




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sábado, 7 de novembro de 2009

Campina Grande - Centro de inovação tecnológica mundial.

Reproduzo, com orgulho, matéria do Portal:http:/ /www.andifes.org.br, sobre minha querida Campina Grande, na Paraíba. No final dos anos 70, tempo em que fiz Faculdade de Computação na POLI, a cidade já era um avançado Polo de Tecnologia.

Exposição em Paris aponta Campina Grande como centro de inovação tecnológica mundial

Uma exposição em cartaz no maior museu de ciência da Europa, o Cité des Sciences et de l'Industrie (Cidade das Ciências e da Indústria) aponta Campina Grande como uma das duas únicas cidades da América Latina com destaque na inovação tecnológica mundial. A outra é São Paulo.

O Cité des Sciences et de l'Industrie fica no coração do Cultural Center of Science, Technology and Industry (CCSTI), em Paris, e recebe cerca de 5 milhões de visitantes a cada ano.

Intitulada Geografia de Inovação Tecnológica no Mundo, a exposição mostra, em um enorme mapa, as 59 cidades que desempenham papel decisivo no fomento da pesquisa científica e tecnológica do planeta.

Em 2001, Campina Grande já havia sido eleita pela revista americana Newsweek como uma das nove “Tech Cities” do mundo, devido à sua importância nas áreas da informática e da eletrônica, especialmente no desenvolvimento de softwares.

Todo esse sucesso é resultado da formação de uma sólida base acadêmica, iniciada ainda nos anos 60, quando a atual Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), então Escola Politécnica, adquiriu um dos cinco primeiros computadores em universidades do país (primeiro do Norte-Nordeste), dando origem aos atuais cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de engenharia elétrica e computação.

Nas últimas duas décadas, pesquisas realizadas nos laboratórios da UFCG têm sido cada vez mais reconhecidas e se destacado no cenário internacional, a exemplo do desenvolvimento de sistemas, microprocessadores e estudos na área de robótica.

Essa formação de recursos humanos qualificados e a implementação de ações voltadas para o desenvolvimento de novos empreendimentos, através do processo de incubação de empresas de base tecnológica, consolida a cidade como um dos mais importantes pólos de tecnologia do mundo.
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Canção Amiga – Carlos Drummond de Andrade e Milton Nascimento.




Belos Poemas que Viraram Músicas.

A escolha de hoje para “Belos Poemas que Viraram Músicas" é a bela “Canção Amiga", poema do Mineiro Carlos Drummond de Andrade. Os versos foram musicados por Milton Nascimento - o carioca mais mineiro da MPB. A música foi gravada no disco Clube da Esquina 2, EMI, de 1978.

Comento: Canção Amiga, um poema apaixonante de apenas cinco estrofes, foi publicado em 1948, no livro “Novo Poemas”, da José Olímpio. A respeito do poema o site http: //www.algumapoesia.com.br, com competência , assim o define:

"Canção Amiga é um poema no qual Drummond expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças."

“... Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças..."

A comovente melodia criada pelo autor de “Coração de Estudante” valoriza ainda mais o belo texto de Drummond. Sua melodia se alinha totalmente com os versos do poeta, para alguns se desenvolve como uma espécie de canção de ninar e, paradoxalmente, para outros, como um lamento, uma necessidade imperativa de “acordar os homens. Todos estão certos, Drummond, na poesia, atua como uma fada: ninando crianças e despertando adultos para a necessidade de uma reflexão.

Uma curiosidade sobre Drummond e o poema foi a circulação, em 1989, pouco mais de um ano após sua morte, da cédula de 50 cruzados novos, que trazia em um dos lados a efígie do grande poeta mineiro e no outro, justamente o poema Canção Amiga. Pena que a cédula, vítima da hiperinflação que dominava o cenário econômico do Brasil na época, rapidamente saiu de circulação, em outubro de 1992. A espiral inflacionária também iria levar para as mãos de colecionadores a nota de 100 cruzados novos que estampava outro mito da poesia brasileira - Cecília Meireles.

Drummond nasceu em Itabira, em 1902, e nos deixou em 1987, portanto, viu sua poesia ser imortalizada como canção na voz de Milton.

Já o cantor e compositor de Travessia, para nossa alegria, após uma grave enfermidade, decorrente de uma diabete, contraída em 1997, recuperou-se e continua nos brindando com o timbre de sua voz maravilhosamente afinada, entremeadas por belos falsetes, estilo que levou Elis Regina a declarar:

“Se Deus cantasse, seria com a voz de Milton”

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Canção Amiga
Milton Nascimento
Carlos Drummont de Andrade



Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
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