O gaucho Mário Quintana, além de grande poeta, era conhecido por seu senso apurado de humor. O poeta tinha aquilo que chamamos de presença de espírito, seu humor, às vezes irônico, às vezes ácido, são bastante comentados e já foram publicados em livros como a coletânea “Ora bolas – O humor de Mario Quintana”, composta de 130 histórias compiladas e adaptadas pelo jornalista e crítico de música Juarez Fonseca.
Certa vez, respondendo a pergunta: quais músicas tinham sido incorporadas ao seu patrimônio afetivo; 0 poeta respondeu prontamente:
“Eu não gosto de músicas só com açúcar. Eu não gosto de música de ópera.”
Indagado por que não gostava de opera, fez graça:
“Porque parece namoro de gato, não termina nunca e não deixa a gente dormir.”
Outra vez, um colega de trabalho fez um infeliz elogio: “Mario, gostei muito daquele teu poeminha”. O poeta não perdeu o senso de humor e brincou: “Obrigado pela tua opiniãozinha”.
O gaucho de Alegrete, em suas entrevistas, alternava momentos de humor, ternura e melancolia. Frases comoventes também se tornaram famosas, como, por exemplo, o motivo de não gostar de recordações.
“Não gosto de recordar porque dá saudade de mim mesmo”.
Mário Quintana faleceu em porto Alegre, em 5 de maio de 1994, perto de completar 87 anos, seu estilo de poesia é, hoje, um dos mais apreciados pelos brasileiros.
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