“... Se estiveres realmente seguro de que essa incomparável Rainha ainda quer estudar minha obra, e pode dispor de tempo para fazê-lo, ficarei mais que feliz em mim pôr aos seus serviços. Mas se for apenas uma questão de curiosidade que não durará, por favor, dá alguma forma de desculpa por mim, e poupa-me desta jornada ...”
(Resposta de René Descartes ao embaixador Chanut, a respeito do convite da rainha Cristina para ser seu professor )
O filósofo, advogado, médico, matemático e físico francês René Descartes, considerado o Pai da Filosofia Moderna e autor da, talvez, mais famosa e instigante frase da história da filosofia, “Penso, logo existo”, faleceu aos 54 anos, em 1650, vítima de pneumonia.
A morte do filósofo responsável por um dos mais significativos momentos do racionalismo e do espírito crítico da história do pensamento humano é atribuída à mudança de hábitos e ao clima da Suécia, local para onde se mudara para dar aulas à exigente rainha Cristina I. A monarca, à época com apenas 23 anos, era metódica e exigia aulas três vezes por semana, das cinco até as onze horas da manhã. O Fundador da Filosofia Moderna tinha hábitos noturnos e costumava dormir ou ficar recolhido até as onze horas da manhã, portanto, não estava acostumado ao regime de trabalho imposto e ao intenso frio do horário naquele país escandinavo, contraiu uma pneumonia, falecendo poucos dias depois.
Como católico em um país protestante foi enterrado em um cemitério para crianças não batizadas em Estocolmo, sendo posteriormente repatriado para a França.
A rainha Cristina também tem uma biografia bastante interessante.Foi eleita Rainha com apenas seis anos de idade, logo após a morte do pai, o rei Gustavo Adolfo II e assumiu o trono efetivamente, aos 18 anos. Era muito inteligente e culta, além de Descartes, convidou vários outros intelectuais estrangeiros para passar temporadas em Estocolmo, gastando uma considerável fortuna por esta espécie de transferência de conhecimento. A rainha tinha hábitos e postura considerados masculinizados, como o modo andar, o uso de palavrões e o modo de vestir e cavalgar, o que suscitou comentários, sobre sua opção sexual.
Cristina I abdicou ao trono, aos 23 anos, em 1654, por se recusar a contrair matrimônio e também por se converter ao catolicismo, na época os monarcas do seu país tinham que ser, obrigatoriamente, protestante. Ela viria a confessar posteriormente, que devia ao filósofo francês seu primeiro pensamento em rejeitar a fé luterana e abraçar o catolicismo. Mudou-se para Roma onde teria o padre Antônio Vieira como confessor, morreu na capital italiana aos 63 anos de idade onde desenvolveu intensa atividade cultural e política.
Fontes: Livro: Cristina - Rainha da Suécia - Verônica Bukley
Guia Ilustrado ZAHAR Filosofia – Stephen Law
Discurso do Método – René Descartes
(Resposta de René Descartes ao embaixador Chanut, a respeito do convite da rainha Cristina para ser seu professor )
O filósofo, advogado, médico, matemático e físico francês René Descartes, considerado o Pai da Filosofia Moderna e autor da, talvez, mais famosa e instigante frase da história da filosofia, “Penso, logo existo”, faleceu aos 54 anos, em 1650, vítima de pneumonia.
A morte do filósofo responsável por um dos mais significativos momentos do racionalismo e do espírito crítico da história do pensamento humano é atribuída à mudança de hábitos e ao clima da Suécia, local para onde se mudara para dar aulas à exigente rainha Cristina I. A monarca, à época com apenas 23 anos, era metódica e exigia aulas três vezes por semana, das cinco até as onze horas da manhã. O Fundador da Filosofia Moderna tinha hábitos noturnos e costumava dormir ou ficar recolhido até as onze horas da manhã, portanto, não estava acostumado ao regime de trabalho imposto e ao intenso frio do horário naquele país escandinavo, contraiu uma pneumonia, falecendo poucos dias depois.
Como católico em um país protestante foi enterrado em um cemitério para crianças não batizadas em Estocolmo, sendo posteriormente repatriado para a França.
A rainha Cristina também tem uma biografia bastante interessante.Foi eleita Rainha com apenas seis anos de idade, logo após a morte do pai, o rei Gustavo Adolfo II e assumiu o trono efetivamente, aos 18 anos. Era muito inteligente e culta, além de Descartes, convidou vários outros intelectuais estrangeiros para passar temporadas em Estocolmo, gastando uma considerável fortuna por esta espécie de transferência de conhecimento. A rainha tinha hábitos e postura considerados masculinizados, como o modo andar, o uso de palavrões e o modo de vestir e cavalgar, o que suscitou comentários, sobre sua opção sexual.
Cristina I abdicou ao trono, aos 23 anos, em 1654, por se recusar a contrair matrimônio e também por se converter ao catolicismo, na época os monarcas do seu país tinham que ser, obrigatoriamente, protestante. Ela viria a confessar posteriormente, que devia ao filósofo francês seu primeiro pensamento em rejeitar a fé luterana e abraçar o catolicismo. Mudou-se para Roma onde teria o padre Antônio Vieira como confessor, morreu na capital italiana aos 63 anos de idade onde desenvolveu intensa atividade cultural e política.
Fontes: Livro: Cristina - Rainha da Suécia - Verônica Bukley
Guia Ilustrado ZAHAR Filosofia – Stephen Law
Discurso do Método – René Descartes
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