domingo, 24 de novembro de 2013

Frase do Dia. John Acton.

"O poder tende a corromper, e e o poder absoluto corrompe absolutamente. Os grandes homens são quase todos maus. Não há pior heresia que a crença de que o ofício santifica quem  o exerce."

(John Emerich Edward Dalberg-Acton)
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domingo, 17 de novembro de 2013

Braguinha por Braguinha. Das Marchinhas às canções infantis.



Curiosidades da MPB. 

Em 1973, Carlos Alberto Ferreira Braga, o nosso conhecido Braguinha, deu um importante depoimento no programa MPB Especial, apresentado pela TV Cultura.  Unanimemente considerado como um dos nomes mais importante da nossa música, o compositor nos deixou um rico registro de parte da sua longa e prolífica carreira musical, iniciada no início dos anos 30.

No vídeo, Braguinha, entre uma e outra interpretação, rende homenagens a vários dos seus muitos parceiros, como: Pixiguinha, Noel Rosa, Alcir pires vermelho, Antonio Almeida e seu grande amigo e maior parceiro, Alberto Ribeiro. Não faltam histórias deliciosas sobre clássicos como "Laura", "Copacabana", "A Saudade Mata a Gente", "Fim de Semana em Paquetá", dentre outras, passando por algumas das suas inúmeras e divertidas marchinha que ficaram para a história: "Pastorinha", "Touradas em Madrid", "Chiquita Bacana", "Vai com Jeito", "Pirata da Perna de Pau", "Yes!Nós temos Banana", 'Linda Lourinha" e "A Mulata é a Tal".

Nosso músico também fala sobre sua grande paixão pelas músicas de historinhas infantis. Pouca gente sabe, e até imagina ser de domínio público, que letras e músicas de clássicos das cançonetas infantis foram compostas por ele. Quem não conhece "Dona Baratinha" (quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha...) e "Chapeuzinho Vermelho" (Pela estrada fora, eu vou bem sozinha. Levar esses doces para a vovozinha...). O cantor confessou que costumava contar as histórias para a pequena Maria Cecília, sua filha e, dependendo da reação da menina, gravava ou alterava a obra. Ainda a respeito de músicas infantis, o músico se intitulava um pioneiro nas gravações desse estilo. Foram, pelos menos, cinquenta disquinho de cantigas infantis gravados pelo nosso grande mestre, fase iniciadas ainda na década de quarenta.

Uma biografia tão rica levaria a Mangueira, em 1984, ano da inauguração do Sambódromo, a homenageá-lo como enredo, em um desfile consagrador que entraria para a história do Carnaval brasileiro. Desfilando no carro principal e ouvindo o samba enredo “Yes, nós temos Braguinha”, o emocionado compositor foi ovacionado pela multidão. Essa seria a sua segunda grande consagração. Bem antes, em 1950, durante a Copa do Mundo de futebol, realizada no Brasil o compositor chorou emocionado ao ouvir o Maracanã lotado cantar “Touradas em Madri”, na
goleada do Brasil por 6 a 1 sobre a Espanha.
Confira o vídeo.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Frase do Dia. Dostoyevsky.


"Uma causa justa não deixa de sê-lo por causa de alguns erros."

(Fyodor Dostoyevsky)
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domingo, 8 de setembro de 2013

Diamante Negro. Vocalistas Tropicais.Uma homenagem a Leônidas da Silva.

A homenagem de David Nasser e Marino Pinto a Leônidas da Silva.

Na última sexta-feira, 06 de setembro de 2013, o Brasil comemorou o centenário de nascimento de Leônidas da Silva, o nosso ”Diamante Negro”. Jogador de impressionante habilidade e que, recorrentemente, é esquecido nas famosas listas de melhores jogadores da história. Há quem diga que seu grande mal foi ser o melhor jogador do mundo na época errada. Grande nome do futebol nas décadas de 1930 e 1940, em plena época de ouro do rádio, não teve os registros da televisão e jogando parte da sua carreira no período da segunda guerra, não pode participar de duas copas: as de 1942 e 1946, canceladas devido ao conflito mundial.

O fato de não ter sido campeão mundial talvez também explique o motivo de Leônidas não ter tido a dimensão que teve Pelé, mas seu sucesso foi tanto que logo após o encerramento da Copa de 1938, onde se destacou como artilheiro e melhor jogador, a Lacta lançou na França, e logo depois no Brasil, o chocolate com o seu famoso apelido. Até hoje o Diamante Negro é um dos mais populares chocolates do nosso país.

Tanto talento não poderia terminar sem samba. Em 1950, o “Vocalistas Tropicais”, conjunto originado no Ceará, que foi sucesso nacional na década de 1940 e 1950, gravou, pela Odeon, o samba “Diamante Negro”. Uma justa homenagem de David Nasser e Marino Pinto ao grande jogador, então em fim de carreira. Ouça a música.


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Frase do Dia. Plínio, o Velho.


"Os poetas têm licença para mentir."

(Gaius Plinius Secundus)
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sábado, 7 de setembro de 2013

A História do Hino da Independência. Uma Letra com duas melodias. Qual a melhor versão?

O Hino da Independência, que muitos pensam ser de autoria única do Imperador D. Pedro I, tem uma série de fatos interessantes na sua história.

A letra do Hino foi escrita pelo livreiro, jornalista, político e poeta Evaristo da Veiga (1799-1837), em 16 de agosto de 1822, portanto, antecede alguns dias ao Grito da Independência. Com o nome inicial de “Hino Constitucional Brasiliense”, os versos foram musicados pela primeira vez pelo maestro lusitano Marcos Portugal (1760-1830), mestre da Capela Real, que veio para o Brasil a convite do príncipe regente, tornando-se seu professor de música. Nosso primeiro Imperador, após a proclamação da Independência, resolveu também colocar uma melodia na obra de Evaristo da Veiga. Nascia ali, o que seria o nosso conhecido Hino da Independência.

Mesmo considerado um músico de renome internacional, com uma vasta obra respeitada em Portugal e no Brasil, Marcos Portugal não iria ser páreo para um imperador e sua versão foi sendo gradualmente esquecida. O mesmo não aconteceu com a melodia de D.Pedro. No rastro do poder do imperador, o Hino ficou bastante popular durante o período do primeiro império. Naquele tempo, embora de forma não oficial, chegou a ser utilizado como Hino Nacional. Dessa forma, muitos atribuíam a composição apenas ao imperador, fato que levou o autor da letra a reivindicar a sua legítima autoria. Os originais da obra se encontram hoje na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Com a queda de D. Pedro, o Hino foi sendo esquecido. Somente em 1922, durante o centenário da independência, voltou a ser executado com mais frequência, mas, dessa vez, com a versão de Marcos Portugal. Coube ao Ministro da Educação e da Saúde, Gustavo Capanema, durante a ditadura Vargas, resgatar a versão do nosso Imperador, ao nomear uma comissão para estabelecer definitivamente os hinos brasileiros de acordo com seus originais. Ganhou a versão de D. Pedro I, considerada, por alguns especialistas, bem mais simples do que a do seu mestre. Uma curiosidade: dessa comissão, fazia parte o famoso maestro Villa-Lobos.

Evaristo Ferreira da Veiga e Barros, o autor da letra, foi um entusiasta defensor da causa da independência, nasceu no Rio de Janeiro, em 1799, onde também faleceu em 1837. Foi destacado jornalista, político, um dos principais líderes do Partido Liberal Moderado e também um dos proprietários do jornal Aurora Fluminense. Eleito deputado, em 1830, por Minas Gerais, curiosamente, participou ativamente do golpe de 7 de abril de 1931, que conduziu o Imperador Pedro I à abdicação. Com a criação da Academia Brasileira de Letras, foi escolhido por Rui Barbosa como patrono da cadeira de número 10.

O primeiro vídeo apresenta um documentário onde é resgatada a versão do Hino composta por Marcos Portugal (foto direita). Compare com a melodia do nosso Imperador, no segundo vídeo,  e decida: Qual a melhor versão?

Versão Marcos Portugal


Versão D. Pedro I



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domingo, 25 de agosto de 2013

Frase do Dia. Alexander Woollcott.


"Todas as coisas de que gosto ou são imorais e ilegais ou engordam."


(Alexander Woollcott)
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domingo, 18 de agosto de 2013

Belos Poemas que Viraram Músicas. Brisa – Manuel Bandeira

Brisa, por definição, é um vento próximo da superfície do mar. Esse vento agradável é muito comum no nordeste brasileiro e que ainda hoje, em pequenas cidades do nordeste, leva famílias para calçadas para desfrutar do agradável momento de frescor noturno, tudo em meio a prosas intermináveis.

Brisa também é um curto e belo poema do pernambucano Manuel Bandeira (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968), publicado em 1948, no livro Belo, Belo:


                                     Brisa
Vamos viver no Nordeste, Anarina
Deixarei aqui meus amigos, meus livros, minhas riquezas, minha vergonha.
Deixarás aqui tua filha, tua avó, teu marido, teu amante.
Aqui faz muito calor.
No Nordeste faz calor também. Mas lá tem brisa:
Vamos viver de brisa, Anarina.

A respeito do poema, o também poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, perguntado o que o assustava no Rio de Janeiro, respondeu, citando a obra de Bandeira como exemplo:

As distâncias, o movimento, o tráfego e o calor. É aquele calor desagradável… O calor aqui no Rio é abafado. O de Pernambuco é um calor ao ar livre. Até há um poema de Manuel Bandeira: “Vamos viver de brisa”. Faz calor no Nordeste, mas lá existe brisa. O calor do Rio é um calor sem brisa”.

As palavras de João Cabral talvez ajudem a entender o pensamento de Bandeira. Entretanto, fazer uma análise de um poema é sempre subjetivo. Vejo na obra do poeta uma busca pelas coisas simples da vida, a renúncia à agitação da cidade grande e ao excesso de responsabilidade. No poema, o poeta propõe uma volta às suas origens, ao torrão natal, uma saudosa homenagem à região onde passou parte da sua infância, tantas vezes relatadas em suas crônicas e poemas.

A genialidade de Bandeira dispensa as rimas, a rigor, inexistente em "Brisa". A aliteração provoca sonoridade nas palavras e se basta para perceber a busca pela vida tranquila, de forma desprendida. A sensação de liberdade extrema sentida com a lufada litorânea no rosto é traduzida com o uso de uma expressão popular no último verso “Vamos viver de brisa”- uma utópica vida ao Deus-dará, aspirada e nunca vivida por tantos.

Quanto ao nome Anarina, não tenho maiores referências, talvez apenas uma licença poética, um nome criado em razão da estética do poema...Há que sugira uma junção de nomes: Ana Carolina? Ana Catarina? O site http://www.significado.origem.nom.br, sem entrar em muitos detalhes, informa que o nome Anarina é de origem hebraica e significa “O Senhor Prometestes".

Pela musicalidade da sua obra, Manuel Bandeira é um dos poetas preferidos dos compositores brasileiros - talvez seja o escritor

com mais poemas musicados no Brasil. Com Brisa não foi diferente. O poema foi musicado pelo compositor Paquito e gravado, em 1996, por Maria Bethânia, no álbum “Âmbar”, produzido Guto Graça Mello. O baiano Paquito, em parceria com Jota Velloso, produziu dois respeitados discos de samba baiano: Diplomacia, de Batatinha que venceu o Prêmio Sharp de melhor disco de samba de 1999, que contou, além de Batatinha, com a participação de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. O Outro disco, Humanenochum, de Riachão foi indicado para o Grammy latino de 2001 também com convidados ilustres como Caetano Veloso, Tom Zé, Armandinho, Carlinhos Brown e Dona Ivone Lara.

Ouça a música.



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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Frase do Dia. James A. Garfield.

"Um quilo de determinação vale mais que uma tonelada de sorte."

(James Abram Garfield)

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sábado, 10 de agosto de 2013

Como foi criada a música “Beijo pela Noite”, de Carlos Lacerda, Jorge Amado e Dorival Caymmi.

Curiosidades da MPB.


Foi em um encontro especial de vários amigos, em uma aprazível fazenda de propriedade de Carlos Lacerda chamada Quindins, em Vassouras, estado do Rio de Janeiro, que seria criada uma canção envolvendo parceiros improváveis. Dorival Caymmi já iniciava sua carreira de grande compositor, já o escritor Jorge Amado e o político e jornalista Carlos Lacerda, entretanto, não tinham histórico musicais. Talvez a beleza do ambiente e o papo agradável do grupo de amigos presentes, entre eles os jornalista Samuel Wainer e Otávio Malta, além de alguns aperitivos a mais, propiciaram, naquela noite enluarada, a criação da música ”Beijos pela noite”, uma comovente seresta, nas palavras de Fernando Lobo “música saída das confraternizações entre amigos, das emoções e das carências de pessoas sensíveis como Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carlos Lacerda”.

A história de memorável encontro foi contada por Caymmi com detalhes no livro ‘Dorival Caymmi – O mar e o tempo’, escrito por Stela Caymmi:

... À noite, na varanda, [...] ocorreu a nós uma brincadeira. [...] Samuel tentou entrar com um verso ali, uma frase, uma coisa qualquer, mas não colou. A censura era entre eles, os letristas. Eu entrei com a melodia logo fácil e dei a partida na letra: ‘aqui o teu corpo nos meus braços’. Aí entrou Jorge ‘nossos passos pela estrada, nossos beijos pela noite, e a lua‘. Quando cantei ‘aqui... ’ estava com Quindins na cabeça, a ideia do lugar e sua beleza. Ocorreu tudo ao mesmo tempo. A gente nunca soube direito de quem partiu cada frase, se foi Malta, Samuel, Jorge ou Lacerda. Mas tem um pedaço que é bem Carlos Lacerda: ‘Nosso amor adolescente poderá recomeçar’. Todos davam palpites, mas os autores da letra mesmo foram Jorge Amado e Carlos Lacerda. O título “Beijos pela noite” foi colocado depois. Jorge era o escriba da letra.”.

Comento: “Beijo na noite” foi a primeira das quatro músicas composta pela dupla Jorge Amado e Dorival Caymmi, as outras foram; ‘Modinha para Teresa Batista’, ‘É Doce Morrer no Mar’ e ‘Cantiga de Cego’. O memorável encontro em Vassouras aconteceu em 1939. Na época, a maioria dos participantes se declarava vermelho (comunistas), mas os colegas da noitada ironicamente já chamavam Lacerda (foto) de “cor de rosa”, antevendo a guinada ideológica para a direita do político carioca, que aconteceria naquele mesmo ano sob o argumento de que o comunismo ‘levaria a uma ditadura, pior do que as outras, porque muito mais organizada, e, portanto, muito mais difícil de derrubar’. Apesar de pensarem em gravar a bela seresta, não se sabe por qual motivo, nunca o fizeram. A primeira gravação de “Beijo pela noite” somente aconteceria 55 anos depois, em 1994, num disco em homenagem aos 80 anos de Dorival, gravado por Danilo Caymmi e Simone Caymmi.


Ouça a bela canção.


Beijo na Noite
Letra:
Aqui, o teu corpo nos meus braços,
Nossos passos pela estrada,
Nossos beijos pela noite.
E a lua pelos campos, minha amada,
Pelos bosques, pelas águas,
Acompanha o nosso amor.
Hoje, já passado tanto tempo,
Pela noite escura e triste,
Pelas frias alamedas,
A chuva apaga a marca dos teus passos,
No caminho abandonado, a saudade é o meu luar.
Aqui, o teu corpo nos meus braços,
Nossos passos pela estrada,
Nossos beijos pela noite.
E a luz pelos campos, minha amada,
Pelos bosques, pelas águas,
Acompanha o nosso amor.
Um dia sentirás a mocidade,
No teu corpo fatigado,
Da saudade dos caminhos,
E então, sobre a lembrança dos meus beijos,
Nosso amor adolescente poderá recomeçar. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Frase do Dia. Joseph Conrad.

"A crença numa fonte supranatural do mal é  desnecessária...Os homens por si mesmos são capazes de toda e qualquer maldade."

(Joseph Conrad)
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domingo, 4 de agosto de 2013

Como foi criada a música “Se é tarde me perdoa”.


Se é tarde me perdoa “ é a segunda música, da série composta pelos parceiros Ronaldo Bôscoli  e Carlinhos Lyra (foto direita) – a primeira foi "Lobo Bobo". Ronaldo já havia escrito o poema e desafiou seu novo parceiro a fazer a música. Lyra nunca tinha composto melodia para letra pré-elaborada, mas aceitou o desafio. Nascia ali um samba-canção romântico que iria cair no gosto de grandes cantores da MPB. O samba, nas palavras do escritor Denilson Monteiro, autor de uma detalhada da biografia de Bôscoli, é uma verdadeira “Ode a Indulgência” de um aflito amante infiel.

Décadas depois, em 1991, durante um show em sua homenagem, um emocionado Ronaldo Bôscoli (foto esquerda), já com sinais do câncer que iria matá-lo em 1994, mas sem perder o seu característico humor sarcástico, declarou:

“A música mais parecida comigo é ‘Se é tarde me perdoa’, que fiz com Carlinhos Lyra, pois eu sempre cheguei mentindo, cheguei partindo, cheguei à toa”. É o meu autorretrato” .

Ouça as versões de João Gilberto, do autor da música Carlos Lyra, de Toquinho e um destaque para um vídeo dos anos sessenta, com uma apresentação de Sylvinha Telles, uma das musas daquele grupo de jovens fundadores do movimento Bossa Nova. Escolha “Qual a melhor Versão?”.

Fonte: Monteiro, Denilson (2011), A bossa do Lobo: Ronaldo Bôscoli, São paulo, Editora Leya.


João Gilberto


Carlinhos Lyra

Toquinho

Sylvia Telles


Letra:
Se é tarde me perdoa
Se é tarde me perdoa
Mas eu não sabia que você sabia
Que a vida é tão boa
Se é tarde, me perdoa
Eu cheguei mentindo
Eu cheguei partindo
Eu cheguei à-toa
Se é tarde, me perdoa
trago desencantos
De amores tantos pela madrugada
Se é tarde me perdoa
Vinha só cansado

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Frase do Dia. Miguel de Cervantes.

"Trata de te conhecer a ti mesmo. A tarefa é mais árdua do que parece"

(Miguel de Cervantes Saavedra) Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 3 de agosto de 2013

Max Gonzaga e a nossa classe média.


Classe Média, sarcástica música do cantor e compositor paulista Max Gonzaga, foi classificada para o Festival “Cultura-A Nova Música do Brasil” e lançada no CD Marginal, primeiro disco do artista. Apesar de ter sido gravada em 2005, parece que foi feita ontem e, pelo visto, muita gente deveria vestir a “carapuça”. 

Max, segundo seu site, é um dos fundadores do clube “Caiubi” de Compositores, um movimento que tem como proposta a valorização da música autoral entre compositores à margem da mídia e do mercado fonográfico. A obra está disponível para ser baixada no site do artista (aqui). 
Confira a cruel, mas realista visão do compositor sobre nossa elite, no vídeo abaixo.



Classe Média
Letra 
Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio "coletivos"
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mas eu "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no "jardins"
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Frase do Dia. Hubert Humphrey.l

"Na democracia , o direito de ser ouvido não inclui automaticamente o direito de ser levado a serio"

(Hubert Horatio Humphrey, Jr.)
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segunda-feira, 29 de julho de 2013

A cantora Renata Fronzi.


Essa, confesso que não sabia. Além de vedete e atriz de sucesso, Renata Fronzi também era cantora. A atriz - que teve seu maior momento na televisão participando, na década de sessenta, como a irmã do “Bronco”, personagem vivido pelo humorista Ronaldo Golias, no engraçadíssimo programa humorístico “A Família Trapo” - chegou a gravar disco, cantando, com competência, músicas de pesos pesados da MPB como: Antônio Maria , Mário Lago e Bororó.

Confira a voz da saudosa atriz, falecida em 2008, aos 82 anos.


Insulto

Se eu morresse amanhã

Saara

Portão Antigo

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domingo, 21 de julho de 2013

Frase do Dia. Sêneca.


"É próprio da multidão ladrar contra os homens eminentes como cachorrinhos ladram contra os estrangeiros"


(Lucius Annaeus Seneca)  
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domingo, 7 de julho de 2013

O pianista Jacques Klein.

Pesquei esse texto do perfil do Facebook do médico Carlos Juaçaba. Trata-se de uma pequena biografia do pianista cearense, natural de Aracati, Jacques Klein. Carlos Juaçaba, por sinal, constantemente nos brinda, em sua pagina do Facebook, com publicações do seu vasto acervo de fotografias antigas, a maioria da nossa querida capital cearense. Tempo de uma Fortaleza ainda descalça, sem a imensidão de arranha-céus que acinzentam nossa ainda bela cidade. Confira, ao final do texto, três vídeos com o desempenho de Jacques Klein.

“JACQUES KLEIN ,Nascido em Aracati, no Ceará,(10 de julho de 1930) foi no Rio de Janeiro que viveu plenamente a sua carreira e a sua vida. Desde muito cedo, manifestou seu gosto pela música, e, até os dezoito anos, dedicou-se ao jazz, uma de suas grandes paixões, inclusive fazendo algumas gravações no gênero.

Foi para os Estados Unidos estudar música clássica, mas logo conheceu o célebre Art Tatum, que ficou muito impressionado ao ouvir Jacques tocar o seu amado jazz em Nova York. Apesar de ter sido convidado para tocar na banda do grande jazzista americano, seguiu sua verdadeira vocação - a música clássica. Seguiu depois para a Áustria, onde foi aluno do célebre professor Bruno Seidhofer, na Academia de Música de Viena, mas foi exatamente em 1953 que o artista começou sua grande carreira ao conquistar o 1º lugar no Concurso Internacional de Genebra, que era na época considerado o mais importante concurso no mundo.

Klein era um músico admirado por todos, e em todos os continentes. Tinha um toque lindo e um som dourado, difícil de se encontrar. Seus concertos eram de sonhos, célebres e iluminados. Uma vez, tocando a Sonata de J.Brahms nº3, a luz da Sala Cecília Meireles apagou e Jacques continuou tocando no escuro para delírio de seus ouvintes. Claro que foi ovacionado quando acabou a obra, já com a luz acesa. Também ficou conhecido pelo seu ciclo das Sonatas de Beethoven, tocando as 32, também na Sala. Foi solista das mais importantes orquestras do mundo, assim como teve o duo com o grande violinista italiano Salvatore Accardo, que, por várias vezes, deslumbrou o Théâtre des Champs Elysées, em Paris. Grande professor de piano, tem como seu mais importante discípulo o pianista Arnaldo Cohen. Na parte burocrática, foi diretor da Sala Cecília Meireles e fez parte da direção da Orquestra Sinfônica Brasileira.faleceu no dia 24 de outubro de 1982,vitima de cancer.”



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sábado, 6 de julho de 2013

Frase do Dia. Lincoln

"O trabalho é anterior ao capital e independente dele. O capital é o fruto do trabalho e não existiria se o trabalho  não tivesse existido antes dele. O trabalho é superior ao capital e merece uma consideração mais elevada.

(Abraham Lincoln) 
 Mensagem ao Congresso, 1861
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Versões "My Way". Glen Campbell.



Mais uma versão do clássico “My Way”. Dessa vez na voz do premiado cantor americano Glen Campbell.

 am
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terça-feira, 2 de julho de 2013

Frase do Dia. Will Durant.

"Sessenta anos atrás, eu sabia tudo. Hoje sei que nada sei. A educação é o descobrimento progressivo da nossa ignorância."

(Will Durant)
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quinta-feira, 27 de junho de 2013

"Povo Novo". A visão de Tom Zé sobre as manifestações.


No rastro das manifestações populares que se espalham por todo o país, o cantor Tom Zé lançou, em parceria com Marcelo Segreto, o seu entendimento sobre o movimento que surpreende políticos, sociólogos e outros analistas por esse Brasil afora. Trata-se música "Povo Novo”, feita bem ao estilo das músicas de protesto, tão comuns na década se sessenta e setenta, durante o regime militar.

O cantor confessou que as estrofes como: “quero gritar na próxima esquina” e “olha, menino, que a direita já se azeita” foram inspiradas em textos da socióloga Marília Moscou sobre as manifestações de rua. 

Ouça a música.

:

"POVO NOVO"
Letra:
"Quero gritar na
Próxima esquina
Olha a menina
O que gritar ah, oh
A minha dor está na rua
Ainda crua
Em ato um tanto beato, mas
Calar a boca, nunca mais! (bis)
O povo novo quer muito mais
Do que desfile pela paz
Mas
Quer muito mais
Quero gritar na
Próxima esquina
Olha a menina
O que gritar ah, oh
Olha menino, que a direita
Já se azeita,
Querendo entrar na receita, mas
De gororoba, nunca mais (bis)
Já me deu azia, me deu gastura
Essa politicaradura
Dura,
Que rapadura!" Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Frase do Dia. Charles Buxton.

"O silêncio é, ás vezes, o mais severo dos criticismos."
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A história da música “Enquanto engomo a calça”, de Ednardo.


A música “Enquanto engomo a calça”, do cantor e compositor cearense Ednardo, em parceria com o piauiense Climério, é mais uma dessas obras que foram inspiradas em fatos banais do cotidiano dos seus autores. Sempre me perguntei de onde o cearense tirara a ideia para contar sua “história bem curtinha, fácil de cantar” e o pior, enquanto engomava as calças – engomar, no nordeste, é passar a roupa a ferro.


Quem nos socorreu foi o próprio artista, em uma entrevista ao jornalista Francisco Pinheiro, no programa Sarau, em homenagem aos quarenta anos de carreira do cantor. O autor de “Pavão Misterioso” contou que na década de setenta, em companhia dos seus amigos, os compositores Dominguinhos e Climério, lançaram-se a um desafio: qual dos três faria mais músicas em um espaço de um mês.

Não sabemos quem foi o vencedor da aposta - Ednardo, talvez por elegância ou por esquecimento, afirma que o resultado foi um improvável empate, mas lembra de que, encerrado o desafio, resolveu convidar os dois amigos para tomar uma “cervejinha” na praia. Antes de sair, sua companheira percebeu que a calça do cantor estava muito amassada e comentou: “Ednardo, tua calça está muito amassada, me deixe engomá-la”.

O cearense declarou que aproveitou mote e convidou Climério para compor uma música comentando: ”Climério, não repare não, mas enquanto ela engoma a calça vamos fazer mais uma música”. Foi instantâneo, correram para o violão e compuseram, em poucos minutos, um dos seus grandes sucessos. Depois foram para seu programa praiano, sem calça amarrotada e com mais uma composição no seu brilhante acervo.

Ouça a música gravada pelo próprio autor em 1979.


Letra:
Arrepare não, mas enquanto engoma a calça eu vou lhe contar
Uma história bem curtinha fácil de cantar

Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer (2x)
Que a vida é que tem razão

Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou não foi passarinho
foi olhar do meu amor me arrepiou todinho e me eletrizou assim
quando olhou meu coração (2x)

(Repete refrão)

Ai, mais como é triste
essa nossa vida de artista
Depois de perder Vilma prá São Paulo
perder Maria Helena Pro Dentista. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Frase do Dia. Carlyle.

"Um grande homem demonstra sua grandeza pelo modo como trata os pequenos."

(Thomas Carlyle)

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

A História da Música “Margarida” de Gutemberg Guarabira.


A música “Margarida”, composta pelo cantor e compositor baiano de Bom Jesus da Lapa Gutemberg Guarabira, foi criada a partir de uma brincadeira entre o autor e o também compositor Sidney Miller. 

Ambos se desafiaram a compor músicas com base em canções folclóricas, a exemplo do que fizera Dorival Caymmi com “Boi da cara Preta”. Sidney compôs “Marre de Cy”, Guarabira teve a felicidade de se lembrar de uma desilusão amorosa que teve quando tinha 16 anos e também do refrão de uma canção de roda francesa chamada "Seche tes Larmes, Marie” (Enxugue suas lágrimas, Maria).

Comento: a música foi consagrada ao obter o primeiro lugar na etapa nacional do II Festival Internacional da Canção, promovido pela Rede Globo, em 1967, suplantando favoritas que iriam entrar para história da MPB como: “Carolina” de Chico Buarque, que obteve o terceiro lugar, e o clássico “Travessia”, de Milton Nascimento, segunda colocada. Na fase internacional do Festival “Margarida” ficou com o terceiro lugar, o que rendeu furiosos protestos da torcida brasileira inconformada com o primeiro lugar da canção italiana “Per uma Dona”. 

O interessante é que Guarabira tentou convencer, sem sucesso, vários cantores para defender a música, dentre eles, Agnaldo Timóteo. Restou a alternativa de “reagrupar” o Grupo Manifesto, composto por amigos músicos dos tempos do bar do Careca, com destaque para Gracinha Leporace, futura esposa de Sérgio Mendes, escolhida a melhor intérprete da fase nacional, defendendo, no mesmo Festival, "Canção de esperar você" , do seu irmão Fernando Leporace. A escolha do  Manifesto veio a calhar - o grupo, já estava ensaiando a música para uma gravação de um disco pela Philips.

Guarabira, em uma entrevista a Júlio de Cesar Barros, teoriza para explicar a vitória da música:


"[...] até pode ser o caráter tranquilo e despojado da música a razão de ter vencido. Outro dia estive comum compositor concorrente no mesmo festival e brinquei que minha música só tinha vencido porque todas as outras eram tristes e a minha era a única aragem fresca da manhã em toda aquela noite de tempestades pela qual o Brasil passava na época. Além disso, hoje sei que o público interpretava em mim uma espécie de símbolo daquilo que os heróis populares geralmente representam. Eu era apenas um menino anônimo, 19 anos à época, chegado do sertão longínquo do rio São Francisco, sobrevivendo na cidade grande às custas de um emprego humilde de office-boy etc. Portanto, aquele apoio todo da população do Rio, milhares de pessoas enfeitadas de margarida fazendo um verdadeiro carnaval no Maracanãzinho e também por toda a cidade, onde a flor virou moda, tinha por trás uma força humana alheia à luta política que se desenrolava. Isso pegou todo mundo de surpresa. Inclusive eu, claro."

Embora vencedora, a música não obteve o sucesso comercial de “Carolina” e “Travessia’. Foi logo esquecida devido à falta de empenho da gravadora que, pega de surpresa com o resultado do Festival preferiu priorizar a divulgação de outros cantores e só lançou o disco do grupo Manifesto quatro meses depois do Festival. O fato provocou um desentendimento entre Guarabira e a gravadora que, posteriormente, levou a rescisão do seu contrato prejudicando, ainda mais, a carreira do cantor em plena fase pós-vitória. O cantor só viria a despontar, tempos depois, com a companhia de Sá e Zé Rodrix. 

Resumo da Opera: Margarida venceu, mas quem logo entrou para a História da MPB foi Milton Nascimento. Consagrou sua “Travessia” como uma das músicas mais admiradas da MPB e, de quebra, foi escolhido o melhor intérprete do Festival.

Ouça "Margarida" com o Grupo Manifesto e, no segundo vídeo, confira a bela regravação do Grupo Roupa Nova. Escolha sua versão.

Fonte
Mello,Zuza Homem de, A era dos festivais: uma parábola, Editora 34.
http://veja.abril.com.br/blog/passarela/entrevista/e-apareceu-o-guarabyra-3.

Grupo manifesto

Roupa Nova

Letra
Andei, terras do meu reino em vão
Por senhora que perdi
E por quem fui descobrir
Não me crer mais rei e aqui me encerrei
Sou cantor e cantarei
Que em procuras de amor morri, ai
Dor que no meu tempo dói
Que destróes assim de mim
Bem sei que eu achei enfim
E que adianto a dor
Mas me queimou
Pois por não saber de amor

Ela ainda rainha está
E ela está em seu castelo, olê, olê, olá
E ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros

Ora peçam que apareça
Pois por mais que eu ofereça
Mais que evita essa senhora
Eu já fui rei, já fui cantor

Vou ser guerreiro, um perfeito cavaleiro
Armadura, escudo, espada
Pra seguir na escalada,
Belo motivo, é por amor que vou lutando
E pelas pedras do castelo
Como eu já vou retirando
E retirando uma pedra, olê, olê,olá
Mais uma pedra não faz falta, olâ, seus cavaleiros
Que ainda correm pelo mundo
Ouçam só por segundo, eu acabo de vencer
Retirei pedras de orgulho, majestades,
Deixei todas de humildades, de amores sem reinado
Ela então se me rendeu
Eu já fui rei, já fui cantor, já fui guerreiro
E agora enfim sou companheiro
Da mulher que apareceu

E apareceu a Margarida, olê, olê, olá
E apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros
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domingo, 14 de abril de 2013

Frase do Dia. Joseph Joubert.

"Quem possui imaginação sem conhecimentos tem asas, mas não pés."

(Joseph Joubert)
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sábado, 13 de abril de 2013

Noel Rosa. “Silêncio de um minuto”. Qual a Melhor Versão?




Em “Silêncio de um minuto”, composta em 1935, Noel Rosa, poeta do morro e da cidade, mostra uma das suas muitas vertentes na música: o lirismo. Na obra, o Poeta da Vila associa um amor desfeito ao luto e não economiza metáforas para “sepultar” uma história de amor até então cheio de glórias. 

A música foi gravada em 1940, por Marília Batista e contou com arranjo de Pixiguinha, em uma gravação pela Victor.   Marília teria recebido da mãe de Noel, quando ele faleceu, em 1937, um caderno com anotações, entre outros materiais. Ali estava, por exemplo, a letra de "Balão Apagado", que ela musicou nos anos 60. Talvez no caderno também estivesse esta versão resumida, de "Silêncio de um minuto". Explico: na verdade, não se sabe por qual motivo a cantora suprimiu algumas estrofes da música, perdendo imagens marcantes da obra, como "a pá do fingimento" e "a cal do esquecimento". A letra completa foi gravada por Aracy de Almeida em 1951 com arranjo de Radamés Gnattali.

Ouça “Silêncio de um minuto” nas vozes de três renomadas cantoras de três gerações distintas. Aracy de Almeida, Maria Bethânia, Roberta Sá. Escolha a melhor versão.   

Aracy de Almeida
Maria Bethânia
Roberta Sá

Letra
Não te vejo nem te escuto,
O meu samba está de luto.
Eu peço o silêncio de um minuto,
Homenagem à história
De um amor cheio de glória
Que me pesa na memória.
Nosso amor cheio de glória,
De prazer e de ilusão
Foi vencido e a vitória
Cabe à tua ingratidão.
Tu cavaste a minha dor
Com a pá do fingimento
E cobriste o nosso amor
Com a cal do esquecimento.

Teu silêncio absoluto
Me obrigou a confessar
Que o meu samba  está de luto,
Meu violão a soluçar
Luto preto é vaidade
Neste funeral de amor.
O meu luto é a saudade
E saudade não tem cor.

Fonte:
Bessa, Virginía de Almeida. A escuta Singular de Pixinguinha – História e música popular no Brasil de 1920 e 1930. São Paulo. Editora Alameda Casa Editorial ,2010.
http://www.brasileirinho.mus.br/arquivomistura/noelrosa.html
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