
A letra do Hino foi escrita pelo livreiro, jornalista,
político e poeta Evaristo da Veiga (1799-1837), em 16 de agosto de 1822,
portanto, antecede alguns dias ao Grito da Independência. Com o nome inicial de
“Hino Constitucional Brasiliense”,
os versos foram musicados pela primeira vez pelo maestro lusitano Marcos
Portugal (1760-1830), mestre da Capela Real, que veio para o Brasil a
convite do príncipe regente, tornando-se seu professor de música. Nosso
primeiro Imperador, após a proclamação da Independência, resolveu também
colocar uma melodia na obra de Evaristo da Veiga. Nascia ali, o que seria o
nosso conhecido Hino da Independência.
Mesmo considerado um músico de renome internacional, com
uma vasta obra respeitada em Portugal e no Brasil, Marcos Portugal não iria ser
páreo para um imperador e sua versão foi sendo gradualmente esquecida. O mesmo
não aconteceu com a melodia de D.Pedro. No rastro do poder do imperador, o Hino
ficou bastante popular durante o período do primeiro império. Naquele tempo, embora
de forma não oficial, chegou a ser utilizado como Hino Nacional. Dessa forma, muitos
atribuíam a composição apenas ao imperador, fato que levou o autor da letra a reivindicar
a sua legítima autoria. Os originais da obra se encontram hoje na seção de
manuscritos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Com a queda de D. Pedro, o Hino foi sendo esquecido. Somente
em 1922, durante o centenário da independência, voltou a ser executado
com mais frequência, mas, dessa vez, com a versão de Marcos Portugal. Coube ao
Ministro da Educação e da Saúde, Gustavo Capanema, durante a ditadura Vargas,
resgatar a versão do nosso Imperador, ao nomear uma comissão para estabelecer
definitivamente os hinos brasileiros de acordo com seus originais. Ganhou a
versão de D. Pedro I, considerada, por alguns especialistas, bem mais simples do
que a do seu mestre. Uma curiosidade: dessa comissão, fazia parte o famoso
maestro Villa-Lobos.

O primeiro vídeo
apresenta um documentário onde é resgatada a versão do Hino composta por Marcos
Portugal (foto direita). Compare com a melodia do nosso Imperador, no segundo vídeo, e decida: Qual a melhor versão?
Versão Marcos
Portugal
Versão D. Pedro I

está me ajudando muito no trabalho de música nota 10
ResponderExcluirExcelente postagem! Obrigado
ResponderExcluirMarcos Portugal que me perdoe mas a sua melodia é muito complicada para ser cantada. Imagina os brasileiros cantando essa melodia totalmente fora do tom...
ResponderExcluirVerdade , eu acho as duas melodias lindas e também usar a de Dom Pedro
Excluirxupxup
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