quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Frase do Dia. Howard Zinn

"Não saberemos a menos que comecemos."


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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Joaquim Calado e a origem do choro.

Curiosidades da Música Popular Brasileira

“Em casa onde gato dorme no forno chorão não vai”.


É praticamente unanimidade entre os historiadores que a criação da verdadeira música popular brasileira foi resultado de uma síntese de ritmos europeus com os africanos originados dos escravos, como: Polca, Tangos, lundus, batuques, dentre outros. O Choro não fugiu deste padrão. O ritmo popular tipicamente carioca deu seus primeiros passos na segunda metade do século XIX, por volta de 1870. 

O ritmo que se caracterizou pela improvisação de vários outros ritmos como valsa, tango e o africano lundu e, preferencialmente, a polca. Desta forma, o estilo, inicialmente, na sua grande maioria, era chamado indistintamente de polca, mas se diferenciavam desta por ser executado com o ritmo alterado, incorporando a síncope dos batuques, portanto é o resultado de uma espécie de salada musical, uma síntese da polca - ritmo e dança importada da Europa muito popular nos salões da alta sociedade brasileira – com o molejo sincopado dos ritmos originado dos negros da África. Com o tempo o ritmo foi ganhando personalidade própria recebendo o título definitivo de “Choro”, bem mais identificado com o samba.

Um dos maiores expoentes deste período de gênese do choro foi o flautista Joaquim Antônio da Silva Calado (1848 a 1880), um músico virtuoso, com formação musical formal, que é considerado o pai dos chorões. 

Calado, um mestiço de apurada técnica musical, foi pioneiro na criação dos primeiros grupos de choro. Por sinal,  um dos primeiros destes grupos, que futuramente seriam chamados de regionais, foi chamado de “Choro Carioca” ou “Choro do Calado”, talvez a primeira menção ao nome que batizaria o estilo. O grupo era formado, geralmente, por um instrumento solista - no caso de Calado, a flauta - dois violões e um cavaquinho, dando uma clara visão da origem popular dos chorões, como eram chamados os músicos, na maioria, oriundos das classes mais simples, geralmente funcionários de baixo escalões do serviço públicos que, apesar de amadores, a exceção daqueles ligados a bandas militares, complementavam suas rendas e se fartavam de alimentos e bebidas tocando em festas domésticas do Rio antigo.

A pesquisadora Edinha Diniz, autora de uma cuidadosa biografia da lendária Chiquinha Gonzaga, intitulada “Chiquinha Gonzaga - Uma História de vida”, teoriza que a popularidade alcançada pelo choro pode ser explicada pela importante função social em animar as, então, numerosas festas domésticas, principalmente nas casas desprovidas de piano, instrumento, à época, considerado símbolo de status social, o que reforça o caráter popular do ritmo. Destaque-se que Chiquinha Gonzaga (foto a direita) era uma das maiores admiradoras e protegidas de Calado, chegando a fazer parte do grupo do grande flautista.

Estas festas - batizados, aniversários, casamento, etc. - apresentavam uma atrativo a mais para os chorões: uma mesa farta de iguarias, onde não faltavam leitões, perus, galinhas, além das bebidas servidas à vontade. Esta verdadeira mordomia proporcionada aos chorões deu mote para um divertido ditado popular difundido no Rio da época: “Em casa onde gato dorme no forno chorão não vai”.

Calado faleceu jovem, aos 31 anos, vítima de uma epidemia de meningo-encefalite, uma das muitas pestes enfrentadas pelo Rio do final do século XIX. Apesar de ser reconhecido como um dos mais populares músicos do Rio, poucas pessoas compareceram ao seu enterro, receosas do risco de contágio da doença.
Ouça o clássico “Flor Amorosa”, a música mais conhecida de Antônio Calado. A letra é  de Catulo da Paixão Cearense.



Fontes:
Diniz, André; Almanaque do Samba – A História do samba, o que ouvir. O que ler. Onde Curtir; Editora Zahar, 3° edição, 2008.
Diniz, Edinha; Chiquinha Gonzaga – Uma história de vida;Editora Zahar;Nova edição revista e atualizada;2009.
Severiano, Jairo; Uma história da música popular brasileira – das origens à modernidade; editora 34, 1° edição, 2008.
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Frase do Dia. Benjamin Franklin.

"Quem é rico? Aquele que está satisfeito com o que tem. Onde está ele? Em parte alguma"


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domingo, 26 de dezembro de 2010

Súplica Cearense. Qual a melhor versão.

A música Súplica Cearense, do baiano Gordurinha, em parceria com Nelinho, foi feita em um período de fortes chuvas no nordeste, mas especificamente, durante a gravação de um programa de televisão, cujo objetivo era arrecadar dinheiro e comida para as famílias atingidas pelas enchentes (ver mais aqui).

A música, considerada um verdadeiro hino do nordestino, teve dezenas de gravações, nos mais inusitados estilos.

Tem versão para todos os gostos. A primeira é a original, cantada pelo próprio Gordurinha. A segunda, por sinal, bastante descaracterizada, quase um reggae, gravada pelo RAPPA, Elba Ramalho também estilizou a sua versão da música, já o grupo Casuarina colocou cavaquinho e, finalizando, a interpretação singela de Ari Lobo.

Escolha a sua.

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sábado, 25 de dezembro de 2010

Existe Papai Noel?

Existe Papai Noel? Certa vez, o jornal The Sun recebeu a seguinte carta: “Caro editor, tenho oito anos. Alguns dos meus amiguinhos dizem que Papai Noel não existe. Mamãe disse-me: se o The Sun diz que ele existe, é que existe mesmo. Por favor, digam-me a verdade: existe papai Noel?
Virgínia O’Hanton”.

Respondeu The Sun: ”Virgínia, teus amiguinhos estão errados. Foram afetados pelo ceticismo da nossa era. Pensam que nada pode existir que não esteja ao alcance da mente humana.

Sim, Virgínia, Papai Noel existe. Existe tão certamente quanto existem o amor, a generosidade e a dedicação. Como o mundo seria horrível se não existisse Papai Noel! Seria tão horrível como se não houvesse Virgínias. Não Haveria fé, nem poesia, nem romance para tornar tolerável a nossa existência... Ninguém vê Papai Noel; mas as coisas reais do mundo são aquelas que nem as crianças nem os adultos podem ver.

Não haver papai Noel! Graças a Deus, ele vive, e viverá para sempre. Daqui a mil anos, Virgínia, ele continuará a fazer alegre o coração da infância”.


(Francis Pharcellus Church)

FELIZ NATAL

Extraído do livro “Os mais belos pensamentos de todos os tempos” de Mansour challita.    

   
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domingo, 19 de dezembro de 2010

1941. A temporada de Dorival Caymmi em Fortaleza.

O baiano Dorival Caymmi, um dos maiores ícones da música brasileira, chegou a fazer um curta-metragem em Fortaleza, a bela capital do ceará. O cenário do filme foi famosa a praia do Mucuripe, uma das referências turísticas do Ceará, naquele tempo, uma aprazível comunidade de pescadores, sem os monstruosos prédios que a transformou em um imenso paredão de tijolos que escondem seus encantos naturais.

Caymmi, em 1941, passou uma temporada de aproximadamente dois meses em Fortaleza para atuar como um autêntico pescador cearense em um documentário. A produção denominada “A jangada” foi patrocinada pelo DIP, o polêmico Departamento de Imprensa e Propaganda do Governo Getúlio Vargas, que estava patrocinando documentários sobre as praias brasileiras. O filme tinha como argumento uma música do baiano chamada “A Jangada Voltou Só”.

Rui Santos era o cinegrafista do filme. O roteiro de Henrique Pongetti, o mesmo do espetáculo Joujoux e balagandãs, falava das tragédias do pescador nordestino, que, em suas jangadas de piúba, se arriscavam a acidentes no mar na busca pela sobrevivência.
A história está amplamente relatada no livro “O mar e o tempo”, escrito por Stela Caymmi, neta do compositor baiano.

Quem também registrou o fato foi o falecido jornalista cearense Branchard Girão, em seu delicioso livro “Mucuripe. De Pinzon ao padre Nilson”. Com base em depoimento de Bethsaida, conhecida com Dona Záida, uma professora, filha de um jangadeiro da comunidade, que contracenou como esposa do pescador no filme. Branchard dedica cinco páginas sobre o assunto, inclusive sua tentativa, infelizmente inútil, em localizar o filme, com a ajuda do pesquisador Nirez. O documentário, de acordo com Girão, ao que parece, foi definitivamente perdido ou destruído – não se sabe... Entretanto, resta um consolo: na biografia de Caymmi, escrito por Stela Caymmi, na página 196, é disponibilizada uma única foto das filmagens do documentário (foto do início deste post). 

Sobre o filme, Dona Záida deu o seguinte depoimento: “Dorival veio em companhia da sua esposa Stela Maria. Corria o ano de 1941 e eu concluíra havia pouco o curso de professora na Escola Normal Justiniano de Serpa. Na época, na força dos meus 19 para vinte anos, resumia o tipo ideal de uma praiana – morena, longos cabelos negros, sem ser ignorante, mas não tão sabida...Caymmi e o diretor do filme estiveram no Mucuripe à procura de uma moça para contracenar com ele no filme ‘ A Jangada Voltou Só’. Surgiram várias candidatas, mas quando eles me viram acharam que era aquilo mesmo que desejavam. Por causa do meu tipo praiano”.

De acordo com a protagonista, o filme tinha pouquíssimos diálogos, focava Caymmi cantando “A Jangada Voltou Só” em um belo cenário natural repleto de dunas e cajueiros da então pouco explorada praia cearense. O filme se iniciava em frente a uma das muitas choupanas de pescador, habitantes, à época, majoritários do bucólico local. Dali o casal de mãos dadas, corria para a jangada deslizando sobre rolos até alcançar o mar.

Záida conta que Caymmi achava que devia ter um beijo na despedida do pescador, idéia contestada de imediato pela nativa: “não, Caymmi, pescador não costuma beijar a mulher na despedida. Isto ficaria fora da realidade”. Embora o argumento fosse verdadeiro, o motivo real da recusa era que Záida estava prestes a se casar e ficaria constrangedor para o noivo ver a cena. Curiosamente, a improvisada atriz nunca teve uma oportunidade de ver o seu filme.

A esperança é que , quem sabe, um dia, a película seja recuperada. 

Ouça a música tema do filme.

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Frase do Dia. Carlos Ruiz Zafón.

“O difícil não é simplesmente ganhar dinheiro, difícil é ganhá-lo fazendo algo que valha a pena dedicar a vida.”

(Carlos Ruiz Zafón)
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A estratégia de marketing do Treze de Campina Grande.


Viviane Araujo apresenta uniforme do Treze de Campina Grande. 
Créditos: Assessoria de imprensa do Treze (http://www.trezefc.com.br)

O meu querido Treze de Campina Grande, time mais popular da Paraíba, infelizmente, não conseguiu a almejada progressão para a série C do campeonato brasileiro. Ao que parece, o clube, agora, após as infrutíferas tentativas de sair da série D, optou pelo marketing como estratégia para captar recursos e contratou a modelo Viviane Araujo para o lançamento dos novos uniformes do time.

Se o objetivo era chamar a atenção... Conseguiu. O evento ganhou amplo destaque nas páginas da grande mídia nacional. O desfile, que apresentou a modelo sambando com uma curtíssima saia, provocou alvoroço entre os presentes. A camisa usada pela madrinha do Salgueiro foi leiloada e arrematada por R$ 1.600,00 e o vídeo do desfile já está com mais de sessenta mil acessos.

O Site do clube já apresenta uma propaganda da  sua loja oficial com promoções para venda dos produtos apresentados.    O material confeccionado pela Champs, patrocinadora oficial do Treze, foi apresentado na noite na noite da última quinta-feira, 16 de dezembro no Salão Fleur de Lys do Grand Chateau Recepções.


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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Frase do Dia. Alexander Soljenitsin.

"Se deixarmos de castigar e censurar os criminosos, estaremos privando as novas gerações das próprias fundações da justiça".

( Alexander Soljenitsin)
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Benito de Paula em três momentos – 1972, 1985 e 2010.

Benito de Paula em três momentos.

No primeiro vídeo, o jovem Benito di Paula, por volta de 1972, em início de uma promissora carreira, cantava um dos seus grandes sucessos “Violão não se empresta a ninguém”. A apresentação foi no Programa do Chacrinha, na extinta e lendária TV Tupi.

Em 1985, também como convidado de Chacrinha, cantando “Amigo do Sol, Amigo da Lua”...

E em Dezembro de 2009, no Programa Ídolos, cantando dois dos seus principais sucessos: “Mulher Brasileira” e ”Charlie Brown”.



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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Frase do dia. Nicolau Maquiavel

"Vale mais fazer e arrepender-se, que não fazer e arrepender-se"

(Nicolau Maquiavel)
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dia Nacional do Forró também é dia de Luiz Gonzaga.

Dia Nacional do Forró.

 Hoje, 13 de dezembro,  se comemora o Dia Nacional do Forró e o nascimento de Luiz Gonzaga - ele nasceu em13 de dezembro de 1912.

A cidade de Recife preparou uma série de comemorações,  dentre elas: o lançamento do livro O Rei e o baião, de Bené Fonteles, recital de Nonato Luiz e Cláudio Almeida e a abertura da Exposição Viva Luiz!, que culminará, no dia 29 de dezembro, com o lançamento oficial das obras do Cais do Sertão Luiz Gonzaga. 

O site do Ministério da Cultura  informa que a exposição se estenderá até 12 de janeiro, de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, na Torre Malakoff, em Recife, sob a organização e curadoria de Bené Fonteles.

O lançamento do livro é o início da mobilização e da comemoração do grande passo que o Ministério da Cultura está dando, de criar um centro de referência em torno de um dos maiores músicos e uma das maiores referências da música popular brasileira, certamente entre os três maiores compositores e cantores do Brasil: Luiz Gonzaga”, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

O vídeo abaixo apresenta uma interessante entrevista  de Luiz Gonzaga,  onde o  Rei do Baião fala da sua infância e conta como surgiu a ideia de utilizar a zabumba e o triângulo nas suas músicas. A entrevista conta com a participação de  Gonzaguinha e Dominguinhos.

Fonte: Comunicação Social/MinC


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domingo, 12 de dezembro de 2010

Frase do dia. Giuseppe Mazzini

"A palavra 'acaso' não tem sentido algum. Foi inventada para encobrir a ignorância humana acerca do que ela não entende. A vida, no seu progressivo desenvolvimento, revela um plano inteligente".

(Giuseppe Mazzini) Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

A História da música Bandolins, de Oswaldo Montenegro.

Curiosidades da Música Popular Brasileira. 

Bandolins, composição de Oswaldo Montenegro, ficou em terceiro lugar, naquele que foi o último festival da extinta TV Tupi, ocorrido em 1979. A vencedora do festival foi a música “Quem me levará sou eu” de Dominguinhos e Manduka, cantada pelo cearense Fagner. 

Comento: Bandolins, no festival  da Tupi  denominado "Festival 79 - É Hora de Cantar'', foi defendida pelo próprio Oswaldo e pelo cantor e amigo Zé Alexandre. 

O autor da música conta que fez a música para a cunhada de Zé Alexandre, na época uma bailarina. A moça tinha um namorado também bailarino, mas o casal teve que se separar devido a um convite do namorado para morar na França. Por ser menor, a família da bailarina não permitiu que ela também fosse. Oswaldo diz que, na música, tentou retratar “esta moça dançando sozinha”.

O compositor, ao terminar a canção, correu, empolgado, para Pedra de Guaratiba, cidade do Rio de Janeiro, para mostrar para seu amigo Zé Alexandre. O resto da história todos já conhecem: Bandolins logo se transformou em um grande sucesso, alavancando, definitivamente, a carreira do então desconhecido cantor e compositor. Oswaldo viria a vencer outro festival, o MPB SHELL, realizado um ano depois, em 1980, pela Rede Globo, com “Agonia”, música do parceiro Mongol.

O primeiro vídeo mostra a apresentação de Osvaldo Montenegro e Zé Alexandre na final do festival da Tupi. O Segundo mostra uma interpretação recente de bandolins.


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sábado, 11 de dezembro de 2010

frase do Dia. Dostoiévski.

"Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente."

( Dostoiévski)
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Roberto Carlos Cover anima a Confraternização da Confraria do Bigode.

Roberto Arruda o melhor Cover de Roberto Carlos

O Largo do Bigode ficou pequeno para a confraternização de fim de ano da Confraria do Bigode, grupo de amigos que se reúne no Bar do Bigode, localizado no bairro da cidade 2000, em Fortaleza-Ce.

A festa, que está no seu segundo ano, foi um sucesso, com direito a revoada de pombos brancos, desfile de Papai Noel pelo entorno da praça da 2000, distribuição de presentes para a garotada, show de Roberto Arruda, o melhor cover de Roberto Carlos e uma canja do respeitado cantador Luizinho de Irauçuba.

                                                            Canja de Luizinho de Irauçuba
                                              
Roberto Arruda, acompanhado da sua Banda Emoções, cantou os grandes sucessos do Rei e, ao fim, distribuiu rosas para o animado público feminino. Aproveitou para lançar seu CD.

A festa, da última quarta-feira, 08 de dezembro, definitivamente, já entrou para o calendário da Cidade 2000. Destaque para os pratos deliciosos fornecidos pelos próprios confreiros. 

Quem esteve lá e registrou o evento foi o jornalista Eliézer Rodrigues, um habitual freqüentador do espaço. Eliezer, editor da  Revista Singular, aproveitou a oportunidade para fazer uma matéria sobre Roberto Arruda e Chico do Boi Nos Ares, o Papai Noel da festa.

A confraria, agora, inicia os preparativos para e o 2° BigodeFolia, prévia carnavalesca de rua para rememorar as tradicionais marchinhas e frevos dos velhos carnavais.



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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Rita Lee e Erasmo Carlos juntos em 2011.


Rita Lee e Erasmo Carlos já acertaram tudo para fazer uma série de shows pelo Brasil em 2011. O nome do espetáculo é “Os reis do rock”. A estréia está prevista para maio.

Nos shows um cantará canções do outro, além de sucessos de outros grandes nomes do Rock, com destaque para Raul Seixas. A notícia foi dada pelo jornalista Ricardo Boechat e está reproduzida no site da cantora.

A Programação é imperdível. Para comemorar, três vídeos da dupla. No primeiro, a roqueira canta “Ovelha Negra”, um grande sucesso da década de setenta. Participação especial de Armandinho, um dos maiores músicos do Brasil.

No segundo vídeo, o Tremendão canta “Mesmo que seja eu”, sucesso do início dos anos 80. A música é uma das centenas feitas em parceria com Roberto Carlos que, por sinal, aparece discretamente no vídeo como figurante.

Por fim, no terceiro vídeo, Rita Lee dá um depoimento sobre Erasmo Carlos e homenageia o roqueiro cantando “Minha Fama de Mau”. Um clássico do Rock de um dos  pioneiros do ritmo no Brasil.


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Frase do Dia. Lincoln Loy McCandless.

"O que há de bom na velhice é que as coisas que não podíamos obter quando jovem não mais nos interessam."


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Histórias do Bar Vilariño.

O Bar  Vilarinõ, localizado no Rio de Janeiro, foi, na década de cinquenta e sessenta, ponto de encontro e testemunha de histórias inesquecíveis envolvendo grandes nomes da cultura brasileira.

Lá, Tom Jobim e Vinicius de Morais, em 1956, conversaram muito sobre o projeto de montagem da peça Orfeu da Conceição, que viria a se transformar em um marco para a música brasileira.

No local, um impaciente Newton Mendonça, o talentoso e injustamente esquecido parceiro de Tom Jobim, foi dar um ultimato ao companheiro de “Desafinado”: terminar um projeto há muito pendente. Tratava-se da  da música “Samba de uma nota só” que os dois vinham compondo há tempos. Na verdade, Jobim não acreditava muito no que ele chamava de “sambinha” e por isso vinha adiando a conclusão da música (veja mais histórias de Newton Mendonça aqui e aqui).

Quem perpetuou a memória de muitos casos acontecidos no bar, alguns hilários outros surpreendentes, foi o falecido jornalista e compositor Fernando Lobo, pai de Edu Lobo.

Um boêmio incorrigível, Fernando Lobo era assíduo freqüentador do bar e registrou suas lembranças do local no livro “À mesa do Vilariño”, uma comovente viagem às suas reminiscências. No livro, escrito no início da década de noventa, Fernando se inspirou em uma velha foto tirada na mesa do bar para construir, nas palavras de Guilherme Figueiredo, “Um vernissage retrospectivo, uma hora da saudade. E uma afirmação de vida”.

Na foto, dentre outros, aparecem Di Cavalcanti, o pintor cearense Antônio Bandeira, Dolores Duran, Elizeth Cardoso e o grande compositor Evaldo Rui. Faltaram, neste dia, outros frequentadores assíduos como: Lúcio Rangel, Ari Barroso, Antônio Maria, Sérgio Porto e Lígia Clark. Eventualmente a mesa acomodava também Paulo Mendes Campos e Manuel Bandeira que certa vez levou Pablo Neruda.

Numa mesa de peso como aquela, só poderia dar em histórias memoráveis. Disso se valeu Fernando Lobo para escrever um livro daqueles que lamentamos quanto termina. Ele conta que, certa vez, Avila, um dos freqüentadores mais assíduos, resolveu assinar na parede um desenho de sua autoria. Posteriormente o pintor Antônio Bandeira deu a idéia de cada um deixar declarações e traços de sua presença.

Com o tempo, a iniciativa ganhou seguidores. De forma improvisada, o pintor cearense deixou seus desenhos, Panceti desenhou, com o batom de uma amiga, uma marinha, e com o batom de Dolores Duran, belos barcos vermelhos, Di Cavalcanti também deixou sua marca, Paulo Mendes escreveu versos, Vinicius idem, até um sisudo Pablo Neruda cedeu ao costume na sua única visita ao bar.

Na Parede, Ary Barroso escreveu acordes de Aquarela do Brasil. A brincadeira cultural ganhou mais adeptos: Dolores Duran, Lígia Clark, Lúcio Rangel, Manuel Bandeira e muitos outros famosos, deixaram seus registros na parede privilegiada. As obras eram realizadas com o que se tinha à mão, como: batons, ketchup e mostarda. Neste ambiente de improviso, até palitos de dente, muitas vezes, foram usados como pincel.

Para desespero dos frequentadores, o proprietário, parece não ter gostado daquele improviso cultural na sua parede e, sem avisar a ninguém, numa véspera de Natal, mandou pintar toda aquela “sujeira”, dando fim ao afresco improvisado que hoje seria um patrimônio de valor inestimável para a cultura brasileira.

O ato desastrado do proprietário do bar parecia ser um prenúncio do fim do animado grupo. Fernando Lobo, que teve uma vida longa, relatou com certa melancolia, mas sem ceder à pieguice, o destino de cada um do grupo. Alguns, a exemplo de Antonio Maria, Antônio Bandeira e Dolores Duran, morreram cedo, outros se afastaram devido às atividades profissionais e as mudanças dos costumes do centro do Rio.

Alguns anos depois do atentado contra o painel dos famosos, o novo proprietário, Antonio Vasquez Alvares, um antigo garçom do estabelecimento, tentou recuperar o afresco escondido nas diversas pinturas, mas foi em vão. Estava perdida para sempre uma preciosidade da cultura. Restaram, entretanto, algumas fotos como a exposta  no  fim deste post. Parte do painel pode ser visto atrás de Vinicius de Moraes. Na mesa, estão: Lúcio Rangel à esquerda do poetinha; à direita, o pequeno Pedro, filho de Vinicius; em pé à direita, o poeta Paulo Mendes Campos; e logo a frente de Mendes Campos, o autor do livro, Fernando Lobo.



fontes:
Câmara, Marcelo; Guimarães, Rogério; e Mello, Jorge. Caminhos Cruzados: a Vida e a Música de Newton Mendonça. Ed. Mauad - 1ª ed. 2001 - 156 pág.
Lobo, Fernando. À mesa do Vilariño, Editora Record, 1991, 204 pág.
Oliveira, Luiz Roberto. O Villarino, Onde tudo começou, http://www.jobim.com.br/habitat/vilarino/vilarino1.html.

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Frase do Dia. George Orwell

"Em tempos de mentira universal, dizer a verdade é um ato revolucionário"

(George Orwell)
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