O Hino Oficial do estado do Rio Grande do Sul se chama oficialmente Hino Rio-Grandense. A letra definitiva foi feita por Francisco Pinto da Fontoura e a música pelo Maestro Joaquim José Mendanha .
A história do hino é marcada por polêmicas e alterações no tempo. O hino chegou a ter três versões: A primeira remonta a revolta da farroupilha, em 1838, quando os revoltosos aprisionaram uma unidade do exército imperial. Dentre os prisioneiros estavam os componentes da banda do II Batalhão de Fuzileiros e seu maestro, José Joaquim de Mendanha, (foto) um mineiro de Itabira do Campo. O músico foi convencido a compor o Hino dos revolucionáios. Já a primeira letra do hino foi escrita pelo capitão farroupilha, Serafim José de Alencastro
A segunda versão da letra foi feita anos depois por um autor desconhecido e cantado como Hino Nacional. Esta versão foi publicada como o Hino da Nação, no Jornal O Povo considerado jornal da República Riograndense, em sua edição de 4 de maio de 1839 .
A terceira e definitiva versão se tornou também a mais popular. Foi composta por Francisco Pinto da Fontoura, conhecido por Chiquinho da Vovó.
O Hino, em mais de 100 anos, teve vários nomes. O definitivo foi oficializado em 1966, durante o governo militar, por meio da lei 5.212 de 5 de janeiro de 1966, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos do estado. Para coroar a trajetória polêmica e controversa do hino foi retirada a segunda estrofe que dizia:
Que entre nós, reviva Atenas para assombro dos tiranos Sejamos gregos na glória e na virtude, romanos
Letra do Hino do Rio Grande do Sul Composição: Francisco Pinto da Fontoura / Joaquim José de Mendanha Como a aurora precursora Do farol da divindade Foi o 20 de Setembro O precursor da liberdade Mostremos valor constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra De modelo a toda Terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra Mas não basta pra ser livre Ser forte, aguerrido e bravo Povo que não tem virtude Acaba por ser escravo Mostremos valor constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra De modelo a toda Terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra
A música “Pois é”, um dos maiores sucessos de Ataulfo Alves, foi inspirada em um fato real envolvendo o grande sambista e uma ardorosa fã desconhecida.
Quem confirma o episódio é o filho do cantor, o também sambista Ataulfo Alves Junior. Ele conta que o pai fazia shows nos cabarés da Lapa e uma morena, daquelas de fechar o sinal, aparecia, diariamente, para assistir as suas apresentações.
O autor de Amélia era incitado pelos amigos, Luis Vieira, Geraldo Pereira e Wilson Batista, a tomar uma posição, já que, segundo eles, a morena estava dando moleza. Ataulfo era casado e, como bom mineiro, se saia pela tangente. Escapava das brincadeiras dos amigos sempre prometendo um contato para o dia seguinte. Quando finalmente decidiu-se a uma conversa com a fã, já era tarde. A morena não mais apareceu... Estava dado o mote para um dos sambas mais populares da MPB.
Veja a história contada por Ataulfo Alves Junior que também interpreta o samba famoso. O segundo vídeo apresenta Ataulfo Alves, o pai, cantando “Pois é”, uma gravação de 1967. Ao fundo aparece um jovem acordeonista que viria a ficar nacionalmente conhecido como Caçulinha.
" A palavra acaso não tem sentido algum. Foi inventada para encobrir a ignorância humana acerca do que ela não entende. A vida, no seu progressivo desenvolvimento, revela um plano inteligente."
A honra de gravar o primeiro disco de rock no Brasil coube a Nora Ney, até então, uma conhecida intérprete de sambas de fossa como “Ninguém me ama” e “De Cigarro em Cigarro”.
A cantora gravou, em 1955, pela gravadora Continental, a música “Rock Around the Clock”, um sucesso do conjunto Bill Harley e seus Cometas. A música foi gravada na letra original, mas o título foi transformado em “Rondas da hora”.
Comento: Em 1955, o rock explodiu nos Estados Unidos com o Sucesso de Bill Harley, logo depois surgiria o maior mito do frenético ritmo: Elvis Presley.
No Brasil, o fenômeno do Rock surgiu no mesmo ano, por meio do filme “The Backboard Jungle”, exibido com o título de “Sementes da Violência”, que apresentava "Rock Around the Clock" na sua abertura. O filme tratava da delinqüência de jovens estudantes americanos e foi um grande sucesso.
Além da sua bela voz grave, Nora Ney foi convocada pela gravadora devido a dois motivos: A versão brasileira da música não foi aprovada e ela era a única que sabia cantar em Inglês.
Fala-se que a cantora não gostou da experiência, fato corroborado pela gravação, em 1962, da música “Cansei do Rock” onde a artista fazia uma crítica a invasão do novo ritmo no Brasil.
Ouça a gravação de “Rock Around the Clock” e “Cansei de Rock” na voz de Nora Ney e, logo depois, o vídeo com a abertura famosa do filme “Sementes da Violência”.
Fonte: Severiano,Jairo, Uma História da Música Popular Brasileira - Das origens à modernidade, Editora 34, 2008, 504 páginas.
Uma notícia alvissareira. O Treze Futebol Clube, de Campina Grande, minha cidade natal, sagrou-se campeão paraibano de 2010.
Um empate era suficiente, mas o Galo da Borborema não dispensou uma convicente vitória por 2 a 0 sobre o Campinense, seu maior rival, neste domingo, no estádio Amigão, em Campina Grande.
Os gols do time alvinegro foram marcados por Vavá, aquele que jogou um bom tempo no Ceará Sporting. A temporada também foi vitoriosa para outro velho conhecido dos cearenses, o técnico do Treze, Marcelo Vilar.
Paulo Coronel, Alberto Cabeção, Artur Tutuca, Lídio Poicon, Saulo... Imagino e invejo a comemoração que meus queridos amigos trezeanos, que há muito deixei naquela bela cidade, devem estar fazendo nesta hora.
Ficha Técnica Treze Wanderson, Ferreira, Thiago Messias, André Lima e Cleidson; Pio (Rone), Fernando, Miltinho e Rone Dias; Vavá e George (Cléo Paraense). Técnico – Marcelo Vilar Campinense Hudson, Aderlan, Márcio Blot, Rayan e Rafinha; Israel Souza, Léo, Ricardo Miranda e Gileno; Almir e Jailton (Jônatas). Técnico - Degmar Silva Árbitro - Rogério Evandro Roman (PR) Assistentes – Roberto Braatz (PR) e Altemir Rosteman (RS) Gols – Vavá (T), aos 21min do 1º tempo e aos 19min do 2º tempo Cartão amarelo – Almir, Gileno, Israel (C), Pio, Fernando (T) Cartão vermelho – Léo (C)
Para comemorar, segue o hino oficioso do Galo da Borborema. Este não é o oficial, mas é o mais popular. Em breve postarei o Hino Oficial.
HINO OFICIOSO DO TREZE FUTEBOL CLUBE (João Martins e Naldo Aguiar) Somos campeões Da Paraíba somos o melhor Somos campeões Treze querido tu és o maior Sua torcida é uma legião E a cada dia sempre cresce mais Somos campeões dos campeões Dos campeonatos paraibanos e regionais Treze, Treze Tu és a alegria do povo Treze, Treze Tu és campeão de novo És alvinegro o Galo da Borborema De tantas glórias e tradições Treze, Treze Sou trezeano de coração
Em 1940, Roberto Martins (foto) compôs uma Batucada com o título “Dei,dei, quem mandou você dar”. Com o objetivo de conseguir uma gravação, Roberto apresentou o samba para Braguinha que não aprovou a letra argumentando que os versos lembravam um sucesso de Ary Barroso “Eu dei, o que foi que você deu meu bem” e sugeriu a alteração na letra para "Cai, cai, quem mandou escorregar".
Surgia ali uma das mais conhecidas músicas de carnaval do Brasil, gravada em diversos países como: Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México e Japão.
Comento: Roberto Martins, ao aceitar a sugestão de Braguinha, viu o seu samba se tornar um dos maiores sucessos da MPB no Brasil e no exterior.
A música foi gravada originalmente por Joel & Gaúcho, com acompanhamento de Fon-Fon & Sua Orquestra, para o Carnaval de 1940. Posteriormente, foi incluída no filme brasileiro "Laranja da China" e no filme "That Night in Rio (Uma Noite no Rio)", de 1941, interpretado por Carmem Miranda e o conjunto Bando da Lua e, em 1944, foi gravada pelo conjunto “As Três Marias”, formado pelas cantoras: Marília Baptista, Salomé Cotelli e Bidú Reis.
Braguinha, de acordo com o compositor do samba, dispensou a parceria na música. A favor de Roberto Martins existe o fato de ter colaborado em várias canções sem exigir a parceria. Esta afirmação é confirmada por Mário Lago que, que por sinal, teve ajuda de Roberto na música Aurora, sem exigir, a exemplo de Braguinha, a devida parceria.
Outro fato curioso a respeito da música envolveu o grande cantor Francisco Alves. O fato foi relatado por Roberto Martins e publicado no livro “Música Popular Brasileira - Histórias da sua Gente”, do historiador da Música Popular Brasileira Renato Vivacqua:
"... Brigamos por causa da música Cai, cai (...) que entreguei ao Joel e Gaúcho para gravarem. Chico que era da mesma gravadora ficou sabendo pelo editor Mangione da existência da música e se interessou em gravá-la. Este me comunicou o fato, mas eu queria a composição gravada pela dupla. Mangione até insinuou que esta poderia ser afastada. Quando Chico me procurou cantei-lhe a música sem nenhuma inspiração, desafinando propositadamente. Ele achou horrível. Depois que estourou, percebeu que tinha sido ludibriado por mim e queria sair no braço, me chamou de moleque: ‘quer ser mais malandro do que eu que sou da Lapa’ ' ".
Fontes:
Vivacqua, Renato, “Música Popular Brasileira - Histórias da sua Gente,Editora Thesaurus, 1ª edição, 1992, 154 páginas Gomes,Bruno Ferreira, Custódio Mesquita: Prazer em conhecê-lo, Editora Funarte,1986,134 páginas
O jingle do Cremogema, uma tradicional marca de mingau, atravessou várias gerações e até hoje é um dos mais conhecidos da história da propaganda brasileira. Na paródia desta propaganda de 1988, por ser a coisa mais gostosa deste mundo, o mingau atrai até o Lobo Mau.
"Crem, cremo, cremo, Cremogema! É a coisa mais gostosa desse mundo. Eu esqueço minha boneca, eu esqueço a minha bola quando tomo quando tomo quando tomo quando tomo Crem, cremo, cremo, Cremogema. Tem um gosto que a gente gosta muito, a mamãe quer sempre o melhor pra gente Crem, cremo, cremo, Cremogema! Bom Demais!"
João Gilberto, o maior mito da bossa nova, nem sempre cantou com o estilo que o tornaria mundialmente famoso. Desde jovem, o cantor era fã de Orlando Silva e, provavelmente, recebeu influências do "Cantor das Multidões", chegando a imitá-lo no começo da carreira.
No seu primeiro disco solo, gravado em 1952, o cantor baiano interpretou dois sambas-canção tradicionais: “Quando ela sai” de Alberto Jesus e Roberto Penteado e “A Meia-luz” de Hianto de Almeida e João Luís. A voz impostada nem de longe se parecia com o estilo intimista adotado posteriormente na fase da bossa nova.
O disco não fez sucesso, mas hoje é um interessante registro desta fase pouca conhecida de João Gilberto, a fase em que a voz ainda não era sussurrante. Ouça as interpretações de João Gilberto bem ao estilo Orlando Silva. O áudio foi baixado do Blog do Loro (Loronix)
O jornalista da TV Globo, Alexandre Garcia, se superou ao tentar criticar a política de governo para saúde. Em um tom aparentemente raivoso, durante seu comentário na rádio CBN, Garcia, sem evidenciar grandes conhecimentos científicos, disparou esta pérola:
“O Ministério da Saúde (MS) está estimulando agora pessoa com HIV a engravidar. Eu duvido que o MS vá fazer uma cesária pela terceira vez numa mulher com HIV e se respingar sangue nele para ver o que vai acontecer. É uma maluquice, estão fazendo brincadeira com a saúde…”.
Não satisfeito, o jornalista criticou também o programa de parto humanizado do Ministério da Saúde.
Comento: Como era de se esperar, protestos contra o preconceito explícito estouraram em todo o país. Muitos acusam o comentarista da Globo de incentivar condutas discriminatórias e levar informações errôneas à população em geral.
O pior é que o jornalista é um formador de opinião, fala diariamente para milhões de pessoas no Bom Dia Brasil, telejornal matinal da Globo... A quem está entregue a nossa grande mídia!
No dia 07 de maio de 1990, o Brasil perdia Elizeth Cardoso. Haroldo Barbosa, certa vez, a chamou de “A Divina”, título que a acompanharia para sempre, devido a sua voz de contralto, uma das mais belas da história da MPB.
Elizeth Moreira Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em Francisco Xavier, perto do morro de Mangueira em 16 de Julho de 1920. Seu pai era seresteiro e a mão gostava de cantar, o que influenciou o surgimento de um símbolo do ecletismo da música brasileira. Cantou desde os chamados sambas-canção tradicionais à bossa nova, passando por músicas de carnaval, choro, sambas de morro e até músicas clássicas.
Gravou mais de 50 discos, onde se destaca o LP Canção do amor demais, lançado em 1958, totalmente composto com músicas da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes e uma participação especial de João Gilberto, então um desconhecido músico de 31 anos de idade, acompanhando o clássico “Chega de Saudade” e “outra Vez”. Ali se registrava pela primeira vez, comercialmente, a famosa batida de violão que iria revolucionar a música brasileira, a batida de um novo estilo de samba cheio de novidades na harmonia: a Bossa Nova.
Os ensaios iniciais para gravação do disco foram realizados na Rua Nascimento e Silva, 107, Ipanema, o endereço do famoso apartamento de Tom Jobim, berço de grandes obras da MPB. Sobre o período, anos depois, um saudoso Vinicius de Moraes, em parceria com Toquinho comporia “Carta ao Tom 74”, onde, dentre outras recordações dos tempos da bossa nova, fazia referências à gravação do disco de Elizeth. Um trecho da música dizia:
“Rua Nascimento Silva, cento e setevocê ensinando prá Elizeth as canções de Canção do amor demais.Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade...”
Outro disco memorável da Divina foi o álbum de 1968, onde ela registra um recital que perpassou 30 anos de música brasileira com obras de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, dentre outros grandes nomes. O Disco foi uma produção do Museu da Imagem e do Som e também contou com a participação do Zimbo Trio, Jacob do Bandolim e o Conjunto Época de Ouro.
Elizeth Cardoso morreu aos 69 anos, vítima de câncer.
“Trata-se de uma das melhores vozes nacionais”(Milton Nascimento sobre Aparecida Silvino)
A cantora, compositora, pianista, regente, arranjadora e preparadora vocal, Aparecida Silvino lançará às 19 horas do próximo dia 9, durante recital na Igreja do Cristo Rei, o CD “Mãe”. O trabalho reúne canções da artista que falam sobre a figura de mãe, que será alvo de homenagens nessa data.
Aparecida, por seu talento, é muita respeitada no meio musical cearense e já abriu show de muita gente boa como: Fagner, Nana Caymmi, Suely Costa, Belchior e Milton Nascimento, este fez questão de ter Aparecida como convidada especial no show “Crooner”, apresentado em Fortaleza.
Em 2003 e 2004 foi agraciada com Prêmio Nelsons da Música Cearense como Melhor Intérprete Cearense e Melhor Intérprete Feminina e em 2006, ganhou o título de Melhor Intérprete no Festival da Meruoca/CE, defendendo a música “Curta a vida”, composta em parceria com José Edu Camargo.
A voz e o talento de Apá, como também é conhecida, já chegaram a locais como a Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, o Feitiço Mineiro, em Brasília, a Sala Sidney Muller, da Funarte-RJ, e a Expo 2000 Hannover, na Alemanha.
O vídeo apresenta uma bela performance de Aparecida Silvino, acompanhada pelo cearense de Lavras da Mangabeira Nonato Luiz, um dos maiores violonistas do Brasil. A música é "Ave Maria", do próprio Nonato, a letra foi feita algum tempo depois por Izaira Silvino, irmã da cantora.
Fonte: Blog do Eliomar Página da cantora na internet: http://clubecaiubi.ning.com/profile/aparecidasilvino http://www.myspace.com/aparecidasilvino
Há exatos cinquenta anos, no dia 02 de maio de 1960, as 10:00 horas da manhã, na câmara de gás do Presídio de San Quentin, Estado da Califórnia – EUA, era executado Caryl Whittier Chessman, desfecho final de um longo processo que, até hoje, suscita discussões, servindo de mote para um grande debate quanto à eficácia do instituto da pena de morte.
Chessman foi protagonista de um dos casos penais de maior repercussão mundial. O americano foi supostamente acusado de ser o famoso Bandido da Luz Vermelha, autor de crimes de estupro e roubo, ocorridos nas colinas de Hollywood que ganharam as páginas dos jornais americanos no final da década de 40.
O condenado sempre admitiu uma vida na marginalidade, mas negou até o fim a materialidade do crime, o que levou um grande debate sobre a legitimidade da pena aplicada. Até o maior de todos os penalistas do Brasil, Nelson Hungria, então Presidente do STF, suplicou pela comutação da pena, argumentando que o acusado teria sido vítima do excesso de rigor de um júri “composto quase exclusivamente de mulheres, tiroidianamente emotivas e aprioristicamente inclinadas à vingança dos imputados assaltos contra moças indefesas”.
No Ceará, ocorreram várias manifestações de solidariedade ao condenado. O escritor Edmilson Caminha, em seu livro “Lutar com Palavras”, conta que a Rádio Dragão do Mar chegou a fazer a campanha “Chessman não deve morrer”, que recebeu assinaturas de milhares de cearenses. O manifesto seria entregue ao presidente Eisenhower, em uma visita ao Ceará que acabou não acontecendo.
Outros fatos relacionados ao caso, também contados por Edmilson Caminha, se tornaram mote para o espírito humorístico dos cearenses: um vereador chegou ao extremo de lançar mensagem-moção - aprovada por unanimidade, diga-se de passagem - oferecendo-se ao governo americano para morrer no lugar do acusado. Jornalistas e intelectuais não perderam a piada e por meio de um abaixo-assinado imploraram ao presidente americano que aceitasse a proposta do vereador.
Outro episódio folclórico, ouvi de um velho jornalista do período: a rádio “Dragão do Mar” teria feito uma enquete sobre o caso Chessman. A pergunta era algo como “Chessman deve morrer?”. A nota cômica ficou por conta da divulgação do resultado: o responsável pela enquete, um radialista famoso da época, apresentou, de forma solene, o que pensavam os cearenses:
“Atenção Rádio Dragão do Mar! Direcione seus transmissores para Califórnia, Estados Unidos...”
Uma equipe formada por quatro universitários cearenses foi classificada para a final do concurso mundial de desenvolvimento de software para celular - Ericsson Applications Awards. A equipe brasileira foi uma das 14 selecionadas para a final do concurso, dentre as 120 inscritas em todo mundo.
O grupo é formado pelos estudantes Bruno Goes de Meira e Rafael de Lima, , alunos de Ciências da Computação, Davyd Melo, aluno de Teleinformática, todos da UFC - Universidade Federal do Ceará e Clayson Sandro, estudante do curso de Computação da UECE - Universidade Estadual do Ceará.
O desafio era desenvolver um protótipo de aplicativo para celular abordando um tema da vida cotidiana e suas ações relacionadas à sociedade, sustentabilidade e diversão.
O tema escolhido pelos cearenses foi o meio ambiente. Os estudantes desenvolveram aplicação chamada EcoMarker, onde os usuários de celular podem marcar pontos de coleta seletiva e informar locais com presença de poluição em mapas de qualquer localidade do mundo.
O objetivo é incentivar a coleta seletiva por meio de atribuição de pontuações por coleta realizada e divulgar informações gerais sobre o meio ambiente, para tanto, é utilizado o recurso de Quiz e integração com redes sociais como o Twitter, além de visualizações no Google Earth.
O time cearense foi o único da América Latina a se classificar para a final do concurso. Na lista dos finalistas estão três equipes da Suécia e duas da China. A Sérvia, EUA, Espanha, Romênia, Estônia, Itália, Irlanda, Alemanha classificaram uma equipe cada.
O resultado final será divulgado no próximo dia 26 de maio de 2010 e distribuirá um total de 45 mil Euros para os três primeiros colocados.
Atualização:
A equipe cearense, única classificada no Brasil, ficou com um honroso oitavo lugar. Cada componente foi premiado com um celular de última geração da Ericson. Parabéns, moçada.