domingo, 29 de julho de 2012

Frase do Dia. John Kennet Galbraith

"Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta"

(John Galbraith)
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Como foi criada a música Serra da Boa Esperança.


Curiosidades de Música Popular Brasileira.


Serra da Boa Esperança”, clássico de Lamartine Babo gravado pela primeira vez em 1937, por Francisco Alves, tem uma hilária história na sua criação. Existem variações de versões para a gênese da música, entretanto, todas remetem a uma série de correspondências trocadas pelo compositor e um dentista-músico conhecido por Carlos Alves Netto que resolveu utilizar um nome de um mulher para conseguir fotografias autografadas. Uma dessas versões foi dada pelo principal protagonista do fato, o próprio Carlos Alves, ao Jornal o Globo, em 1980.

Ele contou que, em 1935, morava na cidade de Boa Esperança, em Minas gerais, onde fica localizada a serra homônima. Apaixonado por música, e também por ser músico, colecionava fotografias autografadas de artistas famosos da época. Como desejava incluir Lamartine Babo na sua coleção, solicitou uma fotografia ao compositor por meio de um carta utilizando seu próprio nome. Não obteve sucesso. Resolveu, então, colocar como remetente o nome de sua sobrinha Nair Pimenta de Oliveira, à época com apenas 10 anos. As correspondências, segundo o dentista, ganharam desenvoltura e passaram  a fluir “em versos, prosas, em sonetos bem compostos e paixão nas entrelinhas”. Entretanto, mesmo com várias cartas trocadas, “Nair” só conseguiu algumas fotografias 3x4. Resignado, o dentista resolveu acabar a farsa. Escreveu nova correspondência, ainda com o nome falso. informando que iria se casar e mudar-se para São Paulo. Encerrando definitivamente as correspondências da falsa “Nair”.

Um ano depois, em 1936, desta vez utilizando o próprio nome, Carlos voltou a escrever para Lalá convidando-o para o baile de estreia da orquestra que o dentista-músico ajudara a criar e se tornara maestro. Era a oportunidade que Lamartine queria para conhecer “Nair”... Não demorou muito, no dia 24 de julho do mesmo ano, o compositor chegou à cidade e se hospedou no hotel do pai de Carlos, onde também morava toda a família do anfitrião. Lalá sabia que o local era o endereço de correspondência da “admiradora”, mas, estranhamente, a única Nair que via era uma criança. O artifício do dentista só foi descoberto após uma inconfidência de uma das moradoras que resolveu colocar a história em pratos limpos. Apesar de inicialmente constrangido, a decepção de Lalá não durou muito tempo. A agradável e solidária companhia de um grupo de 20 jovens, rapazes e moças, que o compositor chamaria depois de “Minhas 20 saudades Dorenses” - a cidade à época se chamava Dores de Boa Esperança - amainaram seu desencanto.

Nós os poetas erramos / Porque rimamos também / Os nossos olhos nos olhos / De alguém que não vem”

Foram doze dias de estadia na pequena cidade que ficariam inesquecíveis para o compositor e aguçaram sua conhecida capacidade criativa. No dia 3 de agosto, olhando para a serra que originou o nome da cidade, batendo em uma caixa de fósforo, começou a solfejar e a escrever os primeiros versos de “Serra da Boa Esperança”, que logo foram transferidos para partitura pelo agora amigo Carlos Netto. Conta dona Carmem Cunha, uma das “vinte dorenses”, que em um piquenique de despedida, Lamartine cantou a música, acompanhado dos amigos, várias vezes e que todos já sabiam a letra de cor.

Comento: Lamartine voltaria à cidade mais uma vez, no carnaval de 1937, nesse período compôs a segunda parte de outro grande sucesso, a música “Vaca Amarela”, cuja primeira parte já havia sido feita justamente por Carlos Netto. A música foi gravada por Araci de Almeida.Lamartine só se casaria, anos depois,em 1951, aos 47 anos, com Maria José Barroso.


Ouça cinco versões de “Serra da Boa Esperança”, interpretada por grandes nomes da música brasileira. Escolha a sua preferida.

Francisco Alves

Gal Costa

Cascatinha e Ianhana

Sílvio Caldas

Altemar Dutra
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terça-feira, 24 de julho de 2012

Frase do Dia. William Shenstone


"Um avaro torna-se rico, fingindo ser pobre; um esbanjador torna-se pobre, fingindo ser rico."


(William Shenstone)
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domingo, 15 de julho de 2012

A música mais importante de Erasmo Carlos.

Curiosidades da MPB.

Sentado à Beira do Caminho”, música lançada por Erasmo Carlos em 1969, é considerada um marco na vida do compositor. O cantor chegou a declarar no programa Sarau, apresentado pelo jornalista Chico Pinheiro, tratar-se da música mais importante da sua vida.

A canção, para Erasmo, veio no momento certo, em um período de indefinição da sua carreira profissional, que começava a passar por dificuldades devido ao fim do sucesso do movimento da “Jovem Guarda”.Para Nelson Mota, em seu livro “Noites Tropicais”, o que “Quero que vá tudo pro inferno” simbolizou para o início da jovem guarda, “Sentado à beira do caminho” representou para o ocaso dos belos momentos do movimento também chamado de iê-iê-iê, uma febre entre os jovens em meados da década de 1960.

O tema da balada foi uma ideia de Roberto Carlos, parceiro na música, que percebendo o desgaste da fórmula juvenil da jovem guarda, já havia abandonado o programa homônimo em que se apresentava, partindo para uma fase mais madura, rumo ao título de maior ídolo da música brasileira. Erasmo Carlos e Wanderléia permaneceriam por pouco tempo no comando do programa que, àquela altura, era mais um entre tantos outros e se arrastava em um verdadeiro clima de melancolia.

Para alegria do "Tremendão", o sucesso da música foi imediato e mereceu destaque em um capítulo completo da novela “Beto Rockfeller”, um grande sucesso da TV TUPI, onde o ator Luís Gustavo, o protagonista principal, andava pelas ruas ao som do hit, naquilo que Nelson Mota Chamaria capítulo-clip, marcando uma reviravolta na carreira do cantor.

O sucesso inquestionável da música esta refletido nas dezenas de regravações,nos mais diferentes estilos, com direito a versões em espanhol e italiano. Selecionei quatro roupagens da canção mais importante de Erasmo Carlos. A primeira na voz de Zizi Possi, a segunda interpretada pelo grupo de rock “IRA”, a terceira é a gravação de Erasmo Carlos. Não deixe de conferir “L’Appuntamento", a versão italiana gravada pelo tenor Andrea Bocceli. A escolha é sua.

Zizi Possi

IRA

Erasmo Carlos


Andrea Bocelli
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