“Tristeza, por favor, vá
embora,
Minha alma que chora...”
Em qualquer livro de
história da Música Popular Brasileira, o nome de Jair Rodrigues está e sempre
estará presente com destaque, justo reconhecimento à brilhante trajetória de um dos artistas mais
queridos do Brasil.
Ficará na memória dos
amantes da música as cenas do seu memorável programa na TV Record “O Fino da
Bossa” em que dividia palco com Elis Regina, em meados dos anos 1960. Ficará
também nos anais da MPB a sua apoteótica vitória no II Festival de Música
Popular Brasileira, em 1966, defendendo a música “Disparada”, de Geraldo Vandré
e Théo de Barros, que ele dizia ser a música da sua vida. E o que dizer da sua
inovação, cantando e gesticulando com as mãos o samba “Deixa isso pra lá” que alguns arriscam em considerar o
primeiro Rap gravado no mundo. Naquele tempo eu era garoto
de calças curtas, pouco mais de seis anos de idade, mas ficou marcado na minha
memória os seus divertidos trejeitos, interpretando aquela, então para mim, estranha
música, que logo viraria febre no Brasil.
Realmente, tristeza, para Jair Rodrigues, só na letra de um
outro grande sucesso da sua carreira - o samba “Tristeza”. Com a sua morte, ocorrida ontem (08/05/2014), a música
brasileira fica mais pobre e também mais triste. Vamos sentir,
com certeza, saudade do seu eterno bom humor e suas gaiatices, marca registrada
do menino alegre de 75 anos que hoje nos deixa.
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