Trata-se de Sebastião Bernardes de Souza Prata, o “Grande Otelo”, o responsável pela ideia da criação da música “Praça Onze”, no início dos anos 40. O samba é um lamento pela destruição da famosa praça para abertura da Avenida Presidente Vargas.
De acordo com relato do próprio Otelo, ele havia escrito os primeiros versos da música e pediu a vários compositores famosos para elaborarem a melodia: Wilson Batista, Ataulfo Alves, Kid Pepe e vários outros, não se interessaram pela parceria. Herivelto Martins também não gostou dos versos do protagonista de Macunaíma, não era para menos, Grande Otelo imaginou a música da seguinte forma:
"Meu povo, este ano a escola não sai.
Vou lhes dar explicações: não temos mais a Praça Onze para as nossas evoluções.
Ali, onde a cabrocha mostrava o seu requebrado,
um grande homem no bronze será por todos lembrado"
Após muita insistência, Herivelto resolveu refazer a letra da música, abrindo mão da versão do pequeno grande ator, mantendo, no entanto, a parceria na autoria da música.
Outra curiosidade da música: parte dela foi criada na travessia de lancha da Baia da Guanabara, trajeto obrigatório para as apresentações do Cassino da Urca e de Icaraí, em Niterói, onde Otelo, Herivelto e Dalva de Oliveira se apresentavam.
O Samba foi gravado pelo trio de Ouro, composto por Herivelto Martins, Dalva de Oliveira e Nilo Chagas, em 1941.
No primeiro vídeo uma apresentação de Praça Onze, no segundo um depoimento de Grande Otelo sobre a amiga Dalva de Oliveira.
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