Ainda criança, virei um fã do estilo do clarinetista e saxofonista Paulo Moura, um dos maiores músicos do país. Sua interpretação era diferente, me chamava à atenção pela vitalidade. Um estilo de interpretação marcado pela qualidade e refinamento de um som tão transparente quanto seu belo clarinete, fato que o levou a ser um dos mais requisitados e respeitados artistas do país.
Lamentavelmente, o grande instrumentista nos deixou ontem, 12 de julho de 2010, aos 77 anos, vítima de câncer. O Ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, também um admirador do músico, traduziu, em nota oficial, o sentimento de pesar de todos os admiradores da música de qualidade.
"Sinto profundamente a morte de Paulo Moura.
Era um instrumentista e solista primoroso, além de compositor, arranjador e regente, conhecido e admirado no mundo todo. E ainda repartia toda essa sua criatividade com uma constelação de nomes de igual naipe, como Elis Regina, Milton Nascimento, Ella Fitzgerald, Nat King Cole e tantos outros.
A perda de Paulo é tanto mais pungente porque ele era uma figura humana singular. Por tudo isso, foi com admiração que em 2008 chancelei seu nome para a Ordem do Mérito, a mais alta condecoração no campo cultural.
Por isso, envio aos familiares, amigos, músicos e a todos os amantes da música refinada um abraço de conforto.
Juca Ferreira
Ministro de Estado da Cultura"
Os vídeos apresentam uma pequena amostra do quanto o solista era respeitado pelos artistas do Brasil.
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