Ary Barroso era o que se podia chamar de artista eclético. Além de compositor era pianista, locutor esportivo, redator de crônicas, humorista, apresentador de programa de rádio e televisão... Até vereador, pelo Rio de Janeiro, o nosso brilhante mineiro de Ubá chegou a ser.
Uma dessas muitas atividades do compositor era a de apresentador de programas de calouros, uma formula que teve como precursor, em 1933, o locutor paulista Celso Guimarães, na Rádio Cruzeiro do Sul. O termo calouro, por sinal, foi sugerido a Guimarães, pelo humorista Capitão Furtado e, segundo o pesquisador André Diniz, teve origem nos trotes que os veteranos do grêmio XI, da Faculdade de Direito de São Paulo aplicavam aos novatos.
Foi de Ary, a idéia de introduzir, no programa, o gongo, um terrível e barulhento anunciador da desclassificação do infeliz concorrente. A fórmula, embora humilhante, foi um sucesso e passou, na década de sessenta, para a televisão onde, pela "criatividade" de outros apresentadores, ganhou uma série de variações – sinos, cornetas, buzinas, sirenes e até duchas de água.
Desnecessário dizer que o programa era marcado por situações hilárias, fruto do próprio temperamento do apresentador e sucessivas mancadas dos aspirantes ao estrelato. Certa vez, o autor de “Na baixa do Sapateiro” travou um interessante e rápido diálogo com um candidato a cantor:
Ary Barroso: Vai cantar o quê, meu filho?
Calouro: Um sambinha de autor desconhecido: “Aquarela do Brasil”.
Ouça “Aquarela do Brasil”, a música de Ary Barroso que se transformou em verdadeiro símbolo do Brasil no mundo, numa interpretação de Caetano Veloso, no início dos anos setenta.
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Olá,
ResponderExcluirAchei esse post enquanto procurava assuntos sobre Ary Barroso. Muito bacana!
Abraços,
Lu Oliveira
www.luoliveiraoficial.com.br