quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Satélites e Submarinos Colidindo - Deu a Louca no Mundo.

As leis da probabilidade estão sendo cada vez mais desmoralizadas, vítimas da incompetência e irresponsabilidade das pessoas. Recentemente, fomos surpreendidos por uma notícia no mínimo invulgar: dois satélites, um russo e um americano, colidiram em pleno espaço. Seria cômico se não fosse trágico, como consequências deste choque, cerca de 600 fragmentos poderiam cair sobre nossas cabeças. A irresponsabilidade: atualmente existem cerca de 20 mil objetos vagando no espaço.

Não havia me recuperado da surpresa e recebo a notícia de outra colisão insólita: dois submarinos nucleares, da França e Inglaterra, se chocaram nas águas do Oceano Atlântico.

Só faltava essa! As trapalhadas, antes restritas à terra, agora marcam presença no ar e na água. Fico imaginando se o fato ocorresse no Brasil, o festival de bobagem que iria surgir: Lula diria o tradicional “nunca antes na história deste país um submarino bateu em outro”, a revista Veja, provavelmente, colocaria a culpa no presidente que não realizou a reforma do sistema de tráfego nos oceanos nem investiu em sonares, preferindo gastar o dinheiro com o assistencialismo da bolsa família. Por outro lado, os jornalistas de programas policiais iriam colocar a culpa nos pilotos dos submarinos que não respeitam os limites de velocidade nos mares e ainda questionariam se os pilotos teriam feito o teste do bafômetro durante a perícia, afinal, para tanta barbeiragem provavelmente estariam bêbados. O congresso, por sua vez, abriria uma CPI que ao final de seis meses de investigação e exposição na mídia, concluiria que houve realmente uma colisão, mas não foi possível identificar quem avançou a preferencial. Alguns jornais arriscariam falar das péssimas condições de tráfego nos mares e estampariam manchetes do tipo: "Colisão de submarinos: por que isso ocorre no Brasil". O Jornal Nacional convidaria um almirante aposentado especialista em batidas de submarinos para explicar, fundamentado em gráficos, as circunstâncias do acidente. Os sindicatos reivindicariam concurso público para pilotos de submarinos, alegando a alta jornada dos pilotos atuais. Já a Miriam Leitão, com cara de que o mundo vai acabar amanhã, bradaria que a colisão não foi uma simples marolinha e que outras poderão acontecer no rastro da crise econômica. Finalmente, os economistas, proféticos como sempre, iriam projetar cenários de novas colisões em um futuro próximo com sérias consequências para a economia do país, nos deixando mais tranquilos, afinal, eles dificilmente acertam. Por fim, apareceria um deputado com um castelo e a coisa seria definitivamente esquecida.

Como tudo aconteceu na Europa, o ministério francês apenas declarou que os dois submarinos, em missões de patrulha rotineira, "entraram em contato brevemente e a muito baixa velocidade quando estavam submergidos", acrescentando "Não houve nenhum ferido. Nem suas missões de dissuasão nem a segurança nuclear ficaram afetadas. "

Como a coisa também não vai dar em nada por lá, ainda prefiro o modelo espalhafatoso do brasileiro, é mais divertido.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

2 comentários:

  1. Ô comédia. Depois que a mirian Porcão disse que o japonês bêbado no congresso era a cara da crise, tenho certeza que todas essas hipóteses realmente aconteceriam...

    ResponderExcluir
  2. grade zem,

    na certa, esses marujos entediados na vastidão dos oceanos, estavam era tomando umas e assistindo filmes pornôs na hora da barroada, né não?

    abçs

    ResponderExcluir