sábado, 19 de junho de 2010

SOS Caatinga.

Foto obtida no site do Ministério do Meio Ambiente

É preocupante a constatação de ambientalistas e membros dos órgãos ambientais do Brasil: A Caatinga, vegetação característica do semi-árido, verdadeiro símbolo do Nordeste brasileiro, está em risco de desaparecer.

O único bioma exclusivamente brasileiro, já teve quase 50% da sua área desmatada. O vilão, como sempre, é o homem e suas práticas econômicas inadequadas. Desmatamento para ampliação de pastagem, agricultura e corte de madeira para lenha e carvão, estão entre as principais causas da desertificação da vegetação característica do Nordeste brasileiro.

Dentre os estados atingidos, a Bahia e logo em seguida o Ceará, ocupam o topo do ranking da devastação. Os dados, divulgados no mapeamento do bioma, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, dão a dimensão dos danos decorrentes dessas ações antrópica e podem ser vistos aqui.

O termo caatinga é originário do tupi-guarani que significa “mata branca”. O único sistema ambiental exclusivamente brasileiro corresponde a 10% do território brasileiro, o que significa um extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, espalhados pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. Chama-se desertificação a perda da capacidade de produção da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas.

O passo a passo da desertificação, publicado na Folha Educativa Irauçuba, apresenta de forma didática a gênese do desmatamento:


1) Elimina-se a cobertura vegetal da terra, seja por desmatamento ou excesso de pastoreio.

2) Sem cobertura vegetal, perde-se a reposição de matérias orgânicas que alimentam e dão fertilidade ao solo. A terra fica nua e exposta ao sol calcinante.


3) Havendo superpastoreio, acontece a compactação do solo.

4) As propriedades físicas do solo são afetadas. A terra fica dura, a água das chuvas não infiltra mais e passa a correr pela superfície.

5) A água – quem diria! – se transforma em inimiga da terra. Ao escoar pelos declives ela carrega a camada superficial do solo, a mais rica. Em lugares com declives fortes o processo é mais rápido.

6) As ventanias agregam sua quota de erosão, carregando a terra solta.

7) A vida vai embora. Recuperar áreas que chegaram a esse estágio de degradação é Muito difícil, se não impossível. A terra pode morrer!
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