No final da década de oitenta, Luiz Gonzaga, o nosso eterno Rei do Baião, costumava ser hospitalizado sentindo dores, consequência de um Câncer de Próstata, que iria tirar-lhe a vida em dois de agosto de 1989. Nem nesse momento infeliz, Lua se esquecia de suas origens e sua maior paixão: a música. Ao invés de gemer devido às fortes dores que sentia, preferia cantar suas canções e, pouco tempo antes da morte que se anunciava, costumava aboiar em plena CTI. Consciente de que não era uma reação comum em um ambiente hospitalar o cantor pedia humildemente desculpas aos companheiros de quarto e justificava: “Vocês não me levem a mal. Sinto fortes dores e gosto de aboiar quando deveria gemer”.
Quem foi uma das várias testemunhas do fato foi a enfermeira chefe da UTI, Maria do Socorro Limeira Ramos. O relato está registrado no livro “Luiz Gonzaga – O Matuto que Conquistou o Mundo” do jornalista Gildson Oliveira, que arremata: “Os pacientes não se incomodavam, pelo contrário, gostavam de ouvir os lamentos e até agradeciam pela satisfação que estavam sentindo”.
Ouça Luiz Gonzaga cantando a música “Aboio apaixonado” de sua autoria e depois um vídeo onde o maior nome da história da música nordestina conta fatos da sua vida. Participaram da entrevista o ator Walmor Chagas, o jornalista e crítico musical Sérgio Cabral e o poeta Geraldo Carneiro.
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