quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nato Lima, a morte do último índio Tabajara.

Com a morte do violonista Natalício "Nato" Lima, ocorrida no dia 16/11/09, acaba a história em vida de um dos grandes duos da música mundial.

O músico e o irmão Antenor, formaram a dupla Mussapere e Herundi, mais conhecida como "Los Índios Tabajaras". Chegaram a gravar mais de 70 álbuns, vendendo milhões de discos no mundo.

Nada mau para dois autênticos índios de Tianguá, pequena cidade localizada na Serra da Ibiapaba, no interior do Ceará, que, ainda em estado de aculturação, percorreram, a pé, o trajeto entre o Ceará e o Rio de Janeiros, período em que foram aprendendo os primeiros acordes. Não satisfeitos, cruzaram quase toda a América Latina e após uma impressionante evolução musical, alcançaram o sucesso definitivo nos EUA, com músicas como: Maria Elena, Amapola e Always in My Heart.

A dupla se apresentou em vários países do mundo, é reverenciada por músicos do porte de Carlos Santana, que se confessou um seguidor do estilo de Natalício. O duo se apresentava, com rara maestria, tanto em concertos eruditos quanto em apresentações populares.

A história desses dois é, realmente, digna de um roteiro de cinema... E por falar em roteiro de filme, ainda não entendi por que até o momento, ninguém teve a idéia de lançar um projeto cinematográfico sobre a impressionante história destes dois grandes músicos. Fica o desafio.



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2 comentários:

  1. caso josé ricardo, sou sobinho de nato lima e neto de seu irmão, assis lima, o mais velho dos tabajaras e atualemtne com 93 anos de idade.

    fico feliz com a homenagem e com a importância que pessos cmo você dão ao tio naot..

    abraços. Pablo Lima
    www.umacapitalentrerioemanaus.blogspot.com.br)

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  2. Em novembro próximo, completa-se dois anos da morte de nato Lima em Nova York, Certamente, passará em brancas nuvens aqui no Brasil, como aliás, foi durante toda a sua vida. Absolutamente incógnito na sua terra. Como diz o samba "...isto é Brasil, isto é Brasil, isto é Brasil".
    Já o Chimbinha, que dedilha sua guitarra enquanto expõe o corpo e a voz esganiçada da mulher, vai muito bem na mídia, obrigado.

    claudeide_oliveira@hotmail.com

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