Jovem negro tem quase 3 vezes mais risco de ser morto do que jovem branco.

Os sinais da discriminação racial e econômica no Brasil: o risco de um jovem negro ser assassinado é 2,6 vezes maior do que entre adolescentes brancos.

O estudo, realizado em 267 cidades brasileiras, foi divulgado, hoje, pelo Observatório de Favelas, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, os jornais de hoje informam que o DEM entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a instituição de cotas na Universidade de Brasília (UnB). A arguição é de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), com pedido de suspensão liminar, pede, portanto, que seja declarada a inconstitucionalidade dos atos que resultaram na instituição de cotas raciais na universidade.

Os Democratas apontam que teriam sido violados preceitos fundamentais, em função de determinações específica impostas pela UnB. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de cotas de 20% do total das vagas oferecidas pela universidade a candidatos negros (dentre pretos e pardos).

“A ofensa aos estudantes preteridos porque não pertencem à raça ‘certa’ é manifesta e demanda resposta urgente do Judiciário”, exagera nos argumentos, os Democratas.

Paradoxalmente, a ação cita um trecho do famoso discurso de Martin Luther King “Eu tenho um sonho”, a seu favor, dando a entender que o líder da luta pela igualdade racial, supostamente, era contra as cotas raciais. Este argumento é bastante polêmico e não é unânime sendo alvo de exaustivas discussões.

Em tempo: o pastor Martin Luther king freqüentou umas das melhores faculdades da comunidade negra do país, a Morehouse College, se formando em Sociologia e, além do discurso histórico, declarou:

"Uma sociedade que fez coisas especiais contra o negro durante centenas de anos agora precisa fazer alguma coisa especial por ele, equipando-o para competir numa base justa e igual".