quinta-feira, 23 de julho de 2009

Boa notícia para os fumantes - Nanotubos de carbono podem remover nicotina e alcatrão dos cigarros.

Fui fumante por 30 anos, deixei o vício há cinco e confesso: ainda sinto saudades do velho e nocivo companheiro. Até deixar definitivamente o hábito, utilizei vários recursos, desde a tradicional promessa de parar no primeiro dia do ano, até o uso dos caríssimos adesivos à base de nicotina. Confesso que passei por situações ridículas, como sair de madrugada para comprar cigarro, catar pontas de cigarros ou procurar, arrependido, a carteira de cigarro quase cheia que, por ímpeto, havia jogado fora.

Sei, portanto, a dificuldade que é parar de fumar. Para aqueles fumantes que não conseguem deixar o vício, repasso uma pesquisa, que, caso se confirme na prática, irá melhorar a qualidade de vida dos prisioneiros do cigarro.

A matéria é da Newsletters da revista INFO e do Site www.inovacaotecnologica.com.br.

“Um composto de nanotubo pode salvar o seu pulmão, caso você não consiga abrir mão do cigarro.

Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto descobriram que o elemento pode filtrar a nicotina, o alcatrão e o tolueno da fumaça do cigarro inalada pelo fumante. "Um teste com infravermelho detectou que as substâncias foram completamente retidas pelo filtro", diz a doutoranda Elaine Matsubara. O projeto não estudou alternativas para os fumantes passivos, mas ela sugere que uma solução seria instalar nanotubos nos aparelhos de ar-condicionado.”

Já o site www.inovacaotecnologica.com.br, em uma matéria mais detalhada, informa que a descoberta pode abrir perspectivas não só para a área de saúde, mas para toda a indústria que despeja diariamente toneladas de substâncias nocivas no ar. O professor José Maurício Rosolen, líder da equipe da pesquisa, alerta, porém, que o próprio nanotubo de carbono tem certo grau de toxicidade. "No caso do cigarro, por exemplo, a indústria tem que garantir que nenhum tubinho se desprenda e vá parar na saliva".

Nanotubos de carbono são átomos de carbono dispostos na forma de cilindro, com o diâmetro a partir de 1 nanômetro, uma bilionésima parte do metro. O diamante e o grafite também são materiais formados somente por carbono, o que diferencia cada um desses materiais é a forma de organização e ligação dos átomos. No diamante, por exemplo, cada átomo se liga a quatro outros. Já nos nanotubos eles se organizam em folhas, mas ao invés de estar empilhadas como no grafite, cada folha se enrola em forma de cilindro. Uma única folha dá origem a um nanotubo de parede única, mais de uma folha temos um nanotubo de parede múltipla.

Quanto ao meu vício, parei utilizando a velha estratégia do primeiro dia do ano novo, depois de pelo menos 5 tentativas.
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Um comentário:

  1. Caro Ricardo.

    Ainda me encontro em sua situação de 5 anos atrás. Sou fumante há 30 E POUCOS ANOS E ENTENDO BEM SUA NARRATIVA. Afora minha própria pressão por consciência há a cobrança da família e de alguns amigos para parar. A notícia da nova ferramenta é excelente mas os fumantes sabem qual a melhor delas: Decisão.

    Um grande abraço e parabéns pela postagem.

    Alberto.

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