A Internet é pródiga em mitos e lendas urbanas, não são poucos os casos de apropriações indevidas de textos e frases disseminadas aos milhões na nossa querida blogosfera. Charles Darwin, o famoso naturalista da teoria da evolução, por exemplo, é vítima de apropriações indevidas na rede mundial e até de instituições científicas de prestígios, pelo menos é o que diz o site de notícias da Terra, repercutindo matéria da France Press. De acordo com a reportagem, várias frases atribuídas ao famoso naturalista, na verdade, nunca foram proferidas por ele.
A frase "As espécies que sobrevivem não são as espécies mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor às mudanças", bastante conhecida dos internautas, não é do biólogo britânico, mas está gravada em uma placa de mármore do átrio da Academia de Ciências da Califórnia e apareceu em uma exposição dedicada à Paleontologia na Cidade das Ciências de Paris.
Já o Museu de História Nacional de Londres, no site dedicado à exposição de celebração do bicentenário de Darwin, escreveu: "Na luta pela sobrevivência, os mais aptos ganham à custa de seus rivais, porque conseguem se adaptar melhor ao seu entorno", frase também falsamente atribuída ao britânico.
"Estas frases não aparecem em momento algum na obra de Darwin", assegura Patrick Tort, autor de diversas obras sobre Darwin e o darwinismo, que trabalha no Museu Nacional de História Natural de Paris.
A explicação quem dá é o especialista em Darwin e professor de Cambridge, John van Wyhe: "Darwin tem frases falsas atribuídas a ele porque todo mundo ouviu falar dele, mas quase ninguém leu.
O Brasil não foge deste padrão de disseminação e apropriações indevidas, o cantor e compositor Chico Buarque, por exemplo, teve um poema de outra pessoa, atribuído como seu. Trata-se de um belo poema chamado “Solidão”, de autoria da escritora Fátima Irene que, desde 2004, é falsamente disseminado, aos milhares, via correio eletrônico e blogs.
A escritora me concedeu uma entrevista onde conta sua surpresa e indignação ao ver sua obra falsamente atribuída à outra pessoa, mesmo se tratando de um mito da MPB. Veja trechos da entrevista:
“O poema (ou reflexão) Solidão é página de um dos livros meus, a saber: Ecos da Alma (pág.159), Palavras para Entorpecer o Coração (pág. 79).Além disto, está editado em meu site www.fatimairene.com, consta na minha coluna jornalística "Fátima Irene em Prosa e Verso”.
Este texto também é tese de mestrado da acadêmica Vera Lúcia Vieira (Paraná) La Moderna Soledad Feminina.Se é verdade que se alastrou na rede devido ao carisma e popularidade do Chico Buarque, também é verdade que muitas fontes já efetuaram a devida correção, como o Noblat da Globo e vários outros.”
"...Recebí-o não sei quantas vezes em meu próprio correio, magistralmente aparatado com a foto do Chico no Bristol de Paris, além dos comentários que normalmente eles fazem nos e-mails: lindo!!! Só mesmo o Chico poderia escrever esta maravilha! Ninguém definiu melhor! Etc.”
A exemplo de Fátima, recebi o poema pelo menos três vezes, tive o ímpeto de publicá-lo neste blog, no entanto, como tenho costume de checar a fonte, descobri em vários sítios a luta da escritora para restaurar a autoria da sua obra, até o famoso jornalista Ricardo Noblat, “para variar”, deu a barrigada e teve que retificar a informação.
Nos próximos dias apresentarei a entrevista completa com Fátima Irene. Confira o Poema “Solidão”, no post seguinte.
A frase "As espécies que sobrevivem não são as espécies mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor às mudanças", bastante conhecida dos internautas, não é do biólogo britânico, mas está gravada em uma placa de mármore do átrio da Academia de Ciências da Califórnia e apareceu em uma exposição dedicada à Paleontologia na Cidade das Ciências de Paris.
Já o Museu de História Nacional de Londres, no site dedicado à exposição de celebração do bicentenário de Darwin, escreveu: "Na luta pela sobrevivência, os mais aptos ganham à custa de seus rivais, porque conseguem se adaptar melhor ao seu entorno", frase também falsamente atribuída ao britânico.
"Estas frases não aparecem em momento algum na obra de Darwin", assegura Patrick Tort, autor de diversas obras sobre Darwin e o darwinismo, que trabalha no Museu Nacional de História Natural de Paris.
A explicação quem dá é o especialista em Darwin e professor de Cambridge, John van Wyhe: "Darwin tem frases falsas atribuídas a ele porque todo mundo ouviu falar dele, mas quase ninguém leu.
O Brasil não foge deste padrão de disseminação e apropriações indevidas, o cantor e compositor Chico Buarque, por exemplo, teve um poema de outra pessoa, atribuído como seu. Trata-se de um belo poema chamado “Solidão”, de autoria da escritora Fátima Irene que, desde 2004, é falsamente disseminado, aos milhares, via correio eletrônico e blogs.
A escritora me concedeu uma entrevista onde conta sua surpresa e indignação ao ver sua obra falsamente atribuída à outra pessoa, mesmo se tratando de um mito da MPB. Veja trechos da entrevista:
“O poema (ou reflexão) Solidão é página de um dos livros meus, a saber: Ecos da Alma (pág.159), Palavras para Entorpecer o Coração (pág. 79).Além disto, está editado em meu site www.fatimairene.com, consta na minha coluna jornalística "Fátima Irene em Prosa e Verso”.
Este texto também é tese de mestrado da acadêmica Vera Lúcia Vieira (Paraná) La Moderna Soledad Feminina.Se é verdade que se alastrou na rede devido ao carisma e popularidade do Chico Buarque, também é verdade que muitas fontes já efetuaram a devida correção, como o Noblat da Globo e vários outros.”
"...Recebí-o não sei quantas vezes em meu próprio correio, magistralmente aparatado com a foto do Chico no Bristol de Paris, além dos comentários que normalmente eles fazem nos e-mails: lindo!!! Só mesmo o Chico poderia escrever esta maravilha! Ninguém definiu melhor! Etc.”
A exemplo de Fátima, recebi o poema pelo menos três vezes, tive o ímpeto de publicá-lo neste blog, no entanto, como tenho costume de checar a fonte, descobri em vários sítios a luta da escritora para restaurar a autoria da sua obra, até o famoso jornalista Ricardo Noblat, “para variar”, deu a barrigada e teve que retificar a informação.
Nos próximos dias apresentarei a entrevista completa com Fátima Irene. Confira o Poema “Solidão”, no post seguinte.
Também já recebi esse poema atribuído ao Chico Buarque. Outro que també é sempre usado na internet é Luís Fernando Veríssimo. São dezenas de textos erroneamente atribuídos a ele. Eu como leitor fiel de Veríssimo consigo, quase sempre, distinguir quando é falso ou verdadeiro, mas o absurdo se propaga facilmente aos desavisados.
ResponderExcluirRealmente as pessoas fazem uma grande confusão na Internet, dificil descobrir o versadeiro autor de uma frase.
ResponderExcluirhttp://mensagens-pps.wmnett.com.br