sexta-feira, 22 de maio de 2009

Morre o cantor Zé Rodrix.

Morreu hoje, o versátil cantor, compositor, instrumentista, escritor e publicitário, José Rodrigues Trindade, o Zé Rodrix. O cantor, nascido no Rio de Janeiro, em 25 de novembro de 1947, fez parceria com Sá e Guarabira e o Grupo Joelho de Porco. Tinha 61 anos e, de acordo com a família, não apresentava problemas de saúde. Rodrix estava em casa, com a família, quando passou mal. Ele foi levado às pressas ao Hospital das Clínicas, na capital paulista. O músico deixa mulher, seis filhos e dois netos.

Zé, foi autor de várias músicas conhecidas, entre elas: “Soy Latino Americano”, um grande sucesso na década de 70 e “Quando será”, mas seu grande sucesso é o Clássico “Casa no Campo”, uma obra prima generosa em frases bem trabalhadas, como: “eu quero a esperança de óculos”, “onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais...”, a música foi gravada por Elis Regina.

Nas décadas de 80 e 90, Rodrix abandonou a carreira musical para se dedicar à publicidade, período que criou vários jingles famosos.

Na música “quando será?", gravada em 1977, Zé Rodrix, brincava “...mas quando será, quando será, o dia da minha sorte, sei que antes da minha morte eu sei que esse dia chegará...” parecia não acreditar que, com a criação de Casa no Campo, seria imortalizado como grande compositor, sorte de poucos artistas.



Casa no Campo

Composição: Zé Rodrix / Tavito

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar do tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando
Solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão,
A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau a pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais
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2 comentários:

  1. dr zem,

    que pena, hein?

    é como diria guimarães rosa: zé rodrix não morreu, encantou-se.

    tenha a certeza que, no recesso do meu lar, logo mais à noite, erigirei uma catedral de homenagens ao grande bardo de casa de campo. quem viver verá.

    saudações pesarosas, meu caro.

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  2. Eu vi hoje cedo no Bom Dia Brasil. Que pena!

    Ele morreu, mas há muito estava imortalizado em suas obras.

    Grande abraço,

    Paulo H.

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