De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Companhia de Gerenciamento de Recurso Hídricos do Ceará - Cogerh, o Ceará já bateu o recorde, tanto em volume de água armazenado, como em açudes que estão sangrando. As informações são referentes à série histórica levantada desde a criação da Cogerh em 1993.
Enquanto cidades da região do baixo Jaguaribe, como Limoeiro e Itaiçaba, dentre outras, se atemorizam com a alta carga recebida pelo Castanhão - maior açude do Brasil - uma parte da região do sertão central cearense se ressente da baixa recarga dos seus grandes açudes. É o caso do centenário açude Cedro, localizada na cidade de Quixadá. O reservatório é considerado o mais antigo do Brasil, foi construído na época do império, um pedido de Maçons ao Imperador Dom Pedro II.
O açude começou o ano com menos de 5% de sua capacidade total, que é de 126.000.000 m3, hoje, após as forte chuvas que caíram na região, está com apenas com 23,5 % da sua capacidade, o que representa 29.670.000 m3, índice considerado baixo em relação aos demais açudes do estado.
O jornal, O Povo, do último domingo, em matéria intitulada “O Cedro agoniza”, lança luzes sobre o motivo de tão baixa captação. Além da obvia condição climática adversa, a baixa carga é atribuída a erros técnicos decorrente da pouca experiência e conhecimento sobre a localização escolhida para o Cedro á época do projeto.
“A bacia hidrografia do Cedro é muito pobre de recarga”, afirma o coordenador estadual do Dnocs, Eduardo Segundo. Ele disse que, na época da construção, os critérios técnicos eram insatisfatórios. “Na época não existia o conhecimento que temos hoje”, aponta. Outro técnico, o engenheiro agrônomo Gianni Peixoto, da diretoria de operações da Cogerh, informa que o açude foi superdimensionado, na verdade, sua capacidade deveria ser de apenas 20 milhões de metros cúbicos.
O reservatório sangrou apena seis vezes na sua história. Tive a felicidade de ver o Cedro sangrar em 1989, foi, realmente, uma verdadeira festa na cidade.
Independentemente da baixa recarga, o açude, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é uma verdadeira obra de arte. Lá, bem próximo a parede do açude, se pode ver uma das mais impressionantes formações rochosas do Brasil: a Pedra da Galinha Choca (foto), que do alto da sua beleza e imponência, parece não dar muita importância para a agonia do açude.
Dados doAçude Cedro.
Bacia: Banabuiú
> Capacidade: 126 milhões de metros cúbicos
> Volume atual: 23,5%
> Início do ano: 4,29%
> Fim das chuvas/2008: 9,47%
> Sangrias: 1924, 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989
FONTE: Dnocs e Cogerh e jornal O Povo
Enquanto cidades da região do baixo Jaguaribe, como Limoeiro e Itaiçaba, dentre outras, se atemorizam com a alta carga recebida pelo Castanhão - maior açude do Brasil - uma parte da região do sertão central cearense se ressente da baixa recarga dos seus grandes açudes. É o caso do centenário açude Cedro, localizada na cidade de Quixadá. O reservatório é considerado o mais antigo do Brasil, foi construído na época do império, um pedido de Maçons ao Imperador Dom Pedro II.
O açude começou o ano com menos de 5% de sua capacidade total, que é de 126.000.000 m3, hoje, após as forte chuvas que caíram na região, está com apenas com 23,5 % da sua capacidade, o que representa 29.670.000 m3, índice considerado baixo em relação aos demais açudes do estado.
O jornal, O Povo, do último domingo, em matéria intitulada “O Cedro agoniza”, lança luzes sobre o motivo de tão baixa captação. Além da obvia condição climática adversa, a baixa carga é atribuída a erros técnicos decorrente da pouca experiência e conhecimento sobre a localização escolhida para o Cedro á época do projeto.
“A bacia hidrografia do Cedro é muito pobre de recarga”, afirma o coordenador estadual do Dnocs, Eduardo Segundo. Ele disse que, na época da construção, os critérios técnicos eram insatisfatórios. “Na época não existia o conhecimento que temos hoje”, aponta. Outro técnico, o engenheiro agrônomo Gianni Peixoto, da diretoria de operações da Cogerh, informa que o açude foi superdimensionado, na verdade, sua capacidade deveria ser de apenas 20 milhões de metros cúbicos.
O reservatório sangrou apena seis vezes na sua história. Tive a felicidade de ver o Cedro sangrar em 1989, foi, realmente, uma verdadeira festa na cidade.
Independentemente da baixa recarga, o açude, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é uma verdadeira obra de arte. Lá, bem próximo a parede do açude, se pode ver uma das mais impressionantes formações rochosas do Brasil: a Pedra da Galinha Choca (foto), que do alto da sua beleza e imponência, parece não dar muita importância para a agonia do açude.
Dados doAçude Cedro.
Bacia: Banabuiú
> Capacidade: 126 milhões de metros cúbicos
> Volume atual: 23,5%
> Início do ano: 4,29%
> Fim das chuvas/2008: 9,47%
> Sangrias: 1924, 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989
FONTE: Dnocs e Cogerh e jornal O Povo
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