segunda-feira, 23 de março de 2009

FMI - De Novo!

A onda de notícias ruins que recheiam os noticiários da imprensa a respeito da crise mundial não para. O alarmismo, na maioria das vezes, parte de jornalistas econômicos, grande corporações, órgãos multilaterais e economistas de bancos, estes, os grandes responsáveis pela própria crise.

Desta feita, o “alerta” foi extremamente grave e partiu do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional – FMI, Dominique Strauss Kahn, de acordo com o publicado, hoje, nos grandes jornais do Brasil, ele declarou que a crise pode jogar milhões na miséria e aponta até para o risco de guerra.

Para quem não sabe, o FMI é aquela organização que condicionava seus repasses financeiros aos países em desenvolvimento, impondo políticas neoliberais baseadas na ortodoxia recessiva e no incentivo às privatizações. Tal discurso focava a balela do estado mínimo, encampada pelo governo Collor e consolidada nos oito anos de gestão de Fernando Henrique Cardoso. As políticas patrocinadas pelo FMI jogaram os países emergentes, nas décadas de 80 e 90, em um processo crescente de estagnação, instabilidade inflacionaria, inadimplência e pobreza crescente. Neste cenário, as diretrizes do FMI se caracterizavam em uma verdadeira tutela aos países devedores o que levou nações a quebradeiras monumentais, a exemplo da Argentina de Menem que, ao seguir a risca a receita do FMI, entrou na maior crise econômica na sua história.

Declarações como a diretor do FMI só servem para aumentar às tensões e restrições a concessão de crédito. O interessante é que as previsões dos videntes da economia sempre vêm acompanhadas do termo “pode”, o que é muito cômodo, caso haja necessidade de se corrigir erros de avaliação.

Neste contexto, o FMI e seus profetas da economia “podem” estar errados. Tomara. Não seria a primeira vez.

Veja a notícia publicada na grande imprensa brasileira.

“Crise jogará milhões na miséria, prevê FMI


No alerta mais sério já feito sobre a crise, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss Kahn alertou nesta manhã em Genebra que "milhões serão jogados para a miséria" e aponta para o risco de conflitos como resultado da recessão mundial. "A tensão social já é uma ameaça para a democracia e a crise ainda pode acabar em guerra em alguns locais. Quando há uma tensão social, não podemos excluir que alguém possa tentar encontrar derivativo em conflito diante da crise", alertou Strauss Kahn.


Segundo ele, a economia mundial terá uma queda entre 0,5% e 1% em 2009. "Os países emergentes também sofrerão", alertou. Para ele, há uma chance de uma recuperação para a economia em 2010. Mas isso ainda dependerá de como governos não responder à crise.


Ele apelou nesta manhã por políticas amplas para lidar com a crise, além de uma solução para os bancos. "Até que os bancos não sejam limpados, não haverá uma recuperação", disse. "Apagar o fogo é complicado. Mas é melhor que deixar a casa pegar fogo", concluiu o diretor-gerente. “
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