Diante de tantas críticas e com bastante demora, o diretor de redação da Folha, Otávio Frias Filho, não chegou a se ajoelhar, mas reconheceu o erro no episódio em que o jornal, em um editorial polêmico, classificou o golpe militar de 64 e seus desdobramentos de “ditabranda." Na mesma nota, o jornalista relativizou dizendo que a ditadura brasileira foi menos truculenta do que as outras, mantendo, portanto, a essência do seu pensamento. Não entendi, se “Todas as ditaduras são igualmente abomináveis”, como mesmo admite o Sr. Frias, por que relativizar? Ficou parecendo coisa do tipo “a minha ditadura foi melhor do que a sua”.
Veja a íntegra da nota publicada na Folha:
“O uso da expressão “ditabranda” em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis.
Do ponto de vista histórico, porém, é um fato que a ditadura militar brasileira, com toda a sua truculência, foi menos repressiva que as congêneres argentina, uruguaia e chilena - ou que a ditadura cubana, de esquerda.
A nota publicada juntamente com as mensagens dos professores Comparato e Benevides na edição de 20 de fevereiro reagiu com rispidez a uma imprecação ríspida: que os responsáveis pelo editorial fossem forçados, “de joelhos”, a uma autocrítica em praça pública.
Para se arvorar em tutores do comportamento democrático alheio, falta a esses democratas de fachada mostrar que repudiam, com o mesmo furor inquisitorial, os métodos das ditaduras de esquerda com as quais simpatizam.”
Otavio Frias Filho
Veja a íntegra da nota publicada na Folha:
“O uso da expressão “ditabranda” em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis.
Do ponto de vista histórico, porém, é um fato que a ditadura militar brasileira, com toda a sua truculência, foi menos repressiva que as congêneres argentina, uruguaia e chilena - ou que a ditadura cubana, de esquerda.
A nota publicada juntamente com as mensagens dos professores Comparato e Benevides na edição de 20 de fevereiro reagiu com rispidez a uma imprecação ríspida: que os responsáveis pelo editorial fossem forçados, “de joelhos”, a uma autocrítica em praça pública.
Para se arvorar em tutores do comportamento democrático alheio, falta a esses democratas de fachada mostrar que repudiam, com o mesmo furor inquisitorial, os métodos das ditaduras de esquerda com as quais simpatizam.”
Otavio Frias Filho
dr zem,
ResponderExcluirreconhece o erro em termos.
à meia boca, melhor dizendo,pois continua com a estupidez de contar o número de vítimas para avaliar o grau violência das ditaduras que vigoraram entre os anos 60 e 80 do século passado em toda a américa latina.
abçs